Capítulo 7

Melissa

 A semana como sempre se arrastou.

 Hoje é sábado a Nalu falou que vai sair com aquele cara estranho, me mandou até foto do look.

 Achei bonito, super aprovei.

Eu e minha Vó lanchamos e logo chegou mensagem dela falando que ele não foi, então ela ia vim aqui pra gente conversar um pouco.

 A mensagem chegou era 21:00 já são quase dez e nada dela, estou ficando preocupada.

 Escutei ela chamando sai do quarto correndo, mas quando eu vi ele, eu sabia que devia correr e essa foi minha reação, porém quando eu me virei pra correr sua voz me fez congelar.

Hugo — Parada se der mais um passo eu atiro.

 Minha Vózinha vendo que ele estava armado começou a lutar com ele, eu tentei ajudar mas fui atingida por um soco e quando eu olhei minha Vózinha estava caída meu mundo desabou.

 Me arrastei até ela gritando e chorando pedindo pra que ela não me deixasse, mas já era tarde ela já tinha partido, aquele covarde tirou minha Vózinha de mim.

 O tiro pegou bem no peito ela colocou a mão e logo suspirou caindo.

 Aquele monstro fez questão de mostrar que ela já estava morta.

 Ele me puxou pra me levar para uma van, mas eu estava tão transtornada que só pensei em fugir e foi o que eu fiz eu corri o mais rápido que eu consegui acho que passei horas correndo como uma louca, até que trombei em um rapaz lindo.

— Pelo amor de Deus me ajuda.

Eu chorava muito e talvez ele não tenha compreendido o que eu disse.

— Minha vó, a Nalu por favor ajuda. Tem tem um moço mau muito mau ajuda.

 Eu me agarrei nele com todas as minhas forças era minha chance, foi então que o monstro virou a esquina e eu me soltei e voltei a correr o máximo que pude mas, foi em vão, ele me alcançou me pegou pelos cabelos e jogou naquela van escura.

 Lá dentro já estava a Nalu ela veio chorando e falando algo, eu não ouvi nenhuma palavra só a abraçei forte lembrei que perdi minha Vózinha, o ar parecia fugir dos meus pulmões e eu não conseguia respirar percebi que era uma crise de pânico.

 Foi a Nalu que me ajudou a me acalmar até que peguei no sono.

Enquanto isso...

Ligação On

— Está feito estou com as duas aqui comigo.

Higor — E o que você fez com a Vó da Melissa, o pai e a mãe da Nalu? Eu disse sem ponta solta não quero ninguém procurando as duas.

— A velha eu matei aquela desgraçada tentou me desarmar, já o pai e a mãe da Nalu não estavam em casa.

Higor — Mas o que você fez com eles?

— Eu não fiz nada eles não estavam lá e outra eles não vão procurar ela o pai dela é um bêbado e a mãe não parecia ligar muito pra filha.

Higor — Não me interessa você vai voltar lá e matar os dois está me entendendo, não quero a polícia atrás de nós agora. Suma com os corpos e faça parecer que eles foram embora.

Traz elas para São Paulo quero ve-las estou ansiosa para conhece elas pessoalmente já até escolhi minha nova puta.

— tá bom pode deixar

Ligação Off

Hugo — Para no acostamento, eu vou pegar um carro tenho que resolver um problema.

Hugo — Leve elas para galpão principal em São Paulo mas, deixe elas na van até amanhecer quero que elas percam a noção de tempo assim elas não farão ideia de onde estão.

Acordei pedindo a Deus que tudo não passasse de um sonho terrível, porém logo percebi que aquela era minha realidade.

Logo um homem me pegou pelo braço e saiu me puxando, eu não faço a menor ideia de onde estamos, nem que horas são, acho que não estamos mais no Rio pelo que parece a van andou a noite inteira, só sei que estou com fome e muito medo.

Ele me jogou em um quartinho onde tinha apenas um colchão, depois de um tempo também trouxeram a Nalu.

O lugar era úmido e frio mesmo estando calor lá fora o cheiro de mofo era terrível, eu nunca senti um cheiro tão forte e ruim parecia cheiro de morte.

Eu me encolhi em um canto e chorei, chorei pela minha vó que morreu e nem pode ter um enterro digno, chorei pela Nalu que se deixa levar pela aparência das pessoas, chorei pela situação em que estávamos enfim chorei pela nossa vida. O que será de nós agora?

Depois de algum tempo naquele lugar ele chegou aquele monstro.

Hugo — Olá gatinhas chegou a hora de vocês conhecerem o chefe, vamos lá que vou levar vocês, vocês vão gostar dele, a boa vivência de vocês vai depender dele se ele gostar de vocês talvez vocês tenham uma vida melhor por aqui.

Ele sai nos levando por um corredor grande até chegar de frente a uma porta ela bate e uma voz nos manda entra.

Toc toc toc.

Higor — Entra

Hugo — Olha elas aqui irmão vê se não são mercadoria de primeira? Qualquer um vai pagar uma fortuna pra ter elas.

O homem que era alto e até bonito chegou perto de mim e olhou bem nos meus olhos aquilo me deu medo, um frio na espinha, um sentimento ruim, ele levantou meu rosto e perguntou quem tinha nos batido.

Higor — Quem bateu nelas.

Hugo — Eu tive que dar um soco em cada uma elas são ariscas você vai ver.

Ele continuou olhando pra mim.

Hugo — E tem um bônus essa daí é virgem.

Ele disse isso me apontando eu tremi de medo.

Higor — Isso é verdade gracinha?

— Isso não é da sua conta.

Respondi com o pouco de coragem que tinha. Ele segurou meu queixo e apertou meu rosto com força e disse.

Higor — Você é arisca mesmo, mas eu vou domar você, você é a pretinha mais linda que eu já vi ninguém vai comer você antes de mim por enquanto você é minha, minha propriedade eu vou adorar ser o primeiro a provar você.

Eu num ato de desespero cuspi no rosto dele e gritei.

— Nunca!

Ele me deu um tapa tão forte que eu achei que tinha quebrado meu maxilar, de longe, Nalu que apenas observava a cena começou a gritar pra ele parar, mas acho que despertei outro monstro.

Quando eu caí no chão ele começou a me chutar, e me socar, achei que ia morrer, a Nalu gritava estérica enquanto alguém a segurava.

Ele só parou quando o Hugo o tirou de cima de mim.

Hugo — Para com isso ela já entendeu irmão, ela já entendeu quem manda aqui.

Higor — Tira essa cadela da minha frente.

Antes de me tirarem da frente dele ele abaixou bem perto do meu ouvido e disse.

Higor — Você vai se arrepender de me rejeitar sua sorte é que eu gostei de você se não já estaria morta, mas você agora é minha entendeu só minha.

Higor — Separem as duas e de tratamento VIP pras elas a amiga vai pagar pela ousadia dela também ela vai aprender a não me desafiar.

Estava com tanta dor que quando fui jogada em um quartinho que era ainda pior que o primeiro eu oscilava entre me manter acordada e dormir. Até que não aguentei e apaguei de vez.

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