Capítulo 5:

Conhecendo os outros personagens...

Cícero...

Meu nome é Cícero Sanchez, 38 anos, nascido no México, mexicano e educado para assumir o lugar do meu pai na máfia como capô. No entanto, fugi e atualmente sou chefe de segurança de uma importante e reconhecida família em Madri.

1,92 de altura, olhos azuis, cabelos e barba castanhos claros e corpo musculoso. Tenho em meu corpo, algumas cicatrizes de torturas que tive que passar para estar na máfia.

Sou fluente em várias línguas, pois o meu trabalho exige isso de mim, quando os acompanho em diferentes países.

Sou um homem de personalidade forte, orgulhoso, determinado e obstinado.

Desde criança, meu pai já me preparava para ser um capô assim como ele. Fui torturado, obrigado a assistir torturas e ao invés, daquilo me incentivar, me deixou em repulsa total. Odiava aquela vida e com certeza, não era o que eu sonhava.

Quando completei dezoito anos, meu presente pela maioridade foi um casamento arranjado, por nossos pais. Me casar com alguém que não conhecia e que não sentia nada, foi o pior de todos os erros. Lutei para que as coisas entre nós dessem certo, mas o amor ou paixão, nunca surgiu.

Contudo, desse casamento, tive duas filhas, que eram o motivo da minha felicidade, o motivo de eu continuar seguindo em frente. Minha primogênita, era uma espoletinha, desde que estava na barriga de sua mãe. Tentei ser um bom pai e marido, mas sua mãe não reconheceu o meu esforço. Fugiu com as minhas filhas, ainda estando grávida de nossa caçula.

Meu pai surtou e queria matá-la, mas eu não permiti, afinal, nisso tudo quem sofreria, seriam as minhas filhas. Também não carregaria o fardo, da morte de uma pessoa inocente.

No meio de tudo isso, o enfrentei, abri mão da máfia e de todos os negócios sujos que estavam envolvidos.

Vim para Madri e comecei a trabalhar de segurança. Trabalhei em várias empresas, agências e também fazendo serviços particulares. Até conhecer meu atual chefe, ganhei sua confiança e meu espaço, me tornando seu braço direito e chefe dos seguranças.

Não tem um dia sequer, que eu não pense em minhas filhas. Não desisti de procurá-las, tenho um investigador que me ajuda, mas toda vez que estamos perto de encontrá-las, desaparecem não deixando rastros.

Isso é perturbardor, ao mesmo tempo que odeio a mãe delas por ter me deixado e fugido, compreendendo suas razões, afinal, fomos obrigados a nos casar. Porém, ela não tinha o direito de me privar de estar com as minhas meninas, de ver elas crescendo e participando de suas vidas.

O que mais dói, é saber que perdi tantas coisas importantes de suas vidas; como levá-las ao primeiro dia de aula, estar presente em suas primeiras decepções para consolá-las, dançar a valsa de seus quinze anos e tantas outras coisas, em que um pai deve estar presente na vida de um filho. Me sinto derrotado a cada dia que se passa sem ter notícias delas, sem saber se estão bem, se são felizes.

Não consegui tocar a minha vida totalmente em frente, pois tenho essa história mal resolvida. No entanto, há mais ou menos um ano e meio atrás, conheci uma mulher fenomenal. Andreza, é uma mulher forte, determinada e sincera, que ganhou o meu coração assim que a vi pela primeira vez.

Nossa quimica é muito forte e mesmo relutando contra esse sentimento,chegamos a passar algumas noites juntos, mas nada sério. Sempre fui claro com ela, que tenho uma história mal resolvida. Contudo, não fui totalmente sincero com Andreza. Além de não lhe contar sobre o meu passado, não disse que não quero estar ao lado de alguém, que faz parte da máfia.

Eu odeio tudo relacionado a máfia, mesmo Derek dizendo que eles são diferentes, eu acabo retornando ao meu passado e tudo o que passei, todas as consequências de ser obrigado a viver no meio de tanta sujeira.

Não posso negar, Andreza roubou o meu coração, nunca senti por ninguém, o que sinto por essa mulher, mas estarmos afastados é o melhor, para ambos.

O meu passado, é algo desconhecido a todos, menos ao meu chefe Derek e meu irmão Afonso.

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Andreza...

Andreza Benacci, 27 anos, nascida na Itália, italiana, educada por meu pai. Aprendi tudo sobre a máfia Benacci com meu pai, mas só me envolvi no meio de tudo isso, quando ele faleceu.

1,75 de altura, olhos pretos, cabelos na altura do ombro, ondulados castanho escuro, meu corpo é o típico estilo ampulheta, ombros e quadris com largura semelhantes e a cintura bem definida.

Poliglota, pois viajo pelo mundo todo e tenho que falar todas as línguas e me adptar as culturas de cada um deles. Geralmente, em minhas missões eu me disfarço, então tenho que ser perspicaz e o mais natural possível.

Sou uma mulher forte, determinada, fria e calculista.

Após a morte do meu pai, a única pessoa que me restou foi minha tia Eliane Benacci Cavasin e seus filhos. Meu pai, sempre foi um homem maravilhoso, mesmo sendo impiedoso na máfia, não levava seu trabalho para dentro de casa. Sua morte, fez o meu mundo desmoronar, era muito a pegada a ele. Contudo, eu e minha tia, treinamos duro e nos tornamos mulheres fortes, destemidas e cruéis com os nossos inimigos.

Devido a recente morte de meu pai, o conselho me pressionando para casar, conheci um homem que me prometeu ser fiel e me amar. Acabei me envolvendo mais do que deveria. De casamento marcado, descobri que o crápula, era infiel. Tinha várias mulheres e esse casamento, era apenas negócios, queria juntar as nossas fortunas.

O infeliz, teve o que merecia, o castrei para que nunca mais fizesse isso com outras. O problema, é que ele surtou por se tornar um incapaz e tentou me matar. Entre sua vida e a minha, óbvio que optei pela minha, afinal, descobri que era um traficante de mulheres e crianças, algo abominável em nossa máfia.

Sua família, jura pelos quatro cantos do mundo, que vão se vingar, claro, isso se me encontrarem. Não posso pisar em solo brasileiro, pois lá estou prometida de morte, a família do infeliz é toda de lá e numa missão, acabei matando alguns de seus homens, os deixando ainda mais possessos.

Após essa decepção, nunca mais me envolvi sentimentalmente com homem nenhum. Óbvio que uma transa rola, de vez em quando, mas sou muito perfeccionista até para encontrar um homem que me agrade.

Aprendi que o que voce não tem, voce não perde e isso te ajuda a não sofrer. Claro, até conhecer a pessoa que te faz ficar sem ar, que faz o seu coração bater como um tambor e seu estômago revirar como se algo ali dentro criasse vida própria.

Esse é o meu caso, conheci um homem que fez eu sentir tantas coisas desde o primeiro momento que o vi, que nunca mais o tirei de meus pensamentos. Meu coração pertenceu a ele, desde que nos vimos, mas nossa relação é complicada.

Cícero, não assume o que sente, toda vez que fazemos amor, ele foge e nunca passa uma noite inteira ao meu lado. Contudo, a minha vida não parou por eu amá-lo, também tive alguns casos de uma noite, tentando esquecê-lo.

Gosto de estar focada no trabalho, pois assim não tenho tempo para ficar sofrendo por alguém que não me leva a sério.

Eu não sei nada sobre a sua vida, assim como ele não sabe sobre a minha. Toda vez que nos encontramos, deixamos o desejo surreal dominar toda a situação e terminamos a noite num quarto de hotel transando. Quando acordo, já não está ao meu lado, isso é frustrante.

Faz alguns meses que não nos vemos, adiei a minha volta para Madri, para não ter que reencontrá-lo, mas sinto falta da minha tia e dos meus primos, por isso decidi voltar.

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