A manhã seguinte chegou com uma luz pálida que filtrava através das cortinas do quarto de Eduardo. Ele acordou cedo, como de costume, mas não com o vigor habitual. A dor ainda estava presente, um peso constante em seu peito. A ausência de Helen era sentida em cada canto da casa, desde a falta de sua risada até o vazio do café da manhã sem sua presença.
Eduardo se levantou e foi até a cozinha, onde preparou um café que não tinha sabor. As tarefas diárias pareciam insignificantes sem Helen para compartilhá-las. Ele costumava conversar com ela enquanto preparavam o café juntos, planejando o dia ou discutindo os pequenos detalhes da vida. Agora, ele se via realizando essas tarefas em silêncio, sem energia para apreciá-las.
Enquanto Eduardo tomava seu café, Lucas e Caroline entraram na cozinha. Lucas, apesar de seu esforço para manter a compostura, exibia sinais visíveis de exaustão. O luto estava pesando sobre ele também, e a gravidez de Caroline adicionava uma camada extra de preocupação.
Lucas: Bom dia, pai.
Eduardo: Bom dia, Lucas. Caroline.
Caroline ofereceu um sorriso cansado, tentando manter a normalidade em meio à dor. A gravidez estava se tornando uma fonte de esperança e angústia ao mesmo tempo. Ela sentia a falta de Helen profundamente e lutava para equilibrar suas próprias emoções enquanto se preparava para a chegada do bebê.
Caroline: Bom dia, Eduardo. Como você está?
Eduardo: Estou indo. Mais um dia.
Caroline percebeu que Eduardo estava lutando com a mesma dor que todos estavam enfrentando. Ela sabia que era difícil para ele lidar com a perda de Helen e, ao mesmo tempo, ser uma fonte de apoio para a família.
Caroline: Se precisar de algo, estou aqui para ajudar. Sei que é um momento difícil para todos nós.
Eduardo: Agradeço, Caroline. Eu sei que você tem suas próprias batalhas.
Lucas pegou uma xícara de café e se sentou à mesa ao lado de Eduardo. Ele tentou mudar de assunto para algo mais leve.
Lucas: Tenho uma reunião importante mais tarde. Talvez você queira ir comigo. Às vezes, um pouco de distração pode ajudar.
Eduardo ponderou a sugestão. Ele sabia que manter-se ocupado era importante, mas também se sentia inseguro sobre enfrentar a rotina sem Helen ao seu lado. No entanto, ele sabia que precisava fazer um esforço para seguir em frente, por ele e por sua família.
Eduardo: Talvez seja uma boa ideia. Agradeço o convite, Lucas.
O restante da manhã foi preenchido com conversas sobre o trabalho e a rotina. Lucas e Caroline estavam se esforçando para manter o semblante de normalidade, e Eduardo tentava acompanhar, embora sua mente estivesse constantemente voltando para Helen.
Após o café da manhã, Eduardo e Lucas se prepararam para sair. Eduardo vestiu um terno escuro, o mesmo que usara para o funeral de Helen, e que agora parecia um lembrete constante de sua perda. Ele e Lucas dirigiram-se para a empresa, e durante o trajeto, Eduardo tentou se concentrar na conversa, mas seus pensamentos estavam longe.
No escritório, o ambiente estava tenso. A empresa estava passando por um período de transição, e a perda de Helen adicionava uma camada extra de dificuldade. Eduardo fez o possível para se engajar nas discussões, mas a dor e o cansaço estavam visíveis em seu rosto.
O dia foi preenchido com reuniões e decisões que pareciam quase irrelevantes em comparação com o que Eduardo estava enfrentando. Cada interação no escritório parecia um lembrete de como sua vida havia mudado drasticamente. A presença de Helen na empresa ainda era sentida, e a ausência dela era um peso constante.
No final do dia, Eduardo e Lucas retornaram para casa. A noite estava fria e silenciosa, e Eduardo se sentia esgotado, tanto física quanto emocionalmente. Ele sabia que precisava encontrar uma maneira de lidar com o luto, mas o processo parecia interminável.
Ao chegar em casa, Eduardo se dirigiu ao jardim novamente. O ar fresco da noite era um pequeno consolo, e ele se sentou no mesmo banco de pedra onde se sentira anteriormente. Ele olhou para as flores que Helen havia plantado e se lembrou de como ela passava horas cuidando delas, regando e podando.
Eduardo (sussurrando para o jardim): Helen, eu não sei como continuar sem você. Mas estou tentando. Por você, por mim, por Lucas e Caroline.
Enquanto Eduardo estava perdido em seus pensamentos, Caroline saiu para o jardim e o encontrou sentado sozinho. Ela se aproximou e se sentou ao seu lado, sem palavras, apenas oferecendo sua presença silenciosa.
Caroline: Não é fácil, eu sei. Mas você não está sozinho. Estamos todos aqui para você.
Eduardo olhou para Caroline, reconhecendo a força que ela estava demonstrando em meio à própria dor. A presença dela era um alívio em seu luto, e ele sentiu um fio de conexão que parecia promissor, apesar da tristeza que os envolvia.
Eduardo: Obrigado, Caroline. Isso significa muito para mim.
Caroline: Estamos todos tentando encontrar uma maneira de seguir em frente. Vamos fazer isso juntos.
Eduardo e Caroline continuaram a conversar, compartilhando suas memórias de Helen e expressando suas esperanças para o futuro. O apoio mútuo oferecido naquele momento foi um pequeno passo para ambos, ajudando-os a encontrar um pouco de consolo em meio ao sofrimento.
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Clesiane Paulino
é muito doloroso perder alguém importante na nossa vida... eu sei como é 🥺🥺🥺
2025-01-14
1
Lalá
triste, muita dor...
2024-09-30
1