TUDO MUDOU DE REPENTE

— William. Meu irmão, meu melhor amigo, parte de mim morreu hoje com ele.

— Eles continuaram falando entri si. — Morreu? Quem morreu? Também me chamo William. Austin você pode por favor me explicar o que está acontecendo, minha pergunta mais uma vez não foi respondida. Resolvi sair dali. Não conseguia mais suportar aquela situação. A única vez que me senti assim na vida foi quando meus pais morreram. Não entendia nada. Mais pelo menos todos me davam atenção naquele momento. Resolvi ir ao teatro saber como meus professores conseguiriam explicar que o grande talento não pôde aparecer. Esperei o sinal abrir e caminhei pela rua tentando achar sentido a tudo aquilo. Logo cheguei ao teatro onde muitas pessoas ainda se encontravam. Meus professores ainda se encontravam ali. Respirei e pensei em como explicar tudo a eles. Mestres estou aqui, peço lhes todas as desculpas possíveis, sei que nada explica minha ausência, mais muitas coisas aconteceram. Nenhum deles falou nada, minha presença foi mais uma vez ignorada. Vi que nesse momento minha professora Mia estava ao palco e se preparava para falar ao público. Ela parecia muito nervosa e tensa.

— Olá querido público. Sou a professora Mia da escola de grandes talentos, hoje teríamos apresentando-se ao palco nosso mais novo talento, aluno exemplar de quem temos muito orgulho William. Aluno querido por todos principalmente nós seus professores. Sempre muito dedicado a profissão William acabou de se formar e já foi reconhecido como o maior talento musical que "Gaspen" já tivera. Como todos já devem ter ciência nosso querido aluno acaba de ser assassinado. A polícia nos informou que uma jovem moça chamada Sofia estava sendo sequestrada por um psicopata que a perseguia a algum tempo e que William teria na tentativa de proteger a moça sido atingido por dois tiros que vieram à deixar nosso querido William sem vida. Estamos todos consternados e sem chão por termos o perdido tão jovem. O corpo de nosso aluno será velado no ginásio de nossa escola onde todos poderão se fazer presentes para uma última homenagem. Pedimos orações a família e principalmente a sua tia Lauren que tem William como um filho.

— Nesse momento não consegui mais ficar calado e pedi com licença a minha professora. Precisava falar, ali no palco com um microfone talvez pudessem me ouvir. Com respeito falei a todos. —Querido público não sei explicar o que está acontecendo, peço desculpas por todo o ocorrido mais como podem vê estou bem aqui. Nesse momento percebi que grande parte da plateia já se despersava. Muitos choravam e falando entre si saiam do teatro.

— Ele morreu.

— Como assim ele morreu.

— Como aconteceu?

— E Austin como será que ele está?

— Meu Deus só penso na tia dele.

— Gente eu estou aqui. Bem aqui me olhem. Estou falando com vocês. Resolvi sentar estava me sentindo louco, exausto. Fui até a primeira fila e sentei ali. Fiquei apenas olhando todos irem embora. Sem nada dizer, fechei os olhos e fiquei ali ouvindo o que falavam, e repassando em minha mente tudo o que fizera desde o momento que acordei hoje. Nada naquele momento fazia sentido. Tudo estava totalmente louco a minha volta.

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