Capítulo 18 Noite assustadora

Eu sempre me arrumo primeiro que Heloísa. Resolvi caprichar porque fui avisada que iríamos num restaurante chique.

Fui para o jardim enquanto esperava Heloísa. Estava com uma sensação estranha. Fui fazer uma ligação para os meus pais. Eles estavam viajando e caiu na caixa postal. Deixei recado para que me ligassem.

Heloísa chegou atrás de mim e viu a minha expressão de preocupação.

_ Está tudo bem, Eloá?

_ Estou com uma sensação estranha. Deve ser muito sol na cabeça. Uau!_ Eu a rodopiei_ Está linda.

_ Obrigada. Concorrer com você é difícil. E sei que as italianas são muito lindas. Tenho que impressionar Adrian.

_ Eu acho que ele está mais que impressionado.

_ Será Eloá?

_ Eu vi o brilho nos olhos dele. E se chipar? Namoro à distância?

_ Vou pensar nisso depois.

Eles chegaram e ficamos babando.

Eles obviamente também gostaram do que viram. Como perfeitos cavalheiros nos ajudaram a entrar no carro.

O restaurante devia ser o mais chique pois a fila de espera era enorme. Mas Matheo não era homem de enfrentar fila. A nossa mesa estava reservada e fomos encaminhados.

A mesa era de fácil acesso à pista de dança e também era VIP. As bebidas chegaram rapidamente.

_ Hoje eu deixo você dançar em cima da mesa, Eloá _ diz Matheo com um sorriso malicioso_ a mesa é forte.

_ Engraçadinho. Ainda bem que eu não me lembro disso.

Escolhemos a comida, o primeiro prato era tábua de queijos, embutidos e azeitonas, bruschetta, que se pronuncia brusketta, um pedaço de pão grelhado coberto de tomate e azeite, que resulta em papilas gustativas muito felizes. O segundo prato era almôndegas ao sugo, abobrinhas recheadas, bolo de carne, se e por fim a sobremesa, o famoso tiramisu.

Tudo regado a vinho chadorney. Eu tive o cuidado de não exagerar. Não queria dar vexame ou correr o risco de perder a noite que prometia ser inesquecível.

A dança começou e Matheo me arrastou para dançar a tarantela. Eu já estava dominando uns passos. Mas ainda embaralhava outros. Helô também veio com Adrian e todos ríamos muito.

Fomos descansar um pouco, e Heloísa e eu fomos ao toalete. Depois de usarmos, começamos a retomar a maquiagem.

A porta abre como se um vento forte a derrubasse. Esse vento era Lily. Ela parecia mais assustadora que o vento.

_ Eu não sabia que vadi@a podia frequentar esse lugar _rosna ela olhando furiosa para mim_ eu não estava errada a seu respeito.

_ Vou desconsiderar o que disse dessa vez, mas não vá se acostumando. Estou ficando cansada de sua paranoia.

_ Você está mesmo me chamando de paranoica?

_ O seu comportamento é um comprovante.

Ela veio para cima de mim com tudo. Eu não esperava por isso e com o confronto tropecei num vaso e caí no chão. Senti uma dor profunda e tudo ficou escuro.

_ Você é louca? Olha o que fez com a minha amiga.

_ Ela me atacou primeiro.

_ Eu vi tudo sua idiota. falou em italiano. E adivinhe só, eu sou fluente em italiano.

Heloísa tentava socorrer a amiga e nesse momento, Matheo e Adrian invadem o local. Matheo sabia que não podia fazer nada. Chamou uma ambulância.

Adrian viu a irmã saindo furtivamente e foi atrás dela. Segurou-a pelo braço.

_ Per l'amor di Dio, diga que não foi você quem fez isso.

_ Não fui eu.

_ Foi ela sim_ a funcionária do toalete disse_ ela entrou ofendendo as moças e depois partiu para cima da que está no chão. Ela caiu e bateu a cabeça no vaso.

_Lily, você está louca?

_ Por que todos estão me rotulando como louca?

_Porque uma pessoa normal não ataca outra e a fere. Imagine se for grave?

_ Ela me chamou de paranoica.

_ Mas certamente você a ofendeu primeiro.

_ Você é o meu irmão. Deveria me apoiar.

_ Eu apoiar as suas sandices? Saiba que deveria rezar para que Eloá não queira te processar.

Ele foi até Matheo e Heloísa que estavam esperando colocar Eloá na maca dentro da ambulância. Helô foi com Eloá e Adrian junto com Matheo atrás.

_ Matheo, foi Lily.

_ Como?

_ Ela entrou no toalete já ofendendo Eloá , que chamou Lily de paranoica e esta voou para cima de Eloá a derrubando no chão. Eloá bateu a cabeça no vaso.

_ Dio mio! A sua irmã está pior a cada dia. Os seus pais não irão fazer nada para mudar isso?

_Dessa vez serei mais severo. Exigirei que punam Lily.

_ Antes que ela mate alguma pessoa. Ela simplesmente acha que é a minha dona. Não é a primeira vez que isso acontece, Adrian.

_ Como assim?

_ A última americana que você mandou. Ela era oferecida mesmo. Se jogou em cima de mim descaradamente. Mas antes que eu tomasse uma atitude, Lily a feriu. Mesmo cenário. Estavam no banheiro. Lily chegou até ela com um canivete e colocou no pescoço da mulher. Usou tanta força que cortou um pouco.

_ Como você sabe disso?

_ O Antônio estava passando perto, ouviu os gritos e correu para me chamar. Eu paguei uma bela quantia para evitar que a sua irmã fosse para cadeia. As imagens mostram as duas entrando e depois a americana saindo ensanguentada.

_ Dio mio! Você deveria ter me falado.

_ Você estava em Nova York. Eu tentei alertar a você para afastar Lily de mim sem ter que te falar coisas tristes, caro.

Chegaram ao hospital. Depois de um tempo, o médico veio dar a notícia que Eloá sofrera uma leve concussão e ainda estava confusa, sendo assim teria que ficar em observação.

Heloísa se ofereceu para ficar e eles foram para casa. Matheo estava furioso com Lily. Se isso pais dela não fizessem nada, ele faria.

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