Capítulo XVII: O Inferno Pessoal

Após garantir que Mia estava em segurança na casa na Itália, Eva sabia que ainda tinha um último negócio para resolver. Ela precisava voltar para sua mansão nos Estados Unidos, onde seu irmão, Milo, ainda estava preso no porão. A segurança da casa havia sido reforçada, mas Eva sabia que apenas sua presença garantiria que Milo pagasse por tudo o que fez.

O voo de volta foi tranquilo, mas a mente de Eva estava a mil. Ela planejava cada detalhe da tortura de Milo, determinada a fazer com que ele sofresse antes de sua morte inevitável. Assim que chegou à mansão, não perdeu tempo e foi direto ao porão.

Os capangas de Eva mantinham uma vigília constante, e quando ela chegou, eles a saudaram com respeito.

— Senhora Eva, ele está lá dentro, conforme suas ordens. Não teve comida nem água nos últimos dias — relatou um dos homens.

— Muito bem. Podem sair, vou cuidar disso pessoalmente — disse Eva, com um olhar frio e determinado.

Ela desceu as escadas do porão, seus passos ecoando no espaço sombrio. Quando abriu a porta, a visão de Milo acorrentado e visivelmente enfraquecido a saudou. Ele estava pálido, os olhos fundos, mas ainda havia um brilho de ódio em seu olhar.

— Olá, irmãozinho. Como foi passar a noite aqui? Seu pior pesadelo chegou. Você está pronto para morrer? — disse Eva, sua voz carregada de desprezo.

Milo levantou a cabeça lentamente, um sorriso debochado surgindo em seus lábios rachados.

— Cala a boca, sua piranha de merda — cuspiu ele, com a voz rouca.

Eva apenas riu, um som gelado que fez o ambiente parecer ainda mais opressivo.

— Nossa, irmãozinho, eu sempre te ensinei boas maneiras. Mas, como estou vendo, você não aprendeu nada. Fiquei sabendo que você tem um namoradinho. Convenhamos, você tem muito bom gosto — disse ela, aproximando-se com uma faca em mãos.

Milo tentou se mover, mas as correntes o mantinham firmemente no lugar. Eva começou a cortar a pele dele, devagar, saboreando cada grito de dor que ele soltava. O sangue escorria pelos cortes, e Milo gritava, xingando-a com todas as forças que ainda tinha.

— Vai se foder, Eva! Você é uma maldita louca! — gritou ele, enquanto ela cortava um de seus dedos.

— Louca? Talvez. Mas sou a única que está viva e no controle aqui. E você... bem, você está prestes a descobrir o verdadeiro significado de sofrimento — respondeu Eva, sem parar.

A tortura durou horas. Eva cortava, queimava, mutilava, enquanto Milo gritava e xingava, até que seus gritos se transformaram em súplicas.

— Por favor... acabe logo com isso... — implorou ele, sua voz um sussurro de dor.

Eva olhou para ele, seu rosto sem expressão de compaixão.

— Não, Milo. Você vai morrer lentamente, sentindo cada segundo do seu sofrimento. Isso é pelo que você fez ao nosso pai, a mim, a todos que você prejudicou — disse ela, antes de finalmente enfiar a faca no coração de Milo, terminando sua vida.

Ela se levantou, limpando o sangue de suas mãos. Sentia-se aliviada, como se um peso enorme tivesse sido retirado de seus ombros. O pesadelo havia terminado, e ela havia vencido.

— Despachem o corpo. Quero este lugar limpo — ordenou Eva aos seus capangas, antes de subir de volta para a luz do dia, onde o futuro a aguardava.