Com coração apertado sem saber se aceitava ou não. Afinal de contas eu tinha uma decisão a tomar que podia mudar o meu futuro. Ou ser uma jornalista importante que fazia parte dos meus sonhos. E outra decisão, casar-me com o homem mais lindo que eu já conheci em toda a minha vida. Sabe aquele homem que você sonha desde criança encontrar na sua vida. Casar e ter uma família.
É o sonho de toda mulher, e por que não dar uma chance ao coração? Qualquer decisão seria dolorosa e difícil de tomar. Mas eu precisava decidir. Eu podia me arrepender de qualquer forma, se casando com ele ou não. O problema é que eu estava completamente apaixonada por ele. E não me imaginava longe dele. E temia que ele pudesse estar cansado de mim e desistir de se casar comigo.
Acredito que eu não suportaria uma rejeição como aquela. Não pensei duas vezes, e aceitei o pedido de casamento. Casamos no civil e mais tarde na Igreja. E por incrível que pareça ele era um homem perfeito como marido. Sim, eu estava preparada para o pior.
Afinal de contas ele era o homem mais cobiçado. Então eu imaginava que ele poderia fraquejar e sentir saudades das noites da boêmia e voltar a sair com outras mulheres. É normal sentir essa insegurança. Afinal de contas ele era rico, um empresário inteligente e presidente de uma companhia de petróleo representante aqui no Brasil.
Ele não falava muito bem o português. Embora tenha nascido em Dubai, mas que veio para o Brasil ainda jovem. Ele tinha só uma irmã mais nova do que ele. Era uma família unida e tradicional que respeitava muito as tradições árabes. Embora ele esteja bem adaptado aqui no Brasil. Aliás, ele amava o País. E nunca quis saber de voltar para Dubai, mesmo sendo um dos países mais ricos e seguros do mundo, mas aqui no Brasil ele se sentia livre. O sonho dos pais dele era que ele voltasse para Dubai casar e ter filhos com uma mulher do seu País como era tradição. E os costumes árabes.
Eu imaginava que a lua de mel seria em algum lugar no Brasil. Poderia ser em Gramado RS, Bahia, Ceará, Londres, Paris Veneza, Itália, ou até mesmo nos Estados Unidos. Fiquei surpresa quando ele sugeriu passar a lua de mel em Dubai. Para mim estava sendo difícil imaginar ir num País estranho que eu nunca fui. Senti a minha pele arrepiar só de pensar em conhecer os familiares dele. Eu confesso que nem em sonhos eu poderia imaginar o luxo que estou presenciando.
— Logo eu que fiz de tudo pra fugir do assédio de Mateus que nunca desistiu de mim. Nossa, parece mentira que eu estava mergulhada nos estudos, querendo ser uma jornalista famosa por poder conhecer o mundo. Sonhava conhecer diversos lugares assim como a Europa e os Estados Unidos, mas jamais imaginei conhecer Dubai, Emirados Úmidos. Para mim esse País nunca esteve em meus planos, só ouvi falar, mas que nunca dei a mínima. Mas conhecer Dubai foi mágico pelas belezas arquitetônicas.
A única coisa que eu não gostei foi ter que usar aquelas roupas que as mulheres usam naquele País. Cobrir o rosto era como estar presa sem liberdade para nada. Por mais lindo que fosse, e muito luxo, eu não ia conseguir viver num País como aquele, nada contra a cultura árabe.
Até porque nasci num País livre e me acostumei viver assim como uma Ocidental, e jamais conseguiria me adaptar com os costumes orientais. Estava tão feliz que eu tinha medo que tudo pudesse acabar. Medo porque a família dele queria que Mateus desse um neto. E outra coisa que me assustava era que naquele País os homens podiam ter até dez esposas.
Nossa! Só de pensar nisso eu sentia um frio na barriga. Imagina eu ter que dividir meu marido com outras nove mulheres? Há isso eu não ia aceitar de jeito algum. Menos mal que Mateus me confessou que aprendeu amar os costumes ocidentais.
Aprendeu a amar a liberdade. E foi por essas razões que ele quis se casar comigo e não com uma mulher do País. Os pais dele não gostaram muito da ideia, mas como ele era filho único como homem, é claro, porque ele tinha uma irmã. Faziam todas as vontades dele. As vezes eu me perguntava porque um homem como o Mateus que nasceu num País rico se encantou pelo Brasil? Um País de terceiro mundo com suas dificuldades. Perguntei a ele o porquê?
— Porque desde a primeira vez que eu vim ao Brasil me apaixonei. Não me pergunte porque, mas desde criança eu era infeliz na terra onde eu nasci. Não encontro explicação, e acredito que não pretendo voltar para lá. Só a passeio.
— É difícil acreditar. Porque aqui não tem a mesma segurança que tem no seu País de origem. Aqui no Brasil tudo é arriscado. Viver é arriscado, ir trabalhar, sair à noite. Sempre que saímos estamos sempre com a mão no coração com medo de ser assaltado. Já no seu País o ladrão que roubar uma joia é perseguido e corta até os punhos dele.
— Isso é verdade. Mas aqui se pode ter a liberdade de ser o que quiser. Não há uma lei que proíba. Já no meu País de origem as tradições são lei, e quem não cumprir a lei é morto. — Mateus me levou nas melhores lojas de jóias e roupas das melhores marcas. Transformou-me numa verdadeira dama. Nunca na minha vida eu poderia imaginar que um dia eu estivesse vivendo desta forma. Eu estava realizando o sonho que muitas mulheres gostariam de viver. Ele era gentil e me defendia dos olhares maliciosos que me olhavam com discriminação pelo fato de eu não ser uma mulher árabe.
O amigo dele que se chamava Naim que foram amigos ainda quando crianças, e que ocasionalmente vinha para o Brasil visitar Mateus. O pai de Mateus se chama Zayn, a mãe Samyra, e a irmã Laila. Para todos eles, estava sendo difícil aceitar eu ser uma brasileira como esposa de Mateus quando, na verdade, eles queriam mais de uma esposa, desde que todas elas fossem árabes.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Erlete Rodrigues
ainda não sei 🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔
2024-03-19
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