...Laura ...
— Desculpe por estar chorando, ainda estou tentando processar tudo o que está acontecendo — falo, chorosa.
— Você tem razão, minha querida, a vida é injusta em algumas coisas e você só precisa aceitar.
— Isso é muito injusto, já fui abandonada por minha mãe e agora o meu pai me vendeu, como se eu não servisse para nada.
— Não chore, não vai adiantar de nada, infelizmente. Se precisar de mim, estarei aqui.
Agradeço à Cecília e peço que ela me mostre um quarto e um banheiro para que eu possa fazer minha higiene e deitar, já que tenho colégio amanhã.
...LEONARDO...
Despedir-me do meu amigo Kaleb e fui para casa, mas escutei um barulho grande enquanto passava pelo morro, dei uma passada por lá e vi meu pai xingando um homem, resolvi dar um oi e sair, fiquei lá em cima batendo um papo com os manos, conversando sobre o baile do final de semana.
Fiquei curioso para saber quem era aquele cara e por que o meu pai estava ameaçando ele, mas fiquei na minha.
Foi quando Kaleb chegou.
— E aí, meu mano, ainda está com a farda?
— E aí, mano, ainda não fui para casa, passei lá embaixo e estava maior barulho lá, sabe o que aconteceu?
— Se você, que é o filho do dono do morro, não sabe, imagine eu.
— Pior, não fiquei para escutar a conversa, ele estava muito alterado, resolvi não perguntar.
— Melhor mesmo não saber, deixa que ele te conte.
— Verdade, acho que vou para casa, se eu chegar tarde, vai sobrar para mim.
— Tá certo, meu mano, até amanhã.
Então, me levanto e vou para casa, a rua estava calma demais, entrei e não vi ninguém.
— Oi, meu filho, como foi o colégio? — Cecília chega do nada perguntando.
— Foi bom!, foi tranquilo, vou subir, parece que o meu pai não está de bom humor.
— Tá certo, mais tarde te chamo para o jantar.
Então subo as escadas, estava muito silencioso, vou para o quarto, faço a minha higiene, termino umas tarefas e acabo adormecendo.
...Laura...
Fiz a minha higiene e, ao olhar para o interior do quarto, achei tudo muito lindo. Porém, ainda estava muito abalada, mas, como a Cecília falou, não ia adiantar de nada ficar chorando.
Pelo menos, não fui impedida de terminar o meu colégio e futuramente querer fazer uma faculdade. Pelo menos não me desrespeitaram e nem me maltrataram. Fui muito bem recebida e senti que tenho a Cecília como uma companheira com quem posso contar.
Deito na cama, olho algumas tarefas e concluo algumas delas, quando alguém bate na porta, fazendo meu coração pular pela boca.
— Quem é? — Falo com a voz trêmula.
— Sou eu, a Cecília. Vim deixar o seu jantar. Acredito que não seria uma boa ideia você descer hoje, pode acabar encontrando com o Lc e não ter uma boa conversa.
— Que alívio saber que é você, pensei que era outra pessoa. Obrigada pelo jantar.
— Se precisar de mim, é só me chamar, eu estarei aqui.
Agradeço a ela.
......................
Termino o meu jantar e desço, deixo o prato na pia e depois volto e lavo os pratos logo em seguida.
Assim, não teria nenhuma reclamação sobre mim.
Termino o que estava fazendo, subo para o quarto e logo em seguida acabo adormecendo.
...LUCAS...
O dia já não bastava ter sido corrido, ainda escuto o Tom falar que o Alex queria mais mercadoria, me devendo mais de dois mil e ainda querendo mais.
O meu sangue ferve logo, chamo o Tom para ir conversar com o Alex.
Chego lá com o Tom, ele vem correndo aos meus pés pedindo mais dinheiro, esse cara não tinha vergonha na cara.
— Cadê o meu dinheiro, Alex?
— Eu não tenho ainda, por favor, me adiante alguma coisa. Eu vou jogar e vou ganhar o seu dinheiro.
— Você tem a cara de pau de vir me pedir mais dinheiro? Eu quero o meu dinheiro agora, não quero nem saber.
— Me dá um tempo, agora eu não tenho. Eu vou arrumar. — Ele diz, juntando as mãos.
Mando o Tom procurar em todos os lugares, ele sai revirando tudo e não encontra nada.
Pego-o pelo pescoço e levo-o até o carro e vamos para o morro.
Chegando lá, coloco-o na cadeira e, quando começo a querer torturá-lo, ele começa com o desespero.
— Me desculpe, eu não tenho o seu dinheiro. Me dá um tempo, a única coisa que tenho é uma casa e uma filha.
— Fala mais sobre a sua filha. — Quando ele diz 'filha', fiquei bem interessado.
— Ela nunca namorou, sempre estudou e aprendeu a fazer as coisas dentro de casa, ela sabe cozinhar e fazer outras tarefas domésticas.
— O que acha de negociá-la com a nossa dívida? Se você não me disser onde está o meu dinheiro, não vai sair daqui vivo. — Digo com muita raiva.
Começo a torturá-lo e ele, aos gritos, solta.
— Pode levá-la, eu aceito esse acordo, mas não me mate.
— Acordo fechado.
Quando, de repente, chega uma garota, ela era muito bonita, toda arrumada, simples, mas bem vista aos olhos de quem vê. Eu logo dou o papo a ela do que vai acontecer.
O Tom a leva para a minha casa. Termino o assunto com o Alex, faço umas papeladas e vou para casa.
Ao chegar, está tudo calmo, então chamo a Cecília.
— Cecília, onde está ela? Ela deu muito trabalho?
— Ela está no quarto, já jantou, desceu e lavou os pratos, e subiu de novo. Ela parece ser calma e chorou muito, mas depois se acalmou.
— Eu espero que ela não me dê tanto trabalho como o Leonardo.
— Talvez ela não dê. — Cecília fala em um tom de esperança.
— Ainda fico me perguntando como o vício faz alguém vender a própria filha.
— Também não entendo, ela parece ser tão adorável.
Cecília coloca o meu jantar e eu vou para o quarto dormir.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 67
Comments
S.Kalks
ok tudo bem ser vendida, mas perder o cursinho jamais 🤣🤣🤣
2025-01-14
1
S.Kalks
A vida não é justa não é? Hora entenda, eu nunca serei rei, e você nunca mais verá a luz de outro dia!
2025-01-14
1
Jhay_Focas
Se eu fosse você ia, porque vai ter um babado te aguardando
2025-01-14
1