CAPÍTULO 3

Não sei o que eles viam em mim. Na verdade, eu nunca me achei bonita como muitos me falavam. Sou o tipo de mulher que quero que goste de mim assim como eu sou transparente, e pelas minhas qualidades, e não pela beleza.

Porque a beleza acaba, mas o conteúdo não. Resolvi dar uma chance ao Mateus para saber até que ponto ele tinha boas intenções comigo. Sem envolvimento, é claro, queria distância dele. Até porque eu não acreditava em nada no que ele dizia. Ouvia por um ouvido e largava por outro, como se diz na gíria popular. Mesmo eu achando ele lindo de morrer, ele não precisava saber. Até que foi divertido estar na praia com ele.

Voltamos da praia, eu vim pra casa, e ele foi pro apartamento dele, e eu seguindo a minha vida monótona de sempre, enfiando a minha cabeça nos estudos e concentrando as minhas ideias em meus objetivos. Passada uma semana ele me convidou para ir num parque. Então tive que dar o braço a torcer, realmente ele estava disposto a me conquistar.

Mesmo eu sentindo atração por ele, fazia questão de esconder. Hipótese alguma queria que ele soubesse da minha fraqueza. Eu sabia que estava no caminho certo. No bairro onde eu morava não se falava outra coisa, diziam que era um romance de contos de fada. Sim porque ele era rico e bonito, o mais cobiçado das redondezas, sendo que as mulheres brigavam a tapa para conquistar o galã do momento.

Além dele ser filho de família descendente árabe que moravam em Dubai, Emirados Úmidos. Um dos países mais ricos do mundo. Eu seguia a minha vida e não estava nem ai pelo que as pessoas falavam ou deixavam de falar a meu respeito. Eu sabia que esse interesse de Mateus por mim fez surgir intrigas e inveja de muitas mulheres que estavam interessadas nele. Então imagina como estava a minha cabeça. Ele também sofria preconceito por parte da família dele, e dos amigos que debochavam por ele estar apaixonado por uma suburbana que estava se tornando difícil. E para o orgulho de machão conquistador era quase fatal. Eu não estava nem aí para os comentários dos fofoqueiros de plantão.

E para dizer a verdade eu não sou como as outras que se estivesse no meu lugar com certeza estariam se divertindo com a situação se julgando a melhor de todas. Não era o meu caso. Eu sempre me mantive com os pés no chão. Queria ser alguém importante na vida com meu trabalho e esforço sem precisar pisar em cima de ninguém.

Era esse o meu plano de estudar, me formar, e ser independente. Minha mãe sempre dizia que eu era muito nova para assumir a responsabilidade adulta quando eu ainda era uma adolescente, e agia como uma mulher adulta de 25 anos. Talvez eu estivesse à frente do tempo. Era o que todos comentavam. Mas o que eles não sabiam era que eu usava isso como desculpa porque eu me conhecia bem, porque a vontade que eu tinha era de me jogar nos braços do Mateus .

Talvez eu ame muito mais do que eu suponha. Mas me sentia insegura ainda para tomar uma decisão. Até onde eu ia aguentar não sabia o certo. A minha amiga estava inconformada por eu estar agindo assim dispensando um dos maiores partidos que ela conheceu em toda a sua vida.

O que ela não sabia era que de fato eu estava interessada nele, mas ela não precisava saber. Se não ia vir com aquele papo de que eu não podia perder a oportunidade de deixar escapar a chance de ter o homem mais bonito que ela conheceu, e sem contar à inveja que isso poderia causar. E por mais que eu amasse a minha amiga, mas que eu sabia o quanto ela gostava de uma fofoca, e com certeza ela ia espalhar pra todo mundo que eu estava apaixonada pelo ricaço árabe.

E se existia uma coisa que eu odiava era quando o meu nome ficava de boca em boca. Era um assunto meu. A minha mãe me conhecia bem e por isso que ela não se metia muito na minha vida. E sabia como eu era. Eu sempre fui discreta. E não gostava de aparecer muito. É claro que eu precisava mudar esse meu jeito de ser, e parar de ser bicho do mato.

Ainda mais que eu pretendia ser uma jornalista, e isso podia muito atrapalhar o meu desempenho profissional. Jamais ia conseguir um emprego. E se conseguisse com certeza não ia ficar um mês no emprego. E pensando assim comecei analisar melhor o meu comportamento. E quem sabe dar uma chance pro Mateus .

É claro, que eu estava com os pés no chão para não levar nada a sério com ele. E fui dando corda para saber até onde ia as intenções dele. Por mais atraída que eu estivesse por ele. Mas sem essa de ir para cama. E isso ele não ia conseguir. Agindo dessa forma, fui surpreendida com um pedido de namoro.

Relutei, mas acabei a aceitar, mas agindo do mesmo jeito de fazer jogo duro, eu sabia o chão que eu estava pisando. Não ia-me entregar de bandeja como outras mulheres faziam. Três meses depois, fui surpreendida novamente. E desta vez a coisa era séria mesmo. Ele foi a nossa casa conversar com os meus pais e pediu-me em casamento. E queria casar comigo o mais urgente possível. Nem os meus pais acreditaram muito, imagina eu

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Erlete Rodrigues

Erlete Rodrigues

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2024-03-19

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