Uma Conexão Inesperada

...Pov's Kim Jin-wook ...

Vendo-as tão bem conversando, me senti completamente errado por ter que interromper aquilo, mas era necessário. Caminhei até elas e chamei-a tendo sua atenção para mim e sua expressão nada amigável:

— Madalena, certamente já sentiram nossa falta. Precisamos ir.

Ela suspirou, não querendo sair dali, mas sabia que era verdade. A mãe de Isaac sorriu para ela, me afastei para não ouvir a conversa delas e, distante, vi Madalena a abraçar fazendo com que a outra mulher ficasse sem jeito. Nos despedimos de todos e, aos pés da escada para sair dali, eu me viro dizendo calmo:

— Eu peço segredo disto que ocorreu aqui! Por favor.

Todos assentiram concordando, então saí daquele porão e, desta vez, Madalena aceitou minha ajuda, segurando em minha mão, eu a puxei para cima tendo um contato mais íntimo entre nós, mas que tratamos de afastar o mais rápido possível. Do mesmo jeito que viemos, voltamos e, já distante da senzala, começamos a andar novamente entre os plantios de cana.

— O que foi isso? — perguntou ela de repente, a encarei confuso. — Tudo isso. Esse seu bondoso ato. O que espera ganhar com isso?

— Nada — respondo. — Eu sentia-me obrigado a fazer alguma coisa depois do que houve ontem. — Respiro fundo. — Mesmo isso não tirando nem um pouco do peso em meus ombros.

— Khalifa me contou. — Encarei-a confuso. — A mãe de Isaac e Kayin, ela me contou o que houve com o filho dela ontem. Por que não obedeceu seu pai?

— E machucar um inocente? — falei olhando para o chão um pouco cansado. — Eu não sou um monstro. — Nego com a cabeça.

— Não? Certeza? — Encaro Madalena que tinha um olhar curioso e julgador. — Não se vê em seu pai? Ele pareceu tão orgulhoso.

— Não sou igual ele. Jamais serei, prefiro a morte do que ser um traficante de pessoas inocentes — digo respirando fundo.

— Interessante... — Seu olhar misterioso estava caído sobre mim. De repente, a Choi parou-me, andando em círculos a minha volta — Todos os garotos da sua idade baseiam-se principalmente em seus pais, no que eles são. Orgulham-se do que eles são e desejam aquilo para eles próprios, um bando de mesquinhos idiotas.

— Completamente idiotas e cruéis — completo e ela para em minha frente. — Não sou igual ele, não quero ser igual ele — digo. — Eu posso te pedir um favor?

— Não se preocupe. — Franzo o cenho. — Não irei contar aonde estávamos e o que fizemos — falou calma.

— Não é isso que eu iria pedir, mas obrigado — digo e seu olhar se torna curioso. — Dança comigo? Aqui e agora?

Estendi minha mão em sua direção e ela pareceu desconfiada.

— Com que música? — indagou.

— Não precisamos de uma — respondo. — Não dancei com ninguém está noite.

— E por quê? — Seu olhar ficou ainda mais curioso e desconfiado. — Tinha muitas e muitas moças jovens em sua festa, todas belíssimas e interessadas em ser o par de Kim Jin-wook — disse de braços cruzados.

— Estava esperando a garota certa para eu chamar para dançar. Não que só entendesse meus passos ou fosse da mesma classe, mas que sim entendesse meu lado e quem eu realmente sou — respondo, vendo seu olhar sereno em minha direção. — E essa garota está aqui a minha frente. — Novamente estendi minha mão em sua direção. — Aceita dançar comigo, senhorita Choi?

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