Não vai usar essa sua fantasia

Passados alguns dias na mansão onde conheci toda a família do Antony já via eles de modo diferente, os irmãos são meio assustadores, Lorenzo pelo que entendi é o chefão da máfia e acima dele não tem ninguém, ele casou com a Sofia e ela engravidou com dias de casada, a gravidez é de risco então fui chamada para ser a enfermeira pessoal dela, o outro irmão Cesare, bem, ele é tão assustador quanto o primeiro, mas quando vê o rosto da noiva fica com cara de bobo, por falar na noiva Duda é uma princesa de tão linda, e é irmã da Sofia, o pai tentou matar elas ou eles, não entendi direito então nem pergunto, a Laura é a irmã mais nova e apegada no Antony, eles se dão muito bem, aliás quem não daria né, eu admito que ele é fofo, engraçado, lindo… Meu Deus o que eu estou dizendo, elogiando o cretino que me deixa trancada no apartamento enquanto eu nem sei o que ele faz na rua, o que eu tô falando, eu não quero saber da vida dele, continuando, aí tem os pais dele que moram em uma casa separada aqui nesse lugar que é enorme, a mãe da Sofia e da Duda também ficou esses dias aqui, não sei se mora aqui, mas enquanto os homens saem ela e a mãe do Antony fazem muita coisa juntas.

Hoje tem a festa a fantasia que a Laura vai ganhar em comemoração aos seus 18 anos, eu me dei bem demais com as meninas então não é tão ruim vir diariamente, o Lorenzo convidou Antony para que ficássemos aqui, mas ele não quer, esse maníaco viu eu dando oi para um soldado e bateu no coitado, eu tenho pavor de violência e detesto ser responsável por isso.

Estava no quarto com a Sofia após finalizar o exame e estávamos conversando um pouco, a casa estava cheia e os homens paranoicos, então cada mulher estava em um canto, longe dos olhos, esses idiotas paranoicos.

__ Olá Cassandra, boa tarde! Como está hoje? Perguntou Sofia e eu sorri.

__ Estou bem, dentro do possível né – acabei abaixando a cabeça ainda assustada com meus próprios sentimentos.

__ Cassandra me conta, como chegou aqui? Vejo que meu cunhado Antony traz você todo dia, vocês estão juntos? Desculpe a minha pergunta, é só curiosidade mesmo- ela perguntou curiosa.

__ Aquele louco, haha não posso estressar você Sofia, digamos que ele não abre mão de me ter ao lado dele, mesmo que isso signifique me deixar presa contra a minha vontade, mas também não me toca, só diz que vamos casar- ela levou a mão na boca e arregalou o olho pelo amor Sofia não era para ter dito isso, não falei nada para ninguém tá – ela não pareceu ficar assustada e imaginei o quanto isso era normal.

__ Tudo bem meu amor, se ele te escolheu possessivo como é igual aos irmãos, não renunciara a ti mesmo, e aprenda algo, não há como fugir disso, acredite, eu tentei achando que seria ruim, mas foi o melhor que aconteceu na minha vida, você estará aqui a noite?

__ Sim, ficarei com fantasia de enfermeira, haha, estarei de olho caso precise, seu marido está preocupado e me deu quinhentos avisos – acabamos rindo.

Finalizei com ela e o marido dela entrou.

__ boa tarde Cassandra, como está minha esposa?

__ Está bem, senhor, colo do útero fechado e no ultrassom não aparece nada de errado, seu irmão disse que ficarei na festa caso precise de algo, com licença - me retirei e sai.

Estava com o uniforme de enfermagem, mas me achei estranha afinal era uma festa e não deixaria de me divertir, Antony vai lamentar ter me prendido, pois eu vou me divertir muito afinal a Sofia está bem.

Chamei a Laura e ela me trouxe algumas opções de fantasias, eu queria ser uma dançarina do ventre, ou de Funkeira não sei ainda, no meu curso de enfermagem tinha uma colega que dançava funk, ela era brasileira e rebolava com uma facilidade incrível, estava no quarto com a Laura que é uma querida, ela arrumava as fantasias e eu me via pensando em como ter esse dinheiro é bom, não precisar de preocupar com um aluguel ou comida, eles estalaram os dedos e de repente a festa ficou pronta, sei que parece absurdo pensar em gostar da vida que estou levando, mas eu não posso evitar, afinal de contas eu tenho recebido carinho e atenção de todas as meninas e igualmente proteção dos homens, terminei de me arrumar e a Laura arregalou os olhos para mim:

__ Você está linda demais, com muito pouca roupa e meu irmão vai querer te matar e matar alguém- como ela falou me fez rir e me assustei por me sentir em casa.

__ Ainda bem então que eu sou enfermeira né afinal se alguém se machucar eu vou estar pronta e você está divina também uma verdadeira princesa - abracei ela e saímos do quarto, Duda e Sofia já estavam no salão e no momento que os olhos do Antony cruzaram com o meu eu tive um certo receio de ter exagerado, mas não abaixei a cabeça, peguei do garçom um copo de bebida e fui para a festa como a verdadeira dançarina de dança do ventre, Duda dava pulinhos de alegria afinal ela também estava com roupa de dança e me incentivou, Antony não me esperou chegar até ele e me arrastou para dentro de um escritório furioso, ele teria que entender que não me deu escolha de querer ou não ficar com ele então me teria como eu era verdadeiramente.

Antony…

Hoje é a festa da Laura, minha princesa vai fazer 18 anos e está super feliz.

Estava com meus irmãos conversando quando a Laura e a Cassandra entraram, eu quis matar essa infeliz, meus irmãos riam e ela estava bem plena vindo até mim, estava tão furioso que fui até ela e a arrastei para o escritório, já tinha gente na festa e o corpo dela estava praticamente todo a mostra, a ideia de outros olhando o corpo dela me deixou alucinado.

__ Que porra é essa que você está vestindo? Por acaso quer me ver matar alguém? Você não vai sair desse escritório vestida assim - me aproximei dela e seu olhar afiado se mantinha, ela era a minha fera mesmo e não baixava a cabeça para ninguém.

__ É só uma festa Antony, e eu vou estar com você o tempo todo, por favor me deixa ser livre- enquanto ela falava e ia me amansando com aquela voz sensual que me fazia imaginar ela ajoelhada na minha frente chupando o meu pau, seu braço vinha até o meu pescoço.

Ela ficou com a boca muito próxima a mim e me fez querer beijá-la.

__ Tudo bem sua espertinha, aceito que você use isso, mas eu quero uma recompensa por ser tão bom- falei amenizando o clima e pela primeira vez não acabamos em uma briga infernal, ela sorriu e me deu um beijo na bochecha e eu fiquei igual um bobo, ela esticou a mão para mim e disse:

__ Vamos então eu nunca fui a uma festa, sempre achei perigoso e morro de medo de violência, é a primeira vez que me sinto segura, e até admito que eu gosto de estar com você.

Eu sorri e aceitei sua mão e fomos para a festa, meus irmãos iam rir, mas eu mostrei o dedo do meio e falei:

__ Que comece a festa

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