Observe como a garota falava muito rápido, assim como o fato de estar me gritando e sacudindo.
- Sua... maldita vadia... você disse que nunca se interessou por Lin... agora por que se preocupa com o que ele come no café da manhã...? Fala! - grita furiosa.
Sentia como ela me sacudia de um lado para o outro, até que, sem perceber ou talvez sim, ela me soltou, fazendo com que eu caísse no chão, batendo minha cabeça no asfalto, o que fez com que tudo ficasse borrado e nessas imagens vi o Sr. Lin, que largou o telefone para correr até onde eu estava caída, com uma dor intensa, que me fez desmaiar.
Minutos antes de Aylen ser jogada no chão, Lin estava dirigindo rumo à sua empresa, até que no caminho viu no lugar onde a garota estava sentada, que ela havia deixado um estojo de óculos, então decidiu voltar para entregá-lo. Quando chegou, seu telefone tocou, pois seu assistente estava falando com ele.
- O que foi, Scot...? - pergunta sério enquanto caminha dentro do campus.
"Senhor, os investidores já chegaram"
Diz o assistente, muito nervoso, enquanto Lin continuava caminhando até ver que uma garota estava segurando Aylen bruscamente, observando o momento em que a jogou no chão. Ele desligou a chamada para correr até onde a garota estava, a qual parecia dolorida e desorientada, para depois desmaiar.
- Espero que esta escola esteja pronta para um processo, assim como você, mocinha...?
Diz Lin com uma cara de aborrecimento, enquanto carregava a jovem garota até seu carro, ao mesmo tempo em que o diretor saía atrás dele.
- Senhor... deixe que a enfermaria a examine... - menciona o velho.
- Não... vou levá-la ao hospital...
- É só uma pequena batida... nada... - o diretor fica calado.
Lin se virou em sua direção para sussurrar algo.
- Uma pequena batida custará milhões a esta universidade, pois não é só a batida da minha noiva, mas também pela perda de um contrato de bilhões da minha companhia...
Em poucas palavras, Lin já havia condenado essa universidade por este pequeno acidente, ao que o diretor afrouxou a gravata para coçar a cabeça, observando como duas caminhonetes pretas chegavam. Vários guardas saíram delas, um deles subiu no carro onde havia chegado Lin junto com Aylen, para levá-lo à mansão, enquanto no segundo carro, outro segurança abriu a porta para Lin subir e dirigir ao hospital, enquanto isso no primeiro carro, saiu Scot, que entregou uma ação judicial ao diretor, que engoliu em seco.
- Espero que essa quantia... seja muito pequena, ao contrário da batida da minha senhora... - sorri - Meu chefe não gosta de perder seu tempo e menos dinheiro... - olha para as garotas - Vou dar um conselho... se não quiser fechar esta universidade... desvincule a escola de tudo isso e faça com que as culpadas paguem essa quantia em uma semana... ou atente-se às consequências.
Disse este para caminhar até o carro e ir até onde seu chefe, que já estava no hospital, onde estavam examinando a jovem.
Aylen começou a sentir ainda mais forte a dor de cabeça, para começar a experimentar o que pareciam lembranças, umas tão claras e outras borradas.
- Sam... não quero fazer isso... Lin tem sido muito bom comigo... - se abaixa - é o único que... - se cala ao sentir como a outra garota a esbofeteia.
- Eu te disse que tem que tornar a vida dele miserável... não importa como... Ele tem que te odiar... além disso, por culpa dele, te separaram de Dylan... ou é que já não o ama...?
- Sim... eu o amo - repete alterada - É verdade, se ele não... tivesse cruzado em minha vida... nada disso... - olha para a garota na frente dela - está bem, farei com que me odeie... assim como eu o odeio.
A dor se intensificou, fazendo com que o médico injetasse um forte analgésico para poder acalmar Aylen.
- Você é uma estúpida que não serve para nada...
- Dylan... por que me trata assim...? - diz chorando.
O jovem a segura pelo pescoço, para batê-la tão forte contra uma parede e depois gritar com ela.
- Me ama...? Não!... pois, esta é a única forma em que me terá... - sorri zombeteiramente - ensine-me como é seu corpo...
Audrey tentava ver mais dessas lembranças, as quais lhe mostravam o que a garota vivia, assim como o sofrimento que padecia por todos.
- Aylen... sei que... não era sua decisão que nos comprometessem, mas deixe-me dizer que farei tudo o possível para lhe dar o que precisa - Lin segura suas mãos.
- Está enganado... eu nunca te amarei... meu coração pertence a outra pessoa... - responde Aylen, dando um tapa em sua mão.
Enquanto Audrey permanecia inconsciente, umas lágrimas escorriam por sua bochecha, as mesmas que Lin limpava.
- O que é isso que aflige seu coração, menina...? - sussurra, observando o rosto da jovem, para soltar um suspiro - Me lembra uma garota teimosa... que amei... séculos atrás... e que não pude confessar o que sentia... - sorri - Mas...
Fica uns minutos em silêncio, para ouvir como batem na porta, onde entrou seu assistente.
- Senhor... - baixa a cabeça.
- Diga-me que pagaram o dinheiro... ou que já fecharam a escola - indica irritado.
- Foi tão grave a batida? - pergunta Scot, um garoto da mesma idade de Lin.
- Ao que parece não é a primeira vez que a agridem... - solta o pulso da garota - Levam tempo fazendo isso... e ninguém havia nos dito...
- Bom... chefes... é que você e a senhora não têm tido uma boa relação... - é interrompido.
- Isso não importa... deveriam ter me avisado ou dito... o que ela passava... - se cala ao ver que a jovem começa a se mover, para ver que se senta sobre a cama do hospital.
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Atualizado até capítulo 47
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