Rodrigo Gustaman

 Acordo com um barulho vindo da cama dela, ao olhar na sua direção vejo que ela estava a tentar levantar-se da cama, corro e a seguro, pois ela estava prestes a cair.

Que mulher teimosa, por que ela não me chamou.

Caramba, ela não cansa de me assustar.

Chamo a sua atenção, acabo a falar mais do que devia.

Ela começa a rir, e que sorriso lindo, como ela pode ser tão perfeita em tudo.

Pergunto se ela está a achar engraçado assustar-me.

Ela pede desculpas e diz que eu falei igual à mãe dela agora.

Ajudei ela a sentar novamente na cama .

Fiquei surpreso quando ela me agradeceu por tê-la salvado daquele escroto, e por cuidar dela durante a noite.

Vejo que ela abaixa a cabeça ao lembrar de ontem.

Sei que ela não ficou assim, somente pelo que aconteceu ontem, foi como se o incidente de ontem, lembrasse ela de algo que a machucava muito.

Era nítido como a sua feição muda, quando ela toca no assunto.

Fico com o peito apertado ao imaginar que alguém pode ter feito mal pra ela . A ponto de mexer com seu psicológico.

Ah! Mas vou descobrir, e se possível vou fazer pagar caro por tê-la deixado assim.

Estávamos conversando quando as amigas dela entram no quarto.

Elas agradecem mais uma vez por tudo que fiz.

Digo que não foi nada

estava feliz em poder ajudar.

Preciso ir pra casa , mas minha vontade é de ficar aqui , não quero deixá-la.

Peço licença e digo que preciso ir pra casa.

Deixo claro que se precisarem de mim é só me ligar.

Antes de sair, entrego meu cartão pra ela , com a desculpa de que ela vai precisar depor na delegacia, aviso que precisamos manter contato.

Fico feliz em ouvir ela dizer que vai salvar o meu número.

Chego em casa, e vou tomar um banho.

Preciso relaxar.

Entro no chuveiro e lembro-me do sorriso dela.

Como fica meiga e encantadora quando sorri, parece uma boneca.

Os seus olhos castanhos claros e o seu cabelo preto realça ainda mais a sua beleza.

Ela mostra ser tão forte,

Porém, ontem observei o seu lado frágil, quando ela estava apagada nos meus braços, vi uma menina- mulher indefesa, que parecia ter sofrido muito.

Não gostei de vê-la tão vulnerável assim.

Eu não sou uma pessoa fria, mas nunca fui de me importar com sentimentos de ninguém.

Admito que sou mulherengo,

tive muitas mulheres , mas sempre deixei bem claro que eu só estava a procura de sexo.

Os meus casos raramente passavam de uma noite, nunca fui de importar-me com mulher alguma.

Mas depois que eu conheci a Dra. tudo mudou.

Ela desperta em mim um lado que nem eu conhecia.

um lado protetor.

Quero estar com ela.

Quero poder toca -lá.

Sinto falta dela, como isso é possível se nunca tivemos nada?

Preciso saber o que está a acontecer comigo.

Talvez seja efeito do meu acidente ainda, aquele hematoma na minha cabeça deve ter deixado sequelas.

Vou fazer novos exames.

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