Acordo, com uma leve dor de cabeça, o que dificulta minha visão, toco ao meu redor e sinto que é uma cama... Onde estou?... Digo para mim mesma, sentei-me para tentar me acalmar e enxergar melhor, mas senti umas mãos entre quentes e frias.
- Aylen... Você está melhor?...
Escuto Lin dizer... Deus!... Ele está perto de mim, apesar de essa garota estúpida ter feito a vida dele em pedaços, segurei suas mãos para aproximá-las do meu rosto, fazia tempo que não sentia um calor tão... tão reconfortante, mas reagi abaixando-as imediatamente, sem conseguir ver o rosto dele que estava com uma cara de surpresa e de que não entendia nada, até que o médico entrou.
- Parece que a paciente já acordou...
Comenta divertido para se aproximar e me examinar, enquanto meus olhos terminavam de se acostumar com a luz e conseguir ver tudo claro, assim como o olhar tão fixo que Lin tinha em mim, depois de alguns exames a mais, o médico me deu alta, e fomos para a casa dele, o que estou percebendo agora o quão grande é...
- Deus!... - digo observando a casa do carro.
- O que aconteceu?... - o escuto perguntar...
- Nada... Só que minha cabeça dói um pouco... - respondo saindo do carro, bem, deveria agradecer que já sei o que é, assim como o que já lembro de todas as bobagens dessa garotinha...
Ambos caminhamos até entrar, onde observamos a senhora do bebê, perdão, mas não me lembro do nome dela, por agora vou chamá-la de babá, ela está caminhando com o bebê até nós, muito preocupada.
- Menina... Como você está?... - pergunta preocupada.
- Estou bem... - acaricio os dedinhos do bebê - Desculpa por preocupá-los...
Noto que os dois ficam me olhando, até que Lin decide falar.
- Se precisarem de algo, estarei no escritório...
Mas antes que ele vá embora, decidi detê-lo, segurando-o pelo braço, observando como ele olhava para minha mão, a qual afastei imediatamente.
- Poderia me dar uns minutos, gostaria de falar de algo com você... Por favor!!
- Uau!... Isso é novo... em você... - cruza os braços - Faz muito tempo que não escuto essa palavra sair da sua boca... mas - solta um suspiro - Tudo bem... vamos.
Ele me guiou até seu escritório onde fechou a porta depois que entrei, e com um tom sério me disse.
- E então, do que você queria falar comigo... - pergunta indo se servir uma bebida.
- É... eu... - aperto meus dedos - Quero te pedir desculpas!!... Sei que me comportei mal com você desde que nos conhecemos... e sei que também não vou poder remediar todos os insultos que te disse... assim como o de te menosprezar...
Ele soltou o copo onde estava tomando sua bebida, então me aproximei para pegá-los, mas me assustei com seu grito.
- Nãooo!... Deixa... você vai se cortar!... - grita sério.
- Sim... - assinto - Só quero que, nos demos bem... bem... se você não decidir me devolver para meus pais... - comento olhando para ele.
- Não acha que o de nos darmos bem... já não será possível... e se eu quisesse te devolver para seus pais, não acha que já teria feito isso há muito tempo!...
Senti um nó na garganta, não pelo que ele me disse, mas sim porque sentia os sentimentos de arrependimento dessa garota que, mesmo que ela não esteja mais no corpo, continua se arrependendo.
- Então o que decide senhor Lin...
Digo em um tom, um pouco estranho que o fez engolir em seco, e corar um pouco.
- Olha Aylen..., as coisas não são tão simples como você imaginava... se quiser que eu te perdoe, terá que merecer...
- Tudo bem, eu farei - responde apressadamente.
- Como?... - comenta confuso.
- Sim, estou disposta a demonstrar que sinto muito com atos e não apenas com palavras, então não se preocupe... - sorrio olhando para ele, para me aproximar e arrumar uma mecha de cabelo que estava desalinhada - Bem, então te deixo Lin... te vejo no jantar.
A jovem sai imediatamente do escritório, para deixar Lin sozinho que se aproxima fechando a porta para se encostar nela segurando seu peito, o qual subia e descia tão apressadamente.
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Atualizado até capítulo 47
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