Capítulo 3

A semana seguinte começou com um clima de melancolia que parecia pairar sobre a casa dos Harper. Eduardo e Lucas estavam tentando se ajustar à nova rotina, e Caroline, embora ainda lidando com a gravidez, também estava se esforçando para oferecer apoio emocional.

Eduardo despertou cedo, mais uma vez, antes que o sol surgisse. Ele se preparou para o trabalho, sentindo a rotina como um fardo, mas também uma necessidade de se distrair da dor persistente. A ausência de Helen se fazia sentir em cada detalhe da casa, desde a maneira como as toalhas estavam dobradas até a ausência de sua risada leve que preenchia os espaços.

Ao chegar ao escritório, Eduardo foi imediatamente confrontado pela carga de trabalho acumulada. A perda de Helen havia causado uma interrupção significativa nos negócios, e Eduardo estava agora diante do desafio de estabilizar a empresa em meio ao luto pessoal e profissional.

Ele entrou na sala de reuniões, onde sua equipe o aguardava com um ar de apreensão. A presença de Eduardo era importante para eles, mas todos podiam ver o peso da dor em seus olhos.

Eduardo: Bom dia a todos. Vamos começar a reunião.

Os funcionários trocaram olhares discretos, cientes da situação difícil que Eduardo estava enfrentando. A reunião focou em resolver questões urgentes e reorganizar a equipe para lidar com as mudanças recentes. Eduardo fez o possível para se manter focado, mas sua mente frequentemente vagava para o que estava acontecendo fora das paredes do escritório.

Após a reunião, Eduardo encontrou um momento para falar com seu assistente, John. John era um homem de confiança, sempre presente nas horas difíceis.

John: Como você está, Eduardo?

Eduardo: Tentando seguir em frente. Há tanto para fazer.

John: Se precisar de ajuda com qualquer coisa, estou aqui para isso.

Eduardo agradeceu a oferta e se dedicou ao trabalho, tentando encontrar um pouco de normalidade no caos. Ele percebeu que o trabalho, por mais árduo que fosse, era uma forma de escape. No entanto, mesmo no ambiente de trabalho, a ausência de Helen era sentida em cada canto.

Enquanto isso, em casa, Caroline estava passando a manhã organizando alguns itens para a chegada do bebê. A gravidez estava avançando e a expectativa pela chegada do bebê estava crescendo. Caroline tentava manter-se ocupada, mas sentia o peso da ausência de Helen em cada detalhe.

Lucas chegou em casa para almoçar e encontrou Caroline no jardim, olhando para as flores que Helen havia plantado. Ele se aproximou e se sentou ao lado dela, tentando oferecer um pouco de conforto.

Lucas: Como você está?

Caroline: Tentando me manter ocupada. As flores estão tão bonitas. Helen sempre teve um talento para isso.

Lucas: Ela realmente fazia o jardim parecer especial. Eu sinto falta dela.

Caroline: Eu também. Às vezes, sinto como se ela ainda estivesse aqui, cuidando de tudo.

Lucas segurou a mão de Caroline, oferecendo um gesto de apoio silencioso. Ambos estavam lidando com a dor de maneiras diferentes, mas o suporte mútuo era essencial para enfrentar o luto.

Naquela tarde, Eduardo retornou para casa mais cedo. A empresa estava em uma fase de transição, e ele estava começando a sentir a necessidade de delegar mais responsabilidades para seus funcionários. O cansaço estava se tornando cada vez mais evidente, e ele sabia que precisava encontrar um equilíbrio entre o trabalho e o autocuidado.

Ao chegar em casa, Eduardo se encontrou com Caroline, que estava organizando alguns itens no escritório. Ele a observou por um momento, reconhecendo a força e a determinação dela em meio à própria tristeza.

Eduardo: Caroline, você está fazendo um trabalho incrível. Agradeço por estar aqui.

Caroline: Estou apenas tentando ajudar da melhor maneira que posso. Se precisar de alguma coisa, estou aqui.

Eduardo: Eu sei. E isso significa muito para mim.

Enquanto a tarde avançava, Eduardo e Caroline passaram algum tempo juntos, conversando sobre as memórias de Helen e sobre o futuro. A conversa entre eles foi um alívio para ambos, oferecendo um pouco de consolo e compreensão.

Mais tarde, enquanto o sol se punha, Eduardo decidiu que precisava de um tempo para si mesmo. Ele foi ao jardim, onde se sentou em um dos bancos e contemplou as flores que Helen havia plantado. A noite estava tranquila, e o céu estrelado oferecia um pequeno conforto em meio à dor.

Eduardo (sussurrando para o céu): Helen, estou tentando encontrar um novo equilíbrio. Às vezes, sinto que estou dando um passo adiante e dois para trás. Mas estou fazendo o melhor que posso.

Enquanto Eduardo estava imerso em seus pensamentos, Caroline se aproximou novamente, desta vez com um pequeno buquê de flores que ela havia colhido do jardim.

Caroline: Pensei que essas flores poderiam alegrar um pouco o seu dia.

Eduardo olhou para o buquê e sorriu. O gesto simples, mas significativo, trouxe um pouco de luz à sua noite.

Eduardo: Obrigado, Caroline. Isso é muito gentil.

Caroline se sentou ao lado dele, e os dois passaram um tempo em silêncio, compartilhando a quietude da noite. A conexão entre eles estava crescendo, mesmo em meio à dor. Eles estavam começando a encontrar um sentido de conforto e apoio um no outro, algo que ambos precisavam para enfrentar o luto.

Eduardo (pensando): Talvez, juntos, possamos encontrar uma maneira de seguir em frente.

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Comments

Clesiane Paulino

Clesiane Paulino

é difícil e muito... mas com o tempo a dor vira saudades e lembranças de momentos únicos 🥺🥺🥺

2025-01-14

0

Lalá

Lalá

Sofrimento do luto, é preciso vencer a dor!

2024-09-30

1

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