A Caixa De Pandora
Lara preparava suas ferramentas para a sua próxima missão, enquanto isso, sua mente se transportava para as lembranças de sua infância com o seu querido avô. Ele é um homem sábio, apaixonado pela mitologia grega, ele sempre contava sobre essas histórias para ela.
E quando seu contratante mencionou que o item que ela deveria roubar se chamava a Caixa de Pandora, Lara sentiu uma conexão profunda com as memórias de seu avô. Era como se um fio invisível a ligasse ao seu passado.
Essa foi a única informação que ela recebeu quando foi contratada para roubar esse item, o contratante disse que o magnata da indústria farmacêutica Benjamin Bennett, mandou fazer aquela caixa, para guardar algo dentro dela, e ele a chamou de caixa de Pandora, uma referência ao mito grego. Porém ele não revelou para ninguém qual era o conteúdo dela, mas dava para ter uma ideia de que era algo valioso, já que ele teve todo esse trabalho e ainda a guarda em um cofre. A Lara certamente achou interessante que esse magnata assim como o seu avô gostava de mitologia grega.
Uma das histórias favoritas de seu avô era justamente sobre a Caixa de Pandora. Ele costumava descrevê-la com muito entusiasmo. A história diz que, há séculos atrás, os deuses do Olimpo presentearam Pandora, a primeira mulher criada por Zeus, com uma caixa misteriosa. Intrigada pela curiosidade, ela desafiou as ordens divinas e abriu a caixa, liberando uma torrente de desgraças e males sobre a humanidade. Desesperada, Pandora tentou fechar a caixa, mas era tarde demais. A esperança, no entanto, permaneceu presa lá dentro, uma pequena chama que representava a redenção e a possibilidade de um futuro melhor.
Enquanto Lara recordava essas histórias, uma onda de nostalgia inundava seu coração. Seu avô tinha uma maneira especial de contar sobre as mitologias gregas, suas palavras fluindo com entusiasmo e admiração.
Lara lembrava-se das tardes em que se sentava ao lado dele, ouvindo atentamente cada palavra, enquanto ele descrevia as façanhas dos deuses e heróis. Ela se sentia segura e inspirada por suas histórias, como se um mundo de possibilidades se abrisse diante dela.
Enquanto Lara se dirigia à mansão dos Bennett, sua mente se dividia entre a missão em mãos e as lembranças de seu avô, um homem de princípios rígidos e um coração repleto de preocupação. Ela sabia que, se ele descobrisse sobre sua vida de ladra, a decepção e a raiva seriam inevitáveis.
As brigas entre Lara e seu avô eram frequentes, pois ele acreditava que ela merecia um futuro melhor do que aquele que a vida lhe proporcionara. Ele se via como culpado, incapaz de abrir portas para um mundo de oportunidades para sua amada neta. No entanto, Lara não culpava seu avô por suas escolhas. Ela entendia que, em um mundo repleto de desigualdades, precisava lutar para sobreviver.
Lara recordava as palavras duras que seu avô lhe dirigiu na última discussão. Ele a chamara de imprudente e egoísta, afirmando que seus talentos poderiam ser melhor utilizados em prol da sociedade. No fundo, ela sabia que ele estava certo, mas se sentia presa em um ciclo vicioso que a impelia a cometer atos ilícitos em busca de uma vida melhor. Ela se perguntava o que seu avô diria se soubesse que ela fora contratada para roubar um item valioso. Certamente, ele ficaria horrorizado ao ver sua neta envolvida em um plano tão perigoso e obscuro. Mas ela não tinha escolha. Era uma oportunidade única.
Lara suspirou, afastando as lembranças conflituosas de sua mente. Ela sabia que, no fundo, seu avô a amava e se preocupava com seu bem-estar. Mas ele não compreendia a realidade em que ela vivia, as limitações e as barreiras que a impediam de seguir um caminho mais "aceitável".
Lara sentia-se dividida entre a emoção da missão e a culpa que a corroía por desapontar seu avô. Mas ela também sabia que precisava ser forte e seguir em frente. Não podia se deixar abater pelas palavras ásperas e pela desaprovação. A vida a ensinara a ser resiliente e a aproveitar as oportunidades quando elas surgiam.
Enquanto o som dos sinos da capela ecoava pela cidade, anunciando o início do velório de Benjamin Bennett, Lara finaliza os últimos preparativos para sua ousada incursão na mansão da família. Oportunidades como essa eram raras, e ela sabia que não podia deixar escapar a chance de adentrar a fortaleza dos Bennett enquanto todos estariam ocupados com a tristeza e a despedida.
Vestida com um traje preto discreto e carregando uma bolsa grande, com todas as ferramentas que ela iria precisar, Lara aproximou-se furtivamente dos portões imponentes que guardavam a propriedade. As sombras da noite a envolviam, ocultando-a dos olhos curiosos e garantindo seu anonimato. Com uma técnica apurada, ela utilizou suas habilidades para entrar sem fazer ruído algum.
Ao entrar na propriedade, Lara caminhou silenciosamente pelos jardins cuidadosamente. Seu treinamento a torna uma sombra perfeita, capaz de se mover sem ser detectada. À medida que se aproximava da mansão, ela estudava cada detalhe das janelas e das entradas, buscando a melhor rota para sua missão.
A mansão dos Bennett erguia-se majestosamente diante dela, com suas colunas imponentes e janelas adornadas. Lara sabia que precisava ser cautelosa, pois a segurança dentro da residência provavelmente estaria em alerta máximo durante o velório. Qualquer descuido poderia arruinar seus planos.
Com agilidade felina, Lara escalou a parede externa até alcançar uma das janelas do segundo andar. Com um movimento preciso, ela deslizou seus equipamentos especiais e abriu a fechadura sem deixar vestígios. Adentrando a mansão, ela se encontrou em um corredor silencioso, iluminado apenas por uma luz fraca.
Lara sabia que seu alvo estava no escritório da casa. Com passos leves e cautelosos, ela se dirigiu até lá, evitando cruzar com os visitantes. Enquanto observava discretamente, Lara notou que o lugar estava repleto de objetos valiosos e obras de arte. Ela sabia que a Caixa de Pandora estava em algum lugar ali.
Com uma perícia adquirida ao longo dos anos, Lara começou a vasculhar o cômodo em busca de pistas. Ela examinou quadros, estatuetas e móveis, analisando cada detalhe em busca de algum indício da caixa misteriosa. Seu treinamento a capacitara para ser rápida e eficiente.
Depois de uma busca minuciosa, Lara finalmente encontrou um cofre escondido atrás de um quadro. Seu coração acelerou de emoção ao perceber que era ali que a Caixa estava guardada. Com cuidado, ela conseguiu abrir o cofre sem muita dificuldade.
Dentro do cofre repousava a tão desejada Caixa de Pandora. Ela emanava um brilho enigmático. Com as mãos trêmulas, Lara alcançou a caixa e a segurou por um instante. O conteúdo permanecia um segredo guardado a sete chaves.
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Atualizado até capítulo 126
Comments
Anatalice Rodrigues
Comecei a ler hoje 30/12/24 A história parece ser bem interessante
2024-12-31
1
Marilene Lena
Curiosa pra saber mais, iniciando 04/02/25
2025-02-04
0
Patricia Barp
Iniciando a leitura hoje 13/10. Já estou amando
2024-10-13
0