Capítulo 9

"Quem é você?", perguntou Lea, ainda segurando o braço do homem.

"Vamos", disse o homem sem responder à pergunta de Lea.

"Eu quero saber quem você é! E por que você me ajudou? Eu nem te conheço", perguntou Lea, segurando a mão do homem.

"Tio Allan está esperando por você na pensão, vamos para casa", disse ele.

Lea ficou chocada ao ouvir o homem mencionar o nome de Allan, especialmente porque o homem que a criou desde bebê estava em sua pensão.

"Meu nome é Edward", respondeu o homem de chapéu, chamado Edward.

"Por que você chama meu pai de tio? Ele é seu tio? Mas eu nunca ouvi meu pai dizer que tinha um sobrinho chamado Edward", disse Lea, cínica.

Edward apenas deu de ombros, ainda segurando a mão de Lea, levando-a para dentro do carro. A garota obedeceu, entrando e sentando-se ao lado de Edward. O carro preto saiu do local deserto onde muitos bandidos costumavam vagar.

"Por que você estava naquela área? Você sabe que há muitos bandidos lá?", perguntou Edward.

"Meus amigos me deixaram lá, eles me enganaram", respondeu Lea.

"O que você fez para seus amigos te enganarem?", perguntou Edward novamente.

"Fomos a uma boate, eles me desafiaram a beber e eu os venci. Mas, infelizmente, eles me deixaram naquela área", respondeu Lea.

"Você não consegue lidar com seus amigos? Você não sabe se defender? Bancando a durona, vivendo sozinha, mas não consegue lidar com amigos idiotas", disse Edward, cínico.

"Como eu poderia lutar contra eles assim? Eles não me atacaram. Eles só não gostam de mim", disse Lea.

"Apenas diga que você não consegue", Edward zombou.

Lea ficou irritada com a zombaria de Edward, mas ela permaneceu em silêncio. Com preguiça de responder ao seu tom cínico.

Silêncio, não houve mais conversa dentro do carro. O veículo em que estavam viajava em alta velocidade até chegar a um prédio onde o proprietário alugava quartos para estudantes ou trabalhadores da área circundante.

O carro entrou no estacionamento, os dois desceram depois que ele parou. Eles caminharam em direção ao prédio alto, entrando no elevador sem dizer uma palavra um ao outro.

Lea sentou-se em uma cadeira diante de uma cadeira vazia, como uma ré, ela se sentou ereta e olhou para a frente. Infelizmente, ela tinha vindo com Edward Simpson, o homem que afirmava ser sobrinho do Sr. Allan, o homem que a criou.

Ela olhou ao redor da sala, nenhuma outra pessoa havia entrado para falar com ela. Até o Sr. Allan, que Edward havia mencionado, ainda não havia aparecido.

"Droga, por que aquele homem mentiu para mim? Papai não veio me ver aqui", Lea murmurou, xingando.

Ela queria ir embora, mas suas mãos pareciam estar amarradas aos braços da cadeira. Lembrando-se de quando ela estava lutando contra três bandidos e sendo pressionada, Edward veio em seu socorro. Como se ele fosse realmente sobrinho do Sr. Allan, o pai que a criou desde bebê.

"Heh, sobrinho do meu pai? Sobrinho de onde? Papai nunca me disse que tinha um sobrinho", disse Lea novamente.

Ela estava tão chateada por ter que passar por isso, ela preferia lutar contra três bandidos, mesmo que estivesse machucada, do que ser mantida em cativeiro assim. Ela estava realmente chateada com o homem chamado Edward.

Logo, uma porta se abriu. A sete metros de distância de onde Lea estava sentada, a garota viu três homens entrarem usando chapéus. Um deles usava um chapéu de cowboy e os outros dois pareciam guarda-costas escoltando seu chefe.

O olhar de Lea estava fixo no homem usando o chapéu de cowboy, ela reconheceu a postura do homem. Os olhos de Lea se arregalaram, um sorriso se espalhou por seu rosto quando ela soube quem tinha vindo vê-la.

"Pai!" Lea gritou para o homem que se aproximava dela.

O homem sentou-se à sua frente, o feixe de luz que incidia apenas em seu chapéu tornava seu rosto invisível. Lea franziu a testa, por que o homem que ela chamava de pai estava em silêncio e olhando para ela friamente?

"Pai, o que está acontecendo? Por que estou presa assim?", perguntou Lea.

O homem permaneceu em silêncio, ainda olhando friamente para Lea.

"Pai, me deixe ir. Não faça isso", Lea disse novamente.

"Lea, você sabe por que está assim?", perguntou o homem à sua frente.

"Eu não entendo, pai, mas por que você está agindo de forma tão estranha?", perguntou Lea.

O homem tirou o chapéu, recostando-se na cadeira. Ainda olhando para Lea inexpressivamente.

"Chame Edward Simpson", disse ele.

"Sim senhor."

Um dos guarda-costas saiu da sala. Lea observou-o sair e então se virou para seu pai.

"Pai, o que é tudo isso?", perguntou Lea, confusa.

"Lea, quantos anos você tem?", ele perguntou.

"Você sabe, pai! Por que perguntar de novo? Não é meu aniversário em um mês?", Lea respondeu com outra pergunta.