Capítulo 16

Alessia afastou o Marquês e deu um pontapé na zona privada do Barão... um grito agudo saiu dele... depois pegou a bengala e deu-lhe com ela na cara. Depois, com a bengala, continuou a golpeá-lo onde quer que fosse. Francis gritou e quis ir para cima de Alissa, que apenas se virou para ela e lhe deu um murro na cara, fazendo-a cair...

- Estás em roupa interior à frente do teu pai e não tens vergonha... Tapa-te, desavergonhada!... Em casa vamos resolver isto e vais ver como te correr!... Nem Deus te salva!... Guarda, leva esta daqui juntamente com o Marquês.

- Filha, mas não podes fazer isto, vai trazer problemas!

- Que malditos problemas!... Desde quando é que um infeliz Barão está acima de um Marquês?... Que se atreva o estúpido a fazê-lo eunuco e já agora corto-lhe a cabeça!... e penduro-a na porta para ver quem raio se atreve a passar por cima de um De Santis!

O Marquês limitou-se a olhar para ela enquanto ela o continuava a espancar... Francis continuou com os seus gritos e tentou bater em Alissa. Mas o Marquês deteve-a...

- Vamos lá!... Já não chega o que fizeste?... A tua irmã tem razão. A partir de agora vais saber o que é um pai zangado.

Agarrou-a pelo braço e tirou-a dali à força, os cavaleiros viram o Marquês a sair com a filha.

- Subam e tentem impedir que a Alessia mate aquele infeliz... Se o fizerem, queimem a mansão.

Entraram a correr ao ouvir o Marquês, não perderiam isto... e viram como Alessia tinha o Barão deitado no chão cheio de sangue, ela também estava manchada porque ao bater-lhe salpicou-se.

- Senhorita, acho que ela já o matou.

- Não, ele ainda respira e queixa-se, o desgraçado.

- Vamos embora, já me cansei.

- Sim senhora... Deixamo-lo aqui?... ou?

- Deixem-no aí... talvez morra.

Alessia caminhou para fora, olhando para o guarda que estava com ela no início.

- Já o vi bem... obrigada!

E deu-lhe a bengala, o guarda apenas assentiu com a cabeça. Alessia foi para casa noutra carruagem com alguns soldados que se limitaram a observá-la como estava calma e com sangue no rosto... estavam um pouco assustados.

............

- Ha, ha, ha, ha... Estás-me a dizer que a minha mulher foi lá e espancou aquele Barão?

- Sim, Majestade, ela deixou-o quase moribundo.

- O que a impediu de o matar?

- Ao que parece, ela cansou-se.

- Ha, ha, ha... Aquela mulher cada vez me agrada mais... Não te parece uma beleza?... Em toda a extensão da palavra.

- Majestade, não diga isso, para que se sinta orgulhoso dela... senão porque os Barões, pais do espancado, estão aqui para se queixarem da surra do filho.

- Tão depressa e já se mexeram?

- Ao que parece, assim que chegaram, a primeira coisa que fizeram foi vir queixar-se. Lembra-se?... Você é o Rei... é você que resolve isto... Visto que é o Marquês De Santis e eles são apenas Barões...

- A minha mulher pode fazer o que bem lhe apetecer... se ela quer bater em Barões, ou matá-los, deixem-na!...

- Mas Alteza...

- Diz-lhes que estou muito ocupado e não tenho tempo. Que eduquem bem o filho e parem de incomodar... Ou mando-lhes a minha mulher para os matar!...

- A sério?... Desde quando é a sua mulher?

- Há dias, não te lembras? É a beldade que saltou pela janela, desde aquele dia que é minha... E a ti deixo-te todo idiota.

- Vou-me embora.

- Boa ideia.

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