Ártemis Bennedetti.
Ele arranca o lençol e passa a mão nas minhas pernas e aperta.
— Me solta, eu vou gritar. — Falo desesperada.
— Se gritar, eu digo para sua tia que você me agarrou, sabe como ela é ciumenta. — A mão dele começa a subir e entra no meu short, eu não resisto e o empurro, ele cai.
— Sua vadia. — Levanta furioso e dá um tapa no meu rosto, o meu óculos cai no chão, a minha tia entra no quarto.
— Que porra está acontecendo aqui? — Ela diz nos olhando com raiva.
— Não é nada amor, vim ver se a Ártemis não queria mesmo jantar. — Ele diz se afastando de mim.
— E você acha que me engana Billy, saia e você sua vadia, não vai dar para o meu marido.
Ele sai e ela sai batendo a porta, coloco a mão no rosto e caio no choro, pego um pedaço de pano, coloco álcool e passo onde ele colocou aquelas mãos sujas na tentativa em vão de limpar algo, quando vejo o meu óculos com a perna quebrada.
— Não, não, não você não, sem você eu não vejo nada.
Pego-o do chão, vou até a cômoda velha, acho uma fita, enrolo ela fazendo o meu melhor pelo menos até dar um jeito de consertar, as lentes são caras e não vou ter dinheiro agora, então vai ter que servir assim.
Pego uma cadeira e coloco atrás da porta, a travando, a minha tia confiscou a chave da porta há alguns anos e sempre que eu a desobedeço, ela me tranca por dias com fome.
Me deito na cama e não consigo dormir, ansiosa, espero a madrugada chegar, saio do quarto na ponta dos pés verificando, esperando também não esbarrar em nada, a porta está fechada e ouço o ronco do meu tio, eles dormiram.
Volto para o quarto, mudo de roupa, pego a mochila e saio quando chego na cozinha tomo um susto com o gato da vizinha, abaixo e faço um carinho nele.
— Vou sentir saudades de você garoto, só de você porque essa casa nunca foi o meu lar, se cuida.
Saio caminhando apressada por trinta minutos até a rodoviária e lá está a Dory e a sua mãe.
— Você conseguiu Mi. — A Dory me abraça apertado.
— Obrigada. — Digo retribuindo o abraço.
— Não pode perder tempo, aqui está o seu dinheiro, tome muito cuidado com isso, ninguém anda com dinheiro hoje em dia, aqui uma coisinha para você comer, cuidado e nos mantenha informada, compramos duas passagens, uma para a cidade vizinha e outra para a próxima. — A mãe da Dory diz colocando as passagens na minha mão.
— Obrigada Tia, eu amo vocês.
— Também te amo minha menina, agora vai. — As abraços chorando e entro dentro do ônibus, vou chegar na cidade vizinha quase de manhã e depois vou ver o que vou fazer.
Chorando o ônibus da partida lembro dos meus pais e de tudo que aconteceu comigo até aquele momento, os momentos vem e vão na minha mente, a minha amizade com Dory, o amor da mãe dela por mim, meu coração fica apertado ao deixá-las e sei que o delas também, fugir é a minha única opção, fujo daquela cidade para sempre, deixando o meu sofrimento para trás, assim espero.
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Atualizado até capítulo 117
Comments
Ester
o dó parece a história de fadas da limpeza KKK vamos ver prossigamos /CoolGuy//CoolGuy//CoolGuy/
2025-03-15
2
Eura Tavares Pessoa
Estou começando a ler hoje dia 14/04/2025.ja estou com muita dó da Artemis viver com uns monstros desse.Espero que agora ela encontre alguém que possa ajudar ela e que ela estude e seja alguém na vida.e encontre um amor.
2025-04-15
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Thaliaa Vieira
Ata o alecrim dourado gostoso 🙄🙄🙄
2025-04-03
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