As pessoas, que esperavam perto do portão principal do palácio, ficaram decepcionadas quando as duas mulheres sobrevoaram por cima de suas cabeças, em direção a Estrada Imperial e todos voltaram suas cabeças para acompanhar, até onde podiam, as mulheres seguirem em direção a Estrada dos Comuns.
Homens foram contratados para apedrejar as mulheres e incentivar outros a fazerem o mesmo, mas não funcionou, eles apenas se misturam na multidão, com a prata recebida pelo pagamento de um serviço que nunca fizeram e somem.
O pátio externo frontal, está um caos. Tudo foi, de alguma maneira, quebrado, trincado ou rachado. O telhado têm buracos enormes, as telhas forradas de ouro, voaram para além do muro e sumiram, outras atingiram os animais das carroças, as janelas do palácio ou alguns soldados que faziam a segurança da corte.
A entrada principal do palácio está destruída. Antes de entrar na sala do trono, existe uma antessala, onde as pessoas aguardam sua vez para serem recebidos pelo imperador. Essa sala não existe mais, o que resta são escombros, por ela passou voando dois dos grandes Guardiões do Império. Outra sala ao lado da sala do trono, que servia como sala de reuniões ou para uma refeição com menos pompa, também foi destruída.
A passagem que leva até as masmorras, mostram o rastro da destruição, com paredes queimadas, móveis destruídos e finalmente a masmorra que antes era a imagem da tristeza, pelas suas cores apagadas, pedras gastas e o som de lamurias, que quase ninguém ouvia, agora é só um amontoado de pedras, madeiras e telhas velhas. Por sorte, os únicos presos eram as gêmeas e Weng Yuan, que fugiram quando as paredes ruíram.
Os focos de incêndio estão sendo apagados pelos servos, que surgiram rapidamente, na mesma velocidade que fugiram quando tudo começou.
A corte está em choque, alguns se encantaram com as atitudes e palavras das duas mulheres, outros as estão julgando e condenando.
Vossa majestade, algo deve ser feito rápido! Aquela mulher não pode ficar responsável pelo herdeiro do trono! - fala com veemência o conselheiro Yan.
Aquela mulher? - responde o imperador aos berros. - O senhor está ciente do que aconteceu aqui? O senhor ouviu as palavras das duas? O senhor percebeu que fomos vítimas de uma intriga para expulsar as duas da vida dessa corte?
Vossa majestade deve ponderar esse assunto com calma …
Conselheiro Yan, com qual calma esse imperador deve ponderar? A mesma quando eu ouvia a única pessoa que eu confio, dizer e com provas, que é inocente? Ou com a mesma calma que fez com que o senhor tentou nos convencer que elas eram culpadas? Esse imperador acaba de ver a mulher que ele ama ser banida e levar com ela meu filho e o senhor diz que devo ponderar com calma!
Vossa majestade, talvez o filho não seja seu, afinal nada garante que aquelas coisas, que flutuam ao redor delas, não possam engravidar uma mulher, talvez …
O conselheiro Li You Xin imaginou que mantendo aquela história de que Lin Ehuang é adultera, talvez acalmasse o imperador e trouxesse pontos para si e para os planos do amigo conselheiro Yan. Talvez não. Sua boca mal terminou de pronunciar a última palavra, quando sua cabeça já estava no ar em direção ao piso sujo com entulho.
Alguém mais questiona a paternidade desse imperador? - pergunta aos berros o imperador Guang GangGuang, que guarda sua espada novamente.
Vossa majestade, acalme-se. Não existe nada que possamos fazer. As duas tinham no olhar a determinação de não voltar ou dar ouvidos aos sentimentos, que provavelmente ainda sentem pelo senhor e por seu irmão. - o conselheiro Yang olha em direção ao horizonte. - Não há como segui-las, mas é certo que vão para Ametista e de lá podem escolher qualquer reino do continente para viver.
E o que este imperador deve fazer? Morrer aos poucos de arrependimento? - pergunta desolado o imperador, voltando a sentar em seu trono.
O imperador terá companhia nessa morte lenta. - comenta o marechal Zhang.
Senhores, eu tenho uma sugestão. - o conselheiro Yang esperou que o imperador olhasse para ele, mas aquele homem que comando um dos mais temidos impérios do continente, está com a cabeça baixa e os olhos fechados. - Vossa majestade, em primeiro lugar devemos limpar de vez os nomes de Liang Jingfei e Lin Ehuang, das mentiras inventadas e para isso um decreto deve ser feito agora, marcando um novo julgamento para daqui a noventa dias e enquanto isso, baseado no que foi dito, buscar as provas que as inocentam. Finalmente, após a inocência provada, serão as duas novamente conduzidas as suas posições.
Isso é um absurdo! - fala o conselheiro Yan.
Absurdo porque, conselheiro? O senhor vai sustentar essa mentira, mesmo diante do que foi dito nessa sala?
Não, vossa majestade, claro que não, mas não se pode ter um decreto para que os lugares delas sejam devolvidos. A lei é clara, um decreto não pode ser quebrado.
O único som que se ouve na sala do trono, é o arrastar do corpo do conselheiro pelos servos e o som do vômito de algumas damas da corte, ao ver o rastro de sangue que fica no piso.
Isso é certo, vossa majestade, mas nada o impede de fazer um decreto para conhecimento de todo o império, que Lin Ehuang é sua primeira esposa e nada impede que o marechal Zhang se case novamente com Liang Jingfei, isso tudo depois de comprovar definitivamente a inocência das duas. - termina calmamente o conselheiro Yang que olha sorrateiro para o conselheiro Yan que está vermelho de raiva.
Isso é um absurdo! Eu sou a imperatriz!
Vossa majestade tem razão, mas como o imperador tem o direito de ter uma imperatriz e uma primeira esposa e como esse cargo jamais foi ocupado por alguém, esse alguém pode ser Lin Ehuang. - o conselheiro Yang termina e observa o imperador retornar de sua apatia, seus olhos brilham agora.
Que minhas palavras sejam escritas e se tornem decretos, mas antes esse imperador quer a mudança do escriba. Mordomo, traga o escriba da cozinha e leve esse daqui para os estábulos imperiais. Não me deixe olhar para ele nunca mais. Conselheiro Yang, vai ficar encarregado desse novo julgamento, o que pedir a esse imperador será concedido.
O imperador Guang realmente saiu da apatia que estava. Seu coração, por breves momentos, perdeu a vontade de fazer qualquer coisa. Mal sabe ele que o conselheiro Yang o salvou de ser dominado pela dor e pelo conselheiro Yan.
Vossa majestade, a providência mais séria é destituir o homem de nome He Yue Jin de seu cargo de oficial, mantê-lo sob custódia e sem comunicação com ninguém. Depois disso, manter a concubina Ji Huang em prisão domiciliar severa, pois ela é uma testemunha importante no caso e sua vida pode correr perigo.
Não acha exagerar, conselheiro Yang?
Em absoluto, conselheiro Yan. Afinal, esses dois não planejaram tudo sozinhos, alguém de uma camada superior fez o plano e eles sabem quem são essas pessoas, que talvez para se salvar possam atentar contra a vida deles.
Eu me encarrego dessa parte, se vossa majestade permitir. - se oferece o marechal Zhang.
Sim, faça isso. Todos que forem presos nessa averiguação, deverão ficar nas prisões do quartel-general e sob sua responsabilidade irmão. - o imperador está confiante, nada está perdido, no final das contas.
O escriba entra na sala do trono. O jovem está nervoso. Lembra que na última vez que esteve nesse lugar, o conselheiro Yan o humilhou e o mandou para a cozinha, mesmo ele sendo o primeiro colocado na prova dos escribas do reino, no seu lugar foi indicado aquele que passou por ele aos prantos. Um velho decadente e inescrupuloso, que gostava de humilhar a todos em função de seu cargo.
O imperador pergunta seu nome.
__ Escriba Yu Ming, vossa majestade.
O imperador começa a falar o que quer nos decretos e o novo escriba anota tudo com calma. O imperador está firme em suas palavras, se antes alguns questionavam a capacidade do imperador em tomar decisões, talvez agora mudem de idéia. Sua amada concubina sempre lhe dizia que ele é um homem inteligente, sábio e que foi feito para governar esse grande império e com isso em mente e não querendo decepcionar sua amada, vai se impor como imperador que ele é. Nas primeiras palavras, para o primeiro decreto, o imperador condenou o conselheiro Li You Xin de difamar e caluniar a futura primeira esposa do imperador e com isso a família toda está condenada também. O imperador lembrou da propriedade da família Li na província dos Cinco Lagos e os exilou lá, sendo que eles estão proibidos de voltar a capital, sob pena de decapitação. O segundo decreto é para instaurar um novo julgamento, dentro de noventa dias e que o responsável para apurar o caso e juntar as provas, será o conselheiro Yang Dingxiang. Um terceiro decreto, para surpresa de todos, diz que todas as pessoas envolvidas na apuração dos fatos, no novo julgamento, estarão sob a custódia do marechal Zhang e presos no quartel-general, não importando quem sejam.
Novo silêncio na sala do trono. Alguns acham que o imperador foi duro com a família do falecido conselheiro, no entanto, a maioria acha que o imperador está certo em suas ações.
Quem olha para tia Meirong com seu rosto tranquilo, não imagina como está seu interior. A velha mulher sabe que está em uma situação preocupante e precisa de alguém para jogar a culpa e quando seu olhar cruza com o da imperatriz Guang Li Hua, tia Meirong sabe que aquela mulher vai jogar toda culpa nela e nesse jogo, o poder da imperatriz é maior. Tia Meirong não vai desistir, talvez, pensa ela, deva jogar a culpa na concubina Li Liling, aquela tola já deixou claro a todos que faria qualquer coisa para ficar com o marechal Zhang. Talvez por um momento, tia Meirong se sentiu vitoriosa mais uma vez, mas ao olhar em volta, seus olhos se encontram com o olhar tranquilo de Ji Huang e mais uma vez, o tremor da queda abalou tia Meirong. Aquela concubina foi citada duas vezes por Jingfei quando se defendia e o imperador a deixou em prisão domiciliar, porque o que ela tem a dizer é importante. Tia Meirong enfurece o olhar, para advertir a concubina, no entanto Ji Huang apenas desvia o olhar para frente, demonstrando que não sente temor algum.
Tia Meirong voltou a estaca zero, não sabe o que fazer. Na verdade ela sabe sim. Sabe que a concubina e o soldado devem morrer antes de falarem com o conselheiro ou outra pessoa qualquer e ela sabe quem pode fazer isso para ela, afinal, servos fazem qualquer coisa pela liberdade. A mulher suspira aliviada, noventa dias é tempo suficiente para eliminar mais um obstáculo de sua vida.
O agora destituído de seu cargo de oficial, o soldado He Yue Jin está temeroso quanto ao futuro. Além de ser julgado pelo tribunal do exército, vai ser julgado pela confusão que tia Meirong o envolveu e desse, o resultado será a morte, já que a falsa acusação de adultério foi em direção a um membro da família imperial, melhor a dois membros da família imperial. Ele precisa se fazer de vitima, dizer, quando depor, que foi orientado a fazer tudo aquilo pela promessa de um cargo, algo que todos sabem que sempre quis. Ele sabe também que não pode acusar tia Meirong, talvez o sobrinho a proteja e ele não pode correr o risco de ser alvo de mais desconfiança. O soldado está irritado, suas mãos estão presas e está sendo tratado como um criminoso, ele precisa de uma saída. Nesse momento ele vê a concubina Li Liling envolta em um pano escuro, está isolada por exalar um cheiro desagradável, depois que Jingfei a presenteou com esterco de cavalo e nesse instante uma idéia surgiu em sua mente. Essa é a sua oportunidade, vai dizer que todos os detalhes foram dados por aquela mulher, que fez tudo isso para ser a esposa oficial do marechal Zhang e como ela fala aos quatro cantos que faria qualquer coisa para isso acontecer, ela mesma se acusa. Isso é o que fará, ele será a vitima e Li Liling recebe a culpa, vai preparar com calma seu depoimento, afinal terá noventa dias para isso.
Ji Huang está tranquila. Sua mente está clara sobre tudo, inclusive o que deve fazer a partir desse momento. Não existe dúvida, não mais. Ela ficou um bom tempo observando tia Meirong e suas expressões faciais e concluiu com exatidão que a velha dama procurava alguém para culpar por tudo. Viu também a expressão de calma e desprezo da imperatriz quando trocou olhares com tia Meirong, o que significa que ali está uma pessoa que tia Meirong não poderá tocar. Sobrou ela e Li Liling e essa tola acredita em tudo que tia Meirong diz ou propõe, ela, com certeza, será a ovelha para o sacrifício. O pior que Ji Huang não pode ajudar, afinal Li Liling não acredita em ninguém, sua confiança em tia Meirong é absoluta. A única maneira de ajudar a outra concubina é falando a verdade diante do imperador e assim vai livrar Li Liling de parte da culpa que não lhe cabe.
Outra pessoa que está tranquila, ao menos na superfície, é a imperatriz Guang Li Hua. Ela confia que suas ameaças a quem tem conhecimento de sua participação nesse plano, é eficaz. Nada chegará até ela, isso é uma certeza para ela. No final, ela é a grande vencedora, continua e será sempre a imperatriz Guang Li Hua, do grande Império Jinhai.
O marechal Zhang também aparenta tranquilidade. Está ao lado do imperador, como é seu dever estar, mas seus olhos estão fixos no lugar onde, momentos atrás, Jingfei abriu levemente a blusa suja e rasgada, para mostrar o tamanho do ventre. Em momento algum, o marechal Zhang questionou sua paternidade. Quando seus olhos se encontraram com os de Jingfei, apesar do desprezo escrito neles, havia a sinceridade que Jingfei sempre ostentou. O marechal Zhang ainda não sente a aflição do arrependimento, esse sentimento é como a água fria que colocada em um pote e levado ao fogo da verdade, vai aquecendo aos poucos até alcançar a fervura total e aí sim, o arrependimento surge. Marechal Zhang ainda avalia sua conduta, ainda pensa que a honra da família deve ser preservada, mas no mesmo instante que pensa isso, outro pensamento vem a sua mente, que diz como ser possível falar em honra se ele acaba de destruir sua família, a mesma família que seu pai o ajudou a formar. Por que Jingfei é sua esposa e carrega no ventre seu filho, então onde está a honra em proteger a família, se ele mesmo a destrói? A água do arrependimento está quente agora, muito quente, a ponto do marechal sentir um dor no peito e instantaneamente leva a mão ao lugar do coração, apertando tanto sua luxuosa vestimenta, que quase rasga o tecido. O marechal Zhang está tomando consciência do seu erro, da sua covardia e da dor que isso causou. Aquela mulher o amava com pureza no coração, entregou a ele seu corpo e sua alma, mas o que ele fez? Virou as costas em nome da honra familiar, esquecendo que ela, sua esposa Jingfei, é sua família, que carrega seu nome, que honrou muito bem, em várias ocasiões, que conquistou o respeito e admiração de muitas pessoas, incluindo a dele. Então porque a abandonou? Por que, como ela mesma perguntou, não deu um voto de confiança e o beneficio da dúvida? Por que? São as perguntas que serão respondidas com o tempo, quando o marechal aprender que valores morais são resultados de atitudes, palavras e convicções, coisas que ele tem, mas usa de maneira equivocada. Sua família se foi, o membro mais importante era ele, depois veio Jingfei e a família está formada novamente. Essa é a família que deveria ter sido defendida. Os ancestrais? A dívida do marechal Zhang com os ancestrais é a sua conduta honrada, lutando pela verdade e pelo que é certo. Nesse momento o marechal Zhang Huizong está travando uma batalha grandiosa com suas lagrimas, não pode liberar sua passagem, não na frente de seus subordinados, ao menos esse orgulho ainda resiste.
Marechal Zhang se afasta da sala do trono, caminha sem perceber nada ao redor, até seus subordinados, que já notaram seu estado, ele viu e chegando no pátio interno, bem próximo das masmorras, ele se esconde atrás de um muro e desaba no chão e ali suas lágrimas escorrem livres. Seu coração estremece várias vezes com a dor da descoberta do arrependimento, a água agora está fervendo e o conhecimento da verdade chegou. Agora Zhang Huizong reconhece que foi um covarde, que traiu sua esposa, como ela mesma disse. Despojado de suas vestes luxuosas, da armadura perfeitamente elaborada para sua proteção, despojado de seu posto de marechal e de príncipe, nada mais é ali no chão aos prantos do que um covarde e traidor, que reconhece que não queria defender a esposa com medo de ter novamente pessoas apontando o dedo o julgando, que lá no fundo do coração, aquela sensação de ser julgado pelo crime que outros cometeram, o fez agir como um covarde. Nunca mais vai ver de novo sua amada esposa ou conhecer seu filho, tudo é culpa dele, exclusivamente dele.
Por vários minutos ficou ali, no chão empoeirado, não se incomodou com a sujeira nas roupas, na verdade isso não importa. Levantou e limpou as lágrimas que ajudaram a limpar o coração e a mente, para que ele pudesse ver e sentir a verdade e agora é hora de fazer algo por ela, sua amada Jingfei, mesmo que tardiamente, mas vai ajudar a limpar seu nome e torná-la novamente sua esposa.
No caminho de volta a sala do trono, um marechal Zhang caminha firme, seu semblante está diferente, demonstra uma certa dor e em seus olhos está estampada a tristeza. Não há mais nada a esconder, não existe necessidade para isso. No corredor encontra o general Chem Shoi Ming, que apenas o acompanha em silêncio, não existem perguntas, é obvio o que o marechal está sentindo.
O imperador Guang não tem o privilégio de se esconder para derramar suas lágrimas, que insistem em sair. Ele não pode. Agora ele é o responsável por tudo, ele tem que ouvir, ordenar e mostrar que quem governa é ele. Algo que podia ter feito antes, quando um servo trouxe o recado de que sua concubina favorita queria vê-lo, mas ele em seu orgulho tolo, não quis ouvir, não deu a ela o direito de se defender perante ele. O imperador ficou com medo de ser parcial, sabia que seu amor por ela afetaria seu julgamento, mas ele é o governante, ele poderia ter pedido mais investigações, até que se esgotasse todas as dúvidas, até que a verdade surgisse e aí ele poderia tê-la julgado, mas ele não fez nada, deixou que outros governassem por ele, algo que Lin Ehuang sempre dizia que não deveria deixar acontecer. Agora o imperador Guang está sentado em seu trono de ouro, ornamentado com as mais preciosas gemas de todo o mundo, cercado por pessoas que se dizem preocupadas com ele, cercado pela família, mas, ao mesmo tempo, está absolutamente sozinho. As lágrimas serão liberadas a noite, quando estiver sozinho em sua cama, sentindo o frio da solidão, sentindo a falta daqueles braços ao redor de seu corpo.
Várias pessoas se reúnem em pequenos grupos para falarem sobre os acontecimentos de a pouco, mas um grupo em especial merece uma atenção. É o grupo dos simpatizantes do conselheiro Yan e o próprio. Eles estão receosos com as atitudes do imperador, que antes era muito fácil de manipular, algo que o próprio conselheiro Yan fazia com maestria, mas hoje a demonstração de firme atitude os deixou em dúvidas quanto ao futuro de seus negócios e dos inúmeros negócios escusos que têm. O conselheiro Yan tenta acalmá-los, ele mesmo não está preocupado com nada, tudo vai se ajeitar de uma maneira ou de outra.
__ O que quer dizer, conselheiro Yan? - pergunta o conselheiro Chen Li Wen, que não aplaudiu a morte do rival, por estarem em público.
O conselheiro não responde, apenas olha para o portão principal onde a guarda imperial começa a se reunir.
Tudo está começando a voltar a calma de sempre. Tudo o que deveria ter sido feito, está sendo feito, as ordens para o futuro foram dadas, nada mais resta a fazer. Todos começam a se preparar para partir, mas o primeiro a sair deve ser o imperador, entretanto, antes que isso aconteça, a guarda imperial entra na sala do trono. Todos armados e com suas espadas em punho.
Aconteceu alguma coisa, capitão Xu Yao? - pergunta o imperador.
Sim, Guang GangGuang …
Como ousa chamá-lo sem usar seu título? - fala rudemente o marechal Zhang.
Porque ele não é o imperador! - grita o capitão Xu Yao. - Eu sou o imperador!
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Atualizado até capítulo 60
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