Entre deveres e desgostos

“Majestade, eis me aqui! Em que posso servi-la?” Disse Naberius entrando na nova sala do trono da Imperatriz.

Era noite, a lua iluminava o local, o céu estrelado formavam intensas constelações que era extraordinário aos olhos de quem olhava ao céu, aqueles dias sem nuvens de céu estrelado chegava ao fim, pois o inverno chegava no continente, e com ele nuvens densas que cobriam o céu escurecendo o dia, nessa época do ano naquele mundo, os dias eram mais curtos e as noites longas e frias, com ventos que sopravam vindo do mar não explorado.

A imperatriz sentada no seu trono mantinha o lugar bem iluminado, com velas grandes mágicas que não se apagavam facilmente, e tochas que emitiam chamas azuis alimentadas por mágia. Havia pouco tempo após o enterro dos irmãos de Naberius e a imperatriz estava agitada de mentalidade, assim como Naberius e outros que sabiam a verdade do sequestro da rainha Mel.

“Naberius, te chamei pois, é sensato, apesar de sua falha grotesca de elaborar um plano tolo colocando não apenas sua vida em perigo como o de seus falecidos irmãos e de sua rainha da construção.” Disse Vitória indignada com os fatos, porém Naberius permaneceu em silêncio.

“Sinto que preciso resolver várias coisas urgentemente, mas não sei se estou apta a tomar decisões com este estado emocional!” Prosseguiu Vitória.

“Peço desculpas pela minha falha, porém, não podia confiar em terceiros para fazer tal trabalho, o nosso investigado é agilidoso demais, não era para estar vivo, se não fosse Horobas e Berenice eu estaria morto, O inimigo não só me atingiu em pontos cruciais como também tinha sua adaga envenenada!” Explicou Naberius.

“Não importa! No mínimo desses seus planos que colocavam a sua família em perigo Horobas e eu deveria saber!”

“Você entende o que aconteceu?” Interrompeu a imperatriz deixando um silêncio sufocante.

“Sim, majestade!”

“Não! Se entendesse não teria dado apoio a uma idéia idiota!”

“Peço perdão, não vou cometer os mesmos erros!”

“Eu queria te matar daqui mesmo! Pedir perdão não trará seus irmãos de volta!”

Naberius pela primeira vez começou a mostrar sinais de amargura no rosto e sofrimento abaixando sua cabeça diante da imperatriz.

“Você quase matou a linhagem inteira da rainha da construção em uma única jogada! Você quase morreu, seus irmãos estão mortos! E so os deuses sabem onde está ela! Espero que Mel não se foi a está hora também!”

Naberius tentava esconder seu sofrimento, no entanto as palavras da rainha pesavam sem seu coração

“Voces é príncipe, Príncipe! Os seus irmãos também eram príncipes, herdeiros do trono. A sua irmã sumiu sem deixar herdeiros, quem vai governar agora o ligar da rainha da construção?”

Naberius se ajoelhou diante da rainha frustado, não conseguia erguer a cabeça diante dela. Seu silêncio era doloroso.

“Como posso confiar este trono a você, se Mel tiver sido morta, como posso deixar você governar sendo culpado pela desgraça de toda sua família? Eu esperava mais de você! Estou decepcionada, achei que fosse alguém mais prudente e sábio.”

“Me diz, Você já imaginou ver Mel perdendo uma batalha? Ela treinava contra Bella, a mágia mais rápida do mundo.” Naberius tentou se justificar falando mais alto ainda de cabeça baixa, mas querendo chorar.

Vitória levantou do trono e caminhou para perto dele.

“No passado, homens pequenos mataram gigantes, os mesmo homens mataram dragões colossais. Nunca imaginei Mel sofrendo em batalha, porém ninguém nunca é invencível, você é inteligente. Não aprendeu que nunca deve por todos os ovos numa cesta?” Questionou ela.

Naberius não encontrava conforto e toda sua tristeza e dor começou a sair dele o deixando sem chão diante da imperatriz. E ela continuou.

“Você tem sorte, por não te rebaixar a Marquês, mas quem vai governar caso Mel não retorne? Porém por mais que eu esteja chateada ainda preciso de você.”

“Eu levei comigo quem confiava, quem tinha intimidade e coordenação em luta, não somos apenas família, nem apenas amigos, somos como um exército bem treinado. Mas quando percebemos que a armadilha que criamos virou contra nós éramos tarde demais, a mágia de névoa não, é algo simples e fácil de detetar, talvez o meu erro foi confiar demais em nós mesmos!” Tentava argumentar Naberius.

“Berenice! Lúcio! Principalmente Lúcio, tenho muitos problemas agora para resolver, e estou abalada e naqueles dias de mulher, meu temperamento e emocional não está bom, preciso que seja minha razão para acabar com isso logo!”

“O que deseja de mim?” Perguntou Naberius.

“Vou levar amanhã ao tribunal, Lúcio sobre as falhas de vigilância da guarda real, quero que o pressione.”

“E Berenice?”

“Não confio nela! A velha também e cúmplice da família da rainha da construção ter sido quase morta.”

“Entendo, Mas o caso de Lúcio é complexo!”

“De um jeito, Recomponha-se! Não vai apagar os seus erros, porém preciso que demonstre o motivo de você ser o próximo rei da construção.”

“Tenho certeza que ela não está morta! Não vou assumir ao trono, prefiro morrer como culpado da sua possível morte!”

Vitória agachou-se perto dele e o olhou firmemente, com um tom de voz baixo e calmo falou devagar com Naberius.

“Eu acho que você não entendeu! Quem dá as cartas aqui sou eu! Você vai se casar com Naofumi semana que vem antes do inverno chegar, vai assumir o trono temporariamente, e torcer para que a rainha Mel não tenha morrido, e vai manter a ordem das coisas como está.”

Naberius permaneceu em silêncio quieto com s respiração pesada tentando se aliviar, parecia que o ar estava denso.

“E melhor que Mel esteja viva, pois eu vou esperar que seus filhos nasçam, e cresçam e assumam o trono aos 07 anos, é então você vai morrer pelas minhas mãos, e só você e eu vamos saber o motivo da sua morte, mas até lá vai manter a postura como o deve ser!” Vitória mantinha sia aura intimidadora.

“Como deve ser!” Disse Naberius concordando com Vitória.

De repente um arrepio subiu pelas costas de Vitória e Naberius naquela sala, e as tochas mágicas que difícil se apagam mesmo abaixo de chuva falharam apagando e reacendendo no lugar, deixando a sala confortável de clima quente, num tom frio. Era Horobas que havia se teleportado para a sala.

Quando Vitória olhou para ele, Horobas se curvou diante dela e ela se levantou a deixar os dois curvados diante dela.

“Preciso do Elfo negro e de Naberius!” Disse Horobas sem dar explicação.

“Possui notícias da busca da rainha da construção desaparecida?” Questionou Vitória a Horobas.

“Achei um possível cúmplice, usuário da mágia de névoa e feiticeiro de ataque, porém não consegui extrair informações plausíveis Explicou Horobas.

“Então leve-os para o ajudar!” Respondeu Vitória.

Naberius levantou passando a mal no rosto, mas mantendo postura.

Ao sair para acompanhar Horobas, Vitória decidiu perguntar o cavaleiro negro.

“Horobas!”

“Sim!” respondeu ele.

“Amanhã pela manhã fará dois dias que Mel foi raptada!” Ela pausou drasticamente querendo evitar ouvir a resposta que poderia escutar ao completar sua pergunta. “Você ainda acredita que ela esteja viva?”

Horobas não hesitava em falar a verdade que lhe era da sua razão.

“Já vi muitos casos assim, não era com rainhas ou reis, porém acreditou que seja o mesmo princípio ou pior. Neste momento não creio que ela esteja viva ou que eles estejam mantendo ela viva, devemos nos conformar com sua perca estou procurando apenas seu corpo e os culpados! Creio que seja melhor não criar expectativas!”

Vitória estava indignada mas manteve a postura.

“Obrigada! Espero que resolva logo, use o que for necessário, tens a minha permissão!”

Ele saiu da sala com Naberius, ao saírem e Vitória perceber estar sozinha, desmoronou em choro se ajoelhando no chão, completamente desolada.

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