Capítulo V: Caça e Caçador

Eva estava em chamas de raiva enquanto liderava seu grupo pela noite escura, os rostos de seus homens refletindo a mesma determinação e fúria. Eles estavam em busca de Mia, e a cada segundo que passava, o desespero crescia dentro dela.

— Jake, onde está o galpão? — Eva perguntou, a voz firme e autoritária.

Jake consultou o mapa em seu celular.

— Fica a cerca de quinze minutos daqui. Os capangas de Milo estão sempre por perto, então precisamos ser discretos.

— Discretos? Não, Jake. Precisamos ser rápidos e brutais. Se eles machucarem Mia, eu não prometo que vou deixar um deles vivo — respondeu Eva, os olhos ardendo de determinação.

Enquanto isso, no galpão, Mia estava amarrada e com os sentidos à flor da pele. O ambiente era sombrio e a tensão era palpável. Ela lutava contra as cordas, tentando encontrar uma maneira de se libertar.

Os capangas de Milo se aproximaram, conversando entre si. Milo se inclinou perto de Mia, rindo de forma sarcástica.

— Sabe, sua namoradinha vai chegar em breve. Mas quando ela souber o que fizemos com você, vai ser tarde demais.

— Você não a conhece. Ela não vai parar até me encontrar — respondeu Mia, tentando manter a esperança.

— Oh, mas eu conheço bem a Eva. E é exatamente isso que estou contando. Eu quero ver o desespero nos olhos dela quando perceber que não pode salvá-la.

Mia sentiu um calafrio percorrer a espinha. Ela sabia que Eva era poderosa, mas o irmão dela era imprevisível e perigoso. O tempo estava se esgotando.

Enquanto isso, Eva e seu grupo se aproximaram do galpão, a adrenalina pulsando em suas veias. A lua iluminava o caminho, criando uma atmosfera sombria e intensa.

— Eu quero que vocês entrem com cautela — ordenou Eva, os olhos fixos na estrutura velha e desgastada à frente.

Jake assentiu, sinalizando para os homens se posicionarem. Eles se espalharam ao redor do galpão, prontos para atacar.

— Eu vou na frente — disse Eva, a determinação em sua voz inconfundível.

Ela empurrou a porta, que rangeu, revelando um interior empoeirado e mal iluminado. O cheiro de mofo e sujeira era forte. Eva se moveu como uma sombra, cada passo planejado e silencioso.

No fundo do galpão, Mia estava amarrada, e a visão dela fez o coração de Eva disparar. Mas antes que pudesse correr até ela, um dos capangas de Milo a viu e gritou.

— Ela está aqui!

Eva não hesitou. Ela avançou com rapidez, a fúria tomando conta. A luta começou, e o barulho de tiros e gritos ecoou pelo galpão.

Mia, vendo a cena, gritou.

— Eva, cuidado!

A adrenalina corria nas veias de Eva enquanto ela enfrentava os capangas, usando toda sua força e habilidades de combate. Cada golpe que ela desferia era um passo mais próximo de proteger Mia.

— Você não vai tocá-la! — gritou Eva, desferindo um soco em um dos homens, derrubando-o instantaneamente.

Os capangas começaram a recuar, mas a fúria de Eva era imparável. Ela estava disposta a fazer qualquer coisa para proteger a mulher que amava.

Finalmente, ela chegou até Mia, cortando as cordas com um estilete que havia pegado de um dos capangas.

— Você está bem? — perguntou Eva, a preocupação em sua voz.

Mia assentiu, lágrimas nos olhos.

— Eu estou, mas precisamos sair daqui!

No entanto, o irmão de Eva, Milo, apareceu na entrada, bloqueando a saída com um sorriso cruel.

— Ah, Eva. Sempre tão pronta para salvar sua querida. Mas você realmente acha que pode escapar de mim?

Eva encarou Milo, o ódio queimando em seu olhar.

— Você vai pagar por isso, Milo. Ninguém toca no que me pertence.

Milo riu, um riso baixo e ameaçador.

— Vamos ver quem sai ganhando desta vez.

A batalha estava apenas começando, e Eva sabia que não descansaria até que cada um dos capangas de Milo pagasse pelo que haviam feito. A luta pelo amor e pela vida de Mia se intensificava, e Eva estava pronta para qualquer coisa.