capítulo 5 Leandro

Já se passaram um mês em que perdi o meu amigo Jackson, decidi dar uma pensão a Samanta para ajudá-la em tudo com a criança, dei também um dos meus apartamentos para ela viver sem ter gastos com moradia, estou a ajudar no que posso, o meu irmão aconselhou-me a investigar o acidente e em questão de tempo vou receber todo o laudo da perícia e o relatório da investigação que o meu investigador fez

estou a marcar de viajar para São Paulo no final deste mês, desde que os meus pais faleceram eu afastei-me do meu irmão, antes com eles lá eu ia todos os mêses , mas agora só os vejo duas a três vezes por ano, ou quamdo ele vem até aqui por problemas na empresa ou perdas de antes queridos como aconteceu no mês passado

Sirlene: Prince, Júlio está ligando, ele disse que não está conseguindo falar com vc

Olho o meu aparelho de celular e vejo que estava descarregado, pego o outro na gaveta e vejo que estava no silencioso, constato as chamadas do meu administrador e retorno a ligação

Ligação on

Júlio: senhor que bom que ligou

Leandro: fala Júlio, meu celular está descarregado

Júlio: senhor estou tentando falar com a veterinária, mas não estou conseguindo

Leandro: e, porque vc não foi atrás dela (Júlio)

Júlio: já mandei alguém senhor, mas não voltou ainda e está formando um tempo de chuva, acredito que ninguém vai conseguir chegar até a fazenda por conta dos alagamentos

Leandro: estou indo para i, prepara tudo que a égua vai precisar no parto eu vou ligar para minha sobrinha

chamada off

Desligo a chamada e olha para Sirlene que ria sem parar

Leandro: que foi-ta louca é

Sirlene: sério que vai fazer isso

Leandro: o que

Sirlene: um parto de um animal

Leandro: cresci vendo meus pais fazendo isso, não vou deixar uma égua que era da minha mãe morrer sem ajuda

Sirlene: quero estar lá para gravar e mostrar para todos os nossos amigos

Leandro: vc também acha-me um “playboy” mimado

Sirlene: claro que não, já convivi com vc o suficiente para saber quem é de verdade, mas nunca vi vc fazendo, o trabalho dos empregados da Fazenda

Leandro: sei fazer muita coisa além de ficar atrás de uma mesa de escritório o dia todo

Ela sorri e logo ouvimos um celular tocando, era o dela, ela atende e sai da minha sala, eu levanto-me e saio do meu escritório, ela estava no corredor falando no celular

Sirlene: Prince amanhã nos vemos, não posso ir com vc

Leandro: ok bruxinha até amanhã

saio dando risada da careta que ela fazia, ao chegar no estacionamento José já me esperava

Leandro: José pode ficar com a sua esposa, vou sozinho hoje, vou com a minha camionete, Júlio disse que as estradas vão alagar, o carro não passa, vou passar na clínica da doutora Valéria pra ver se ela pode atender a minha égua

José: certo senhor se precisar é só me ligar

Eu assinto com a cabeça e entro na minha camionete, dou partida ligando o motor, saio do estacionamento da minha empresa e sigo o caminho para clínica veterinária, em minutos parei enfrente, desci da camionete e entrei na clínica a, atendente falou-me que a doutora já iria atender-me, em poucos minutos a moça que eu pensei que nunca mais veria, chegou a até a recepção e falou para moça se tinha mais pacientes, a moça mostrou para ela que eu aguardava, ao notar a minha presença ela falou comigo

Mayla: boa tarde! senhor Azevedo

Leandro: boa tarde! senhorita, gostaria de falar com a veterinária responsável

Ela olhou para moça que mechia no computador e depois olhou para mim

Mayla: o senhor deseja falar com a Valéria

Leandro: isso

Mayla: eu estou substituindo ela nos atendimentos dela, o senhor precisa de ajuda

Leandro: vc é veterinária

Mayla: sim, senhor

Leandro: desculpa não sabiá, a senhorita poderia acompanhar-me até a minha fazenda, preciso de ajuda, uma das eguas que pertencia a minha mãe está de cria e não está conseguindo partir

Mayla: eu acompanho o senhor, mas preciso voltar mais cedo porque não posso andar a noite

Leandro: eu trago-a de volta senhorita

Ela acena e entra no consultório voltando segundos depois com uma maleta nas mãos, caminhamos até a minha camionete, abri a porta para ela entrar e caminhei para entrar do meu lado, liguei o rádio do carro para evitar conversar com a moça que visivelmente estava nervosa, dei partida, o caminho só se ouvia o som do carro, percebi que a chuva caia forte do lado de fora, ao olhar a estrada entendi o motivo de Júlio dizer que não passaria ninguém pelo alagamento, num determinado trecho encontrei um dos piões da Fazenda com a camionete atolada na lama, ofereci ajuda, mas ele disse que Júlio já chegaria com o trator para puxalo, segui para Fazenda, ao aproximar-me vi um dos empregados saindo de trator, segui direto para o estábulo, ao entrar no estábulo desci rapidamente para não me molhar muito, abri a porta para moça e ela me acompanhou entrando numa parte do estábulo onde estava a Júlio e alguns empregados da Fazenda

Júlio: senhor que bom que chegou já não sabiá mais o que fazer

Leandro: Júlio está é...

Parei de falar só aí dei conta de que não sabiá o nome da moça que estava ao meu lado

Mayla: Mayla senhor sou veterinária, a quanto tempo ela está assim

Júlio: muito prazer senhorita, desde cedo, mas agonizando a duas ou três horas

Mayla: vamos ajudar

Ela olha-me, acredito que imaginando se eu ficaria só olhando, comecei a tirar o meu terno a minha gravata, ela não desviava os olhos de mim e aquilo já estava, a fazer eu esquecer tudo a nossa volta, após retirar a gravata desabotoei a minha camisa ficando apenas com uma branca que usa por baixo da social, entreguei as peças de roupa para Júlio que foi guardar na camionete, entrei no estábulo a moça entrou logo em seguida.

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