Capítulo 16

Diogo

 Eu pego meu anjo no colo e saiu correndo com ela de dentro daquele galpão escuro, eu não ligo para os gritos nem para os tiros pra mim é ela e eu é como se estivéssemos apenas nos dois e ela depende de mim entro correndo com ela no carro e grito pra que o policial dirija pois ela foi baleada.

 Chegando no hospital eu já chego gritando que ela precisa de socorro logo os enfermeiros a levam e então eu posso relaxar, eu me sento e fico ali só pensando na situação em que a encontrei.

 Logo amanhece e o delegado aparece furioso comigo por ter desobedecido as suas ordens.

 Delegado — Você está aí? Você ficou louco? Porque saiu do carro? Você queria morrer? Eu quase te matei, você tem noção disso?

— Eu só queria tirar minha garota de lá e quando eu ouvi que ela estava baleada eu fiquei cego me perdoa foi uma atitude impensada.

Delegado — Foi uma burrice isso sim você poderia ter morrido, eu sabia que não devia ter te deixado ir até lá

— Mas eu estou bem.

Delegado — E a garota como ela está?

— Eu ainda não tive notícias só sei que ela estava em cirurgia já faz horas

Delegado — E você tem certeza que é ela?

— Absoluta.

Delegado — Ok, depois de tudo que você fez por ela eu espero que você cuide bem dela.

— Eu vou cuidar delegado.

Delegado —Eu tenho algumas informações pra você.

— Pode falar.

Delegado — Nós conseguimos retirar várias garotas lá de dentro muitas drogadas, a operação terminou agora pela manhã todas elas foram levadas para hospitais da região para serem examinadas e só então colheremos depoimento, a notícia ruim é que os irmãos Higor e Hugo conseguiram fugir, portanto eu recomendo que você tome muito cuidado proteja essa menina, assim que pudermos vamos contactar a família dela.

Horas antes.

Hugo narrando

 Com muito custo eu consegui fugir deixei o Higor para trás, espero que ele caia em si e fuja, apesar de escuro eu consegui encontrar a nossa passagem secreta, nós fizemos uma depois que fomos atacados da última vez ela nos leva até a rua de trás nós tirando do meio do fogo cruzado o nosso ponto de encontro é uma casinha do outro lado da cidade uma forma de chamar menos atenção possível eu vim correndo estou todo sujo e suando dessa vez eles chegaram muito perto de nos prender.

 Depois de algum tempo ouço o Higor chegar e respiro aliviado, porém noto que ele está furioso tendo um surto, ele chega esmurrando a parede e chutando tudo apesar de estar ferido ele não se importa e quebra as coisas

 Higor —Droga, droga eu quero ela, cadê ela, vai buscar ela.

— Ela quem?

Higor —A Melissa vai buscar aquela desgraçada agora. Eu quero a minha mulher.

 — O que aconteceu porque você não trouxe ela?

Higor — Ela não conseguia andar acho que ela quebrou alguma coisa eu tentei carregar ela mas não dava eu tinha que atirar além do mais como eu ia passar na passagem com ela, mas eu quero ela cadê ela?

— Eu não sei onde ela tá eu deixei você com ela e vim.

De repente ele começa a chorar desesperado e diz.

Higor — Eu matei ela.

— Você o que?

Higor —Eu não sei se ela morreu, eu sei que eu atirei nela.

— Você atirou nela? Porque?

Higor — Eu não pensei direito na hora, eu só pensei que se ela não fosse minha não seria de mais ninguém.

— Você tem certeza que matou ela?

Higor —Eu não sei eu só sei que eu atirei três vezes e um tiro pegou nela ela gritou.

— Pegou onde?

Higor — Eu não sei, não dava pra ver estava escuro. Aquele merda de policial me acertou na perna tive que me arrastar até aqui, se não tivesse escuro ele tinha me pegado.

— Ela deve estar morta se ela estiver vão falar o nome dela no jornal tá cheio de jornalistas eles falam demais sempre dão essas notícias uma invasão dessa eles vão falar os nomes de todos os mortos ou mostrar foto, se não aparecer é porque ela está viva.

Higor — Eu não quero saber eu quero ela viva ou morta vai buscar ela nem que seja o cadáver dela.

— Tá louco eu não vou volta lá agora vamos esperar a poeira baixar e vou atrás dela se ela estiver viva eu encontro ela nem que seja no inferno.

Higor — É bom achar mesmo, eu quero ela, eu não consigo ficar sem sentir o cheiro dela, eu preciso dela.

— Se acalma tá legal você estressado não ajuda em nada nós precisamos pensar aquela invasão foi planejada e muito bem executada se não fosse a passagem estaríamos presos ou mortos, alguém nos traiu só precisamos descobrir quem.

Higor — Eu acho que pode ter sido a Nalu ela fico muito boazinha ultimamente, eu te avisei que cliente não pode ficar muito tempo com uma garota só elas podem dar com a língua nos dentes.

— Ela não teria coragem ela sabe que eu mato ela sem dó nem piedade.

Higor — A é então onde ela está agora?

— Ela estava fazendo programa na hora com o cliente dela.

Higor — Esse cliente dela pode ter envolvido a polícia pra tirar ela de lá tá na cara que ele estava gamado nela o cara pagava uma fortuna pra ter ela, acho que ele faria qualquer coisa por ela.

— É mas ela não iria sem a Melissa e a Melissa estava no galpão.

Nós precisamos investigar direitinho qualquer uma das garotas que estavam lá podem ter nós dedurado.

— Vamos ficar de olho no jornal pra ver quem morreu e quem sobreviveu, quem sobreviveu vai voltar pra nós pode ter certeza vamos buscar uma por uma.

Higor — Minha perna está começando a doer.

— Eu vou ligar Raul vir cuidar e fazer um curativo nisso aí

Raul é um médico amigo nosso que cuida dos nossos ferimentos já que não podemos ir a hospitais.

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