Rodrigo Gustaman

Saio caminhando em direção ao toalete, chego em frente a porta olho e não vejo ela, vou procurando ao redor, quando chego próximo à escada, num canto mais escuro vejo ela debatendo-se, tentando soltar-se, e aquele babaca a segurando e imprensado ela na parede.

O meu Sangue ferve, fico cego de ódio, quando o vejo a tentar beijá-la a força, não penso duas vezes, aproximo-me dele com tudo, acerto um soco tão forte na sua cara que ele cai no chão.

Quem esse cara pensa ser para forçar uma mulher a querer ele à força? Ainda mais se tratando da minha Dra.

Ele ia levantando, Dei um chute

e ele cai no chá novamente, comecei a desferir vários socos nele, que tentava se defender, até o momento que ele apagou, quanto mais eu batia ,

Mas minha raiva aumentava.

Até que ouço a voz dela, fraca e soluçando, me pedir para parar se não eu iria matar ele .

Quando olho nos seus olhos, vejo o seu rosto banhado em lágrimas, aquilo partiu-me o coração, vê-la tão frágil e machucada, a vontade foi de continuar a socar aquele miserável até as minhas forças acabarem.

Não tive tempo para pensar, quando vi os seus olhos fechados ela foi a desfalecer, num pulo consegui ficar em pé e a segurar para ela não cair no chão.

Ela desmaiou em meus braços.

Uma multidão de curiosos já havia se formado ao nosso redor.

Levanto com ela nos meus braços, o Heitor já chegara, pedi-lhe que levassem aquele escroto para a ambulância, e chamasse a polícia.

Os seguranças abrem caminho para nos passar.

O Luiz, David e as amigas dela acompanham-me, falo que ela está bem, só está apagada, precisamos levá-la ao hospital.

David e Cristina entraram no meu carro, David dirigindo,Cristina ocupa o banco do carona.

Eu estou no banco de trás com ela em meus braços, seu corpo parecia trêmulo, ela estava gelada , pego um casaco meu que estava no carro e cubro seu corpo.

Conto o que acontecerá para a Cristina e o David.

Cristina diz para irmos para outro hospital, ela diz que a amiga não iria querer entrar no hospital que elas trabalham daquele jeito.

No carro atrás de nós, está o Luiz dirigindo, com o Heitor e as duas amigas dela.

Paramos no hospital mais próximo, entro com ela na emergência, a Cristina entra com agente e explica ao médico o que aconteceu.

Eles pedem para nos retirarmos, e aguardar na sala de espera.

Eu não queria sair, precisava ficar ao lado dela.

Cristina me puxou e disse que ficaria tudo bem.

Ficamos na sala de espera, David informara aos outros o que acontecera.

Chamo o Luiz e digo-lhe para entrar com um processo para aquele desgraçado. Vou acabar com a vida dele.

As meninas agradecem-me por salvar a amiga delas.

Vejo que as minhas mãos ainda estão sujas com o sangue daquele escroto.

Peço licença e vou ao banheiro, lavo as minhas mãos e fico a lembrar de tudo que aconteceu, de todas as mudanças que essa mulher causa em mim.

Porque eu me preocupo tanto com ela? Claro que se eu visse Algo semelhante eu iria ajudar, podia ser a mulher que fosse.

Mas com ela foi diferente, eu queria protegê-la. Não posso permitir que ninguém a toque.

Estamos a aguardar faz umas meia hora, quando o médico entra na sala, todos levantamos e vamos em direção a ele.

_" A Sra. Ávila está bem.

o desmaio pode ter sido causado por estresse ou emoção intensa.

Ela está a tomar soro, para hidratar, os exames mostraram uma dose elevada de álcool no sangue dela.

Recomendo que ela fique em observação hoje."

Só podia ficar um para fazer companhia a ela.

As meninas todas queriam ficar, porém, estavam visivelmente embriagadas,

Falei que não se preocupassem, podia deixar que eu iria ficar com ela.

Era melhor elas irem para casa descansar e voltar de manhã com roupas e coisas pessoais da Dra.

Todos concordaram.

Os meninos iriam levá-las para casa .

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