Dra. Ávila Menezes

Estou à vinte quatro horas de plantão, trabalho em um dos maiores hospitais de Toronto, Hospital Mount Sloan.

Terminei a minha formação aos 21 anos,Com as notas mais altas da minha turma de medicina, numa cidade chamada Hamilton .

Cidade que abriga grandes universidades,

Hamilton oferece uma excelente qualidade de ensino e de vida.

Os meus pais ainda residem lá, toda a minha família e de lá.

Quando fiz 22 anos após a minha residência, recebi uma oferta para trabalhar como Chefe de Cirurgia Geral no grande e conhecido hospital Mount Sloan.

Sonho de qualquer médico nessa região.

O nosso hospital está sobrecarregado esses dias, nada que não estivéssemos acostumados, pois, estamos na época do ano em que enfrentamos tempestades nevascas e ventos fortes de inverno.

Os grupos em risco quando o frio está extremo incluem pessoas com problemas cardíacos ou doenças respiratórias crónicas, bebés e crianças pequenas, pessoas que tomam certos medicamentos,que trabalham ou fazem atividades físicas fora por longos períodos, e mendigos.

Não podendo esquecer  — Vários acidentes e congestionamento no trânsito.

Estou a sair do centro cirúrgico, terminará a minha última cirurgia do Plantão, estava a ir em direção ao refeitório para fazer a minha primeira refeição depois de uma longa e agitada noite de emergências e cirurgias.

Quando vejo uma movimentação estranha na entrada da emergência, repórteres chegando e várias pessoas se aglomerando do lado de fora do hospital.

Der repente vejo uma equipe de médicos e enfermeiro correndo em direção ao centro cirúrgico, junto deles estava o Dr. Heitor, o diretor do hospital.

Imaginei que tem coisa grande acontecendo.

Desligo -me dos meus pensamentos quando sinto o meu telefone vibrando no bolso do meu jaleco, olho e era o Diretor me ligando.

Dr. Heitor

Estamos a trabalhar a dias sem descanso, nosso hospital é um dos mais procurados do País, nessa época do ano estamos lotados de pacientes de todas as cidades vizinhas, sorte que posso contar com uma grande equipe de profissionais de todas as áreas de saúde.

Estou no meu escritório quando recebo um telefonema de umas das nossas equipes de ambulância, informando que estão com O Sr. Rodrigo Gustaman a caminho do hospital, o mesmo sofrerá um acidente de carro. Está fora de perigo, porém desacordado.

Ligo para minha chefe de Cirurgia, sei que ela estava cansada , estava a 24 horas sem descanso , ela era a melhor e mais eficiente Médica do nosso hospital, não poderia deixar uma pessoa tão importante nas mãos de qualquer médico, tinha que ser o melhor.

Dra. Avila Menezes

Pois, não Sr.?

Diretor

Doutora preciso pedir um favor, entendo que a Sra. está exausta e sem descanso, porém estamos com um paciente muito importante no centro cirúrgico, preciso que comande a cirurgia ele sofreu um acidente de carro, a equipe já está com ele, aguardando a sua presença.

E por favor faça o seu melhor , não podemos cometer erros com uma grande celebridade em nossa responsabilidade.

Ligo de imediato pra família dos Gustaman, conhecidos na mídia por serem grandes empresários no ramo logístico, os mesmos já estavam a caminho do hospital.

Dra Menezes

Volto às pressas pro centro cirúrgico

Enquanto estou a vestir, minhas roupas cirúrgicas relembro me as palavras do diretor, com ele ousa pedir-me para da, o meu melhor por ser um paciente importante, ele sabe muito bem que não diferencio pacientes por suas classes sociais ou status, sobe-me uma raiva, meu sangue começa a esquentar,

Se tem uma coisa que aprendi na minha profissão é tratar a todos os pacientes da mesma maneira, dando sempre o meu melhor atendimento.

Estou curiosa para saber quem é esse tal paciente tão famoso, a ponto de ter repórteres por todo o lugar fora do hospital e principalmente, pelo próprio diretor ordenar-me a comandar essa operação.

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