A VIDA

— Então é isso agora aqui estou, o conserto não aconteceu, minha família está desolada sabe se lá porque, e eu sinceramente não sei mais de nada nem mesmo quem sou. Resolvi sair dali, ir embora para casa. Percebi que estava sem carteira, sem telefone, sem nada. Que dia difícil.

Meus pensamentos estavam dispersos, lembrando de várias coisas que haviam acontecido no decorrer desse dia, de repente me veio uma lembrança estava na praça Austin acabará de sair, me preparava para ir embora já era quase hora do grande conserto musical, quando levantei do banco da praça indo em sentido o teatro vi uma jovem correndo desesperada, era uma adolescente pela farda que vestia dava para vê que vinha do colégio de grandes artes cênicas, ela estava suada e vermelha logo atrás um homem velho sujo corria em direção a jovem, logo eles se encontravam bem perto de mim.

Nesse momento soprou um vento forte e minhas partituras saíram todas voando, fiquei desesperado tentando recolher elas quando olhei para o lado o cara segurava ela pelos cabelos e apontava uma arma para a jovem que chorava desesperada, nesse momento esqueci minhas partituras e me aproximei da cena, a jovem deu um soco no cara e correu, ele também tentou correr porém o dei um golpe, nesse momento houve um grande estrondo, um barulho forte depois outro, quando retornei a minha consciência já estava caindo ao chão, via sobre minhas mãos e minha roupa sangue. Porém estava em perfeito estado, e tudo que pensei naquele momento foi em levantar, recolher minhas partituras era impossível então ligaria para Austin para me trazer outras. Daí em diante fleches de vários momentos desse dia tão confuso começaram a vir sobre minha mente. Estava tão cansado, meu cérebro estava exausto tentando entender tantos fatos malucos de um único dia, que eu chamaria de fatídico. Então é isso terei que ir para casa a pé. Esperei o sinal abrir e saí dali andando em direção a minha casa, enquanto isso inúmeras vozes gritavam dentro de mim. Acho que estou ficando louco.

PENSAMENTOS DE SOFIA

— Aquele desgraçado estava bem atrás de mim, depois de me roubar, me bater, e tentar mais uma vez acabar comigo, ele havia me deixado ir ao colégio embora essa fosse apenas uma tentativa de fugir, ia falar com reitor ele havia ficado de tentar me manter segura ia falar com um amigo da polícia. Muitos momentos pensei que era melhor nunca nem mesmo ter existido, parece que vim a essa vida só para sofrer, estava tão cansada de fugir. Quando saí de casa o desgraçado ficou dormindo já estava quase ao colégio quando na praça ele me alcançou, logo aquele lugar virou o pior lugar do mundo, mais uma vez estava sofrendo angustiada pelos maus-tratos daquele homem que se dizia meu tio, o que eu não sabia era que nesse dia ele iria de vez acabar comigo. Quando me vi correndo tentando fugir mais uma vez, pude vê que em suas mãos ele tinha uma arma em punho chorei e pensei quem dera tivesse morrido antes pelo menos não teria sofrido tanto assim. Foi quando o vi pela primeira vez, um jovem de repente estava brigando com ele, e quando ouvi o som daquela arma de certa forma eu morri ali.