O carro que levava Lea logo se afastou do carro que levava Cathy. Dentro do carro de Lea, dois homens amarraram suas mãos e cobriram sua boca com fita adesiva preta. Inconsciente, Lea estava deitada no banco de trás.
Em alta velocidade, o carro seguia em direção a uma cidade bem distante de Londres. Um dos homens na frente ligou para alguém.
"Alô?"
"Você já pegou a garota?", perguntou alguém do outro lado.
"Sim, senhor. Ela está inconsciente. Mas eu amarrei suas mãos e tapei sua boca", ele respondeu.
"Bom. Você também pegou os pertences delas?", perguntou a pessoa do outro lado.
"Há duas pessoas indo para o hotel. Os pertences delas são importantes, senhor?"
"Sim, são muito importantes. Principalmente os da garota que você está levando. Não deixe ela escapar", ele disse.
"Sim, senhor. Eu a amarrei com força."
"Ela sabe se defender, então tome cuidado. Mas ela é apenas uma garota", ele disse.
O homem apenas sorriu, olhando para trás para se certificar de que Lea ainda estava inconsciente.
"Ah, e quanto à outra garota, senhor? Devemos deixá-la no porto?", perguntou o homem.
"Não, ela é a guarda-costas da garota que você está levando. Vou precisar dela e do irmão dela também, então é melhor não fazer nada com eles. Só quero ver a garota primeiro", ele disse.
"Certo, senhor. Entendo."
"Hmm."
Clique!
Lea, ainda inconsciente, foi levada para um lugar. A garota se mexeu lentamente, abrindo os olhos aos poucos. A trepidação de seu corpo a fez perceber que não estava no hotel. Sua mente correu, tentando se lembrar do que havia acontecido.
Seu olhar pousou em suas mãos amarradas e na boca coberta com fita adesiva. Ela percebeu que havia sido sequestrada. Quem eram essas pessoas? Por que a sequestraram e a levaram?
Onde estavam Cathy e Edward? Eles estavam mortos?
A mente de Lea estava confusa. Ela olhou para o homem sentado calmamente à sua frente. Ela não tinha ideia de quem eram as pessoas que a atacaram no porão. Seriam eles inimigos de seu pai, ou quem seriam?
"Oh Deus, por que fui capturada assim que saí? E quem são eles?", Lea murmurou, olhando para o homem sentado calmamente à sua frente.
Ela ainda estava pensando qual era sua conexão com as pessoas que a haviam capturado, e com Cathy. E onde estava Edward?
Ela não o tinha visto depois que se separaram no aeroporto. Ele estava bem? Lea continuou pensando para onde Edward havia ido. Ele também havia sido capturado?
Vários pensamentos passaram pela cabeça de Lea. Ela sentiu medo, tanto por si mesma quanto pelas duas pessoas leais ao seu pai.
O carro finalmente entrou por um portão que parecia velho e quase caindo aos pedaços. Lea observou enquanto o carro entrava em um terreno espaçoso com um grande prédio. Havia muitas motocicletas e carros estacionados lá, e algumas pessoas entravam e saíam do prédio. O carro em que Lea estava parou bem na frente do prédio.
Dois homens estavam esperando, cumprimentando o homem que havia trazido Lea no carro. Ele abriu a porta. Lea fingiu ainda estar inconsciente enquanto era puxada para fora do carro e carregada para dentro do prédio.
Eles entraram diretamente em uma sala escura iluminada por apenas uma lâmpada. Lea foi colocada sentada em uma cadeira como se fosse uma ré em um julgamento. Ainda fingindo estar inconsciente, ela sentiu a atmosfera fria e silenciosa.
Ela abriu os olhos lentamente. A visão à sua frente era apenas uma mesa com uma cadeira atrás. Ela olhou para a direita e para a esquerda - não havia ninguém na sala escura.
Tentando se soltar, ela moveu as mãos. Ela havia aprendido na escola como se soltar de amarras. Depois de alguns movimentos, as cordas começaram a se soltar. Uma vez com as mãos livres, ela removeu a fita adesiva de sua boca.
Lea não percebeu que suas ações estavam sendo observadas por várias pessoas atrás dela. Com um sorriso sarcástico, o homem atrás dela se levantou e, caminhando até Lea, a colocou de volta na cadeira.
"Você é muito boa em se soltar de uma amarra tão forte", disse o homem, posicionando-se à sua frente.
Lea ficou surpresa. Ela olhou para o homem, cujo rosto lhe era familiar. Ele parecia ter quase a mesma idade que ela. Ela tentou se lembrar de onde o conhecia. Ela olhou para suas mãos, agora livres - seus pulsos estavam vazios, sem a pulseira que ela sempre usava.
"Onde está minha pulseira?", perguntou Lea, procurando no chão ao seu redor.
"Você está procurando por isso?", perguntou o homem, mostrando uma pulseira em sua mão.
"Me devolva! É minha!", disse Lea, tentando pegar a pulseira da mão dele.
"Ah, esta pulseira é sua? Ela é valiosa para você?", perguntou o homem, afastando a pulseira para que Lea não pudesse pegá-la.
"Me devolva! Você não tem o direito de ficar com ela! Ela é minha!", gritou Lea, tentando novamente pegar a pulseira da mão do homem.
Em vez de devolver a pulseira, o homem se virou e começou a rir alto, provocando Lea. Ele se afastou dela e ela, é claro, o perseguiu, tentando pegar a pulseira. Mas o homem correu, brincando com a pulseira dela.
"Me pegue se for capaz, hahaha!", ele disse, ainda provocando Lea.
Lea estava muito irritada. Ela parou e olhou para ele, mas então começou a correr o mais rápido que podia, tentando alcançá-lo. O homem, é claro, continuou correndo, rindo enquanto provocava Lea. Os dois se perseguiram como gato e rato.
À distância, um homem de terno, com uma expressão séria, observava os dois correndo. Ele deu outra tragada em seu charuto e soltou a fumaça. Então, caminhou em direção à mesa que já havia sido preparada.
Sentando-se à mesa, ele continuou observando Lea e o homem mais jovem correndo e gritando. Um leve sorriso apareceu em seus lábios, embora não pudesse ser visto. Então, ele estalou os dedos. De repente, a sala ficou iluminada.
"Chega de brincar!"
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Atualizado até capítulo 77
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