Depois do ocorrido a jovem moça decidiu voltar para sua casa, a cada passo que dava pensava “e se ele vier atrás de mim, melhor eu dar apenas uma olhadinha, NÃO, não vou olhar”, sua teimosia e sua vontade de acontecer tomavam conta de sua mente ao mesmo tempo, e foi assim durante todo o caminho.
Já em casa ela sabia que teria que encarar Apolo e Luna fazendo perguntas do porquê ela já voltou, mas não estava muito a fim de responder, então se sentou na cadeira de balanço da varanda e ali ficou por um bom tempo, pensando em tudo que tinha relação a ele, mas se perguntando principalmente do porquê não conseguia tirar ele de sua mente, sendo que não o conhece direito. Estava tão avoada e cansada que encostou na cadeira, e dormiu.
Já era o dia seguinte, quando ela acordou estava em sua cama, não sabia como foi parar ali, mas imaginava que tinha sido Apolo. Se levantou e foi para a cozinha, chegando lá ela encontrou Apolo e as meninas almoçando, como ela não tinha olhado as horas, ficou sem entender.
Ava: Que horas são?
Apolo: É meio-dia minha filha.
Ava: Mas já?
Apolo: Sim
Todos ficaram olhando para Ava por um tempo, ela parecia está inquieta e isso os preocupava.
Luna: Achamos estranho você ter dormido na varanda e ter acordado essa hora, você devia estar muito cansada.
Ava: Sim, eu estava precisando dormir bem assim – ela dá uma risada
Todos: Verdade.
Só eles sabiam o quanto ela pegava pesado com ela mesma, as vezes tudo que ela precisava é descansar, mas não o fazia.
Laura: Se sente aqui, venha almoçar.
Ava: Não, vou arrumar-me e ir para o trabalho, no caminho compro algo para comer.
Ela se virou e voltou para seu quarto, trancou a porta e foi direto para seu banheiro tomar um banho.
Não muito tempo depois, a jovem moça já tinha tomado seu banho e se arrumado toda. Ela pegou sua bolsa e tudo que era necessário e saiu de casa. caminhou por poucos km até a cidade, só desejando chegar logo no trabalho, mesmo sabendo que não era muito longe e dava para caminhar, Ava queria muito um carro, porque as vezes ela ficava com uma preguiça de andar, tipo hoje.
Quando chegou na cidade, foi direto para uma padaria, ela queria comprar algo que pudesse se sentar na praça e comer em paz, sem lugar fechado. Olhando as opções do que tinha na padaria, ela escolhe algo que a lembrava o sonho e uma garrafinha de suco natural.
Ava: Eu só queria um pão de queijo – disse, torcendo para encontrar naquele mundo, mas ainda estava sem sucesso.
Pagou suas comprar e se retirou do estabelecimento em direção a praça, tinha algumas mesinhas lá, a garota foi e se sentou em uma delas para comer, mas escuta uma voz atrás dela. - Oi Ava - era voz de um homem, uma voz grave e ela a reconheceu no mesmo instante, se virou para trás e o viu, era Vladmir, ele tinha a visto de dentro de uma loja, com a aproximação do casamento, todos estavam muito ocupados indo na alfaiataria para experimentar suas roupas e por isso ele estava ali.
Ava: Oi Vladmir – disse ela, logo se virando para frente novamente para poder comer.
Vladmir: Por que está comendo aqui? Parece ser tão solitário. – disse, enquanto ia se sentar no banco da frente
Ava: Porque eu gosto.
Vladmir: Não é solitário?
Ava: Não. – logo dando uma mordida em sua comida.
Vladmir: Argh!
O ouvindo fazer aquilo, ela termina de comer o pedaço que tinha mordido e se inclina um pouco para frente.
Ava: Argh? Qual seu problema?
Vladmir: Eu não gosto de doce, não suporto.
Ava: Sério? – deu um sorriso de desacreditada
Vladmir: Sim – tentava evitar olhar para o doce, então fixou seus olhos ao dela.
Voltando a sua postura anterior, Ava pergunta – por quê?
Vladmir: Não sei, talvez meu paladar não aceite.
Ava: Você é fresco também, não sei por que estou surpresa com isso.
Vladmir: Sério? vai ficar debochando de mim?
Ava: Não, hoje estou na paz, mas é divertido.
Balançando a cabeça devagar em negativo e abriu um leve sorriso de lado, mas mantendo seus olhos fixados aos dela, ele sente seu coração bater mais forte, sabia o que estava acontecendo, mas não podia permitir, por medo de viver tudo novamente, mesmo que ele a deseje muito, como ele saberia se ela seria seu grande amor ou sua maior destruição.
Vladmir: Eu posso te mostrar o que é divertido entre quatro paredes ou dentro do meu carro.
Ao escutar aquilo, os seus olhos arregalaram-se, olhou a sua volta rapidamente, para ter certeza de que ninguém mais escutou aquilo.
Ava: Você está doido em falar isso aqui? tem pessoas aqui, tem crianças.
Vladmir: Se preferir posso te dizer em particular, é só você dizer sim.
Ava: Não quero nada com você, que parte você não entende?
Vladmir: Não entendo a parte de você querer mentir até para você mesma.
Ava: Não estou mentindo para mim – ela corou
Vladmir: Tem certeza? Não é o que seu belo rosto diz sobre você.
Ava: Vladmir o que você quer? Me deixa em paz.
Vladmir: Você.
Ava: Por quê?
Vladmir: Preciso de motivo?
Ava: Logico, sou alguém que você mal conhece.
Vladmir: Eu não sei explicar, mas algo em você chamou minha atenção e está me fazendo desejar cada vez mais você.
Vladmir ficou um tempo olhando para a jovem a sua frente, esperando uma resposta dela, mas ela parecia estar sem reação e ao mesmo tempo pensando no que dizer.
Ava: Olha...
Ele escutou essas palavras saírem de sua boca, enquanto ela abaixava seu olhar para a mesa e depois voltar a olhar para ele.
Ava: Não pode acontecer nada entre nós e você sabe disso.
Vladmir: Por quê? Você tem alguém?
Ava: Não, eu não tenho ninguém, só que não somos da mesma classe social, isso nunca seria aceito e também não nasci para ser só mais uma que você leva para a cama, se diverte e descarta, agora me deixa em paz.
Ela se levanta da mesa, pega suas coisas e vai para seu trabalho, sem nem ao menos dá a chance de ele falar algo, a garota sabia que aquilo seria algo difícil se decidisse dizer “sim” para ele e também não sabia se ele seria capaz de fazer de tudo para manter ela ao seu lado, ela tinha medo de acreditar e no final sair machucada.
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Atualizado até capítulo 79
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