Alexander e Henry, movidos pelo respeito ao último desejo de Benjamin, decidiram suprimir sua curiosidade e respeitar a ordem de não abrir a caixa misteriosa. O advogado, Marcelo Cavalcanti, se despede, e vai embora.
Alexander vai conversar com sua mãe, Estela, sobre o ocorrido. Ele se aproxima dela, que parece cansada e abatida.
ESTELA: Filho, eu sinto muito por não estar presente naquele momento, eu só soube o que aconteceu a poucos dias, quando recebi uma carta informando que eu precisava voltar ao país.
ALEXANDER: Mãe, eu tentei entrar em contato com você assim que soube da morte do vovô. Mas não consegui te encontrar. Onde você estava?
ESTELA: Eu estava em uma missão em um lugar remoto. Lá, a comunicação é praticamente impossível. Sinto muito por não ter estado aqui antes, meu filho.
ALEXANDER: Eu entendo, mãe. Situações imprevistas acontecem. Mas fico feliz que você esteja aqui agora.
ESTELA: Eu não imaginava que seu avô iria me incluir no testamento dele, fiquei emocionada por esse gesto.
ALEXANDER: O vovô nunca escondeu o desgosto pela separação de vocês, ele achou que um dia vocês voltariam a ficar juntos.
ESTELA: O seu pai se incomodava muito com o meu trabalho, a gente brigava muito por causa disso, ele sempre dizia que eu não precisava trabalhar. Ele nunca entendeu que o meu trabalho é importante para mim.
Enquanto Alexander e Estela conversam, Henry observa de longe, seus pensamentos vagando entre o passado e o presente. Emma, aproximando-se silenciosamente, percebe seu olhar fixo em direção a Estela.
EMMA: Henry, por favor, pare de olhar para ela. Eu me sinto desrespeitada.
Henry volta sua atenção para Emma.
HENRY: Desculpe, Emma. Eu só estava... refletindo sobre tudo o que está acontecendo. Não foi minha intenção desrespeitar você.
EMMA: Eu não entendo porque seu pai teve que incluir ela no testamento, a Estela não faz parte da família. Eu que cuidei dele esse tempo todo ele não me deixou nada.
HENRY: O meu pai só estava preocupado com ela, ele sabe que a Estela não se importa com dinheiro, e que o trabalho que ela faz é voluntário. Ele só queria garantir que ela ficaria bem.
EMMA: Tudo bem, eu entendo que ele queria garantir o futuro dela, mas aquelas jóias? Ela nem usa, olha como ela se veste, nem parece que um dia fez parte dessa família.
HENRY: É o jeito dela. E aquelas joias foi a minha mãe que pediu para deixar para ela, minha mãe sempre dizia que a joia mais preciosa que tinha era o neto dela, e disse que a Estela merecia ficar com as jóias por ser a mãe dele.
EMMA: Ainda acho um desperdício, aquelas jóias ficarem com ela. Eu saberia aproveitar melhor.
HENRY: Você tem várias jóias e pode comprar quantas quiser.
EMMA: Mas não é a mesma coisa. Aquelas jóias são de família e eu que sou sua esposa não ela.
HENRY: Por favor, não vamos mais falar sobre isso, era a vontade dos meus pais que aquelas jóias ficassem com a Estela, vamos respeitar a vontade deles.
Emma, visivelmente irritada, decide se retirar da sala e vai em direção ao quarto, seguida por Ava, que compartilha a frustração de não ter recebido nada de Benjamin. Enquanto isso, Alexander continua conversando com Estela, e Henry se aproxima deles.
HENRY: Estela, como você está?
ESTELA: Estou bem, Henry. Claro, é uma situação difícil, eu fiquei muito abalada com a notícia, você sabe do carinho que tinha por ele.
HENRY: Eu sei, ele também tinha muito carinho por você.
ESTELA: Foi uma surpresa, eu não imaginava que ele iria me incluir no testamento.
HENRY: Ele já tinha falado antes que deixaria algo para você. Quanto tempo você pretende ficar aqui?
Estela olha para Henry e hesita por um momento antes de responder.
ESTELA: Ainda não decidi ao certo. Vou descansar um pouco e depois pensar sobre o que farei. O meu último trabalho foi no Haiti, Após aquele terremoto devastador de 2010, aquele povo tem sofrido para reconstruir o país. Ainda tem muito trabalho a ser feito por lá.
ALEXANDER: O trabalho que você faz é muito bonito, tenho muito orgulho de você mãe.
ESTELA: Não faço nada de mais.
ALEXANDER: Mãe, você vai ficar no meu apartamento, não é? Tenho espaço suficiente e seria bom ter você por perto.
Estela sorriu afetuosamente para Alexander, tocada pelo gesto de generosidade.
ESTELA: Obrigada, meu querido. Eu aprecio muito a oferta, mas acho melhor ficar no meu próprio apartamento. Não quero ser um incômodo para você ou atrapalhar sua rotina. Além disso, preciso de um tempo para mim mesma. Mas enquanto eu estiver por aqui, vamos nos ver sempre.
ALEXANDER: Tudo bem, mãe. Eu entendo.
ESTELA: Você me dá uma carona? Eu estou exausta e preciso descansar.
ALEXANDER: Claro, mas antes vamos até o escritório, as jóias e a caixa estão no cofre. O vovô pediu para cuidar dela e eu vou levá-la para o meu apartamento.
ESTELA: Boa ideia, assim eu não preciso mais voltar aqui, acho que a Emma não gostou muito de me ver aqui. Mas vou deixar as jóias para você guardar no seu cofre. No meu apartamento não tenho onde guardar com segurança.
ALEXANDER: Está bem. Eu guardo para você.
Os dois seguiram para o escritório.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 109
Comments
Amanda
Agora que o bicho vai pegar, cadê a caixa?
2024-05-12
0
emely starke tenório
Só me pergunto uma coisa: O que você está fazendo casado com essa oportunista Henry??
2024-04-11
1
emely starke tenório
Mais é inconveniente
2024-04-11
0