A quem não me conhece vou apresentar-me, o meu nome é Mayla, tenho 24 anos, sou natural do Rio Grande do Sul, venho de uma família humilde, tenho dois irmãos mais velhos e um casal mais novos, sou filha do meio, o meu pai é funcionário de uma empresa de construção Civil, a minha mãe é doméstica trabalha em casas de família, a quatro anos atrás ganhei uma bolsa de estudo na Universidade Federal de Santa Maria, onde pude realizar o meu sonho de se tornar uma veterinária, após concluir os meus estudos comecei a fazer estágio na clínica veterinária que pertencia a uma amiga que fiz na Universidade, tínhamos muitos atendimentos onde a maioria era particular, mas nosso sonho manteve-se em atender os animais de pessoas de baixa renda
Fazia meses que íamos de fazendas a pequenas propriedades, com o dinheiro que eu ganhava ajudava nas despesas de casa
Ligação on
Mayla: oi Bento
Bento: Mayla
Mayla: porque está com essa vós de choro
Bento: o papai Mayla
Mayla: o que tem o papai
Bento: ele está no hospital regional
nem esperei o meu irmão dizer mais nada, levantei-me da minha cadeira, de longe vi Valéria vindo até mim, apenas avisei ela que tinha que sair, ela concordou sem questionar, ao sair na rua chamei do outro lado da calçada um amigo moto táxi que aceitou na hora a corrida, peguei com ele o capacete e montei na garupa, o trajeto foi rápido não era um horário de grande movimento, e contava com a clínica que não era tão longe, ao descer paguei ele, e caminhei até a entrada do hospital, como era um hospital público a minha família estava na entrada não poderíamos entrar, pela norma do hospital a sala de espera seria o nosso local onde aguardamos notícias
Abraçei a minha mãe que chorava desesperada, se juntou ao nosso abraço os meus irmãos mais velhos e as minhas cunhadas, não tínhamos palavras para falar, no momento só queríamos que tudo que estávamos sentindo terminasse,
As horas naquelas cadeiras pareciam parar, não havia notícias tudo que sabíamos era que o meu pai estáva entre a vida e a morte, não percebi quando já estava escurecendo só soube quando já estava cansada de ouvir o choro da minha mãe, então sai do hospital para tomar um pouco de ar, constatei as luzes dos postes se acendendo a mostrar que já se aproximava a noite, mas algo me chamou a atenção, uma moça estáva desesperada chorando na entrada do hospital, ela abraçava um rapaz e dizia-lhe que não era para ele ter a deixado, imaginei que ela perdeu um familiar, imaginei como seria a minha reação se o meu pai me deixasse, com lágrimas que desciam no meu rosto não consegui me controlar, senti um abraço forte e a vós do meu irmão
Francisco: ei May, papai vai ficar bem, vem vamos entrar, vc não pode ficar sozinha
Concordei com ele sem dizer uma palavra caminhamos até a recepção do hospital, ao nos aproximar da minha mãe notamos que ela olhava para um corredor onde saía alguns médicos, eles que caminharam até nós
Médico: parentes de Francisco Goulart
minha mãe apresentou-se a ele como esposa, e ele começou a falar
Médico: o quadro do paciente é estável, devido ao derrame cerebral o paciente perdeu os movimentos dos membros do lado esquerdo, tivemos que fazer uma cirurgia de emergência para uma drenagem de fluido que se acumulou no celebro do paciente, tivemos que tratar as lesões ocasionadas pela queda, vamos manter ele sedado pelas próximas vinte e quatro horas, faremos a diminuição da sedação caso o paciente esteja em condição melhores, sinto dizer que mesmo instável a riscos do paciente sofrer uma parada cardíaca, ou entrar em coma, ele foi encaminhado para UTI aonde vamos monitorar a evolução do quadro
Rebeca: mas ele vai ficar bem doutor meu marido vai ficar bem
Médicos: faremos tudo que estiver ao nosso alcance: mas se acreditam em Deus peça a ele, pois só um milagre para salvar o seu esposo, eu sinto muito
Bento: doutor podemos ver o nosso pai
Médico: infelizmente não, mas se tudo correr bem amanhã eu libero a entrada de vcs para vê-lo
Agradecemos o médico e ele saiu, vi entrar no hospital a moça que estava chorando do lado de fora e o rapaz que ainda a apoiava, ela sentou-se próximo a nós e o rapaz saiu a deixando sozinha, fiquei a olhar para ela até que o rapaz voltou com um copo de água e entregou para ela, a minha mãe pediu que os meus irmãos fossem embora, que ela iria ficar esperando notícia, o meu irmão mais velho, recusou-se disse que ele ficaria com o nosso pai, que passaria a noite esperando por notícias, Bento convenceu a nossa mãe de ir embora, pois ainda tinha os, casulas para consolar, eu aconpanhei a minha mãe, mas antes de sair do hospital queria trocar uma palavra com a moça, eu estava preocupada a moça estava sofrendo, aproximei-me o rapaz olhou-me com um olhar de indiferença, percebi ser de classe alta, talvez um playboy metido, agachei-me de frente para moça e ela ficou-me olhando eu abri os braços e ela abraçou-me talvez ela queria isso, em silêncio fiquei a ouvir ela chorar e todos nós olhavam, foi aí que após se acalmar, ela falou-me que perdeu o marido num acidente de trânsito, a história mais uma vez se repetia um casal recém, casados, separados por uma tragédia, entendi que o rapaz que estava com ela era um amigo do marido dela, antes de ir embora vi se aproximar outra moça que entrou em desespero no hospital e juntou-se a outra num abraço, despedi-me dela desejando as minhas condolências e ela desejando melhoras ao meu pai, entrei no carro do meu irmão, e seguimos pra casa, as minhas cunhadas e os meus irmãos ainda moravam na nossa casa, foi um pedido do nosso pai, ele queria a casa cheia queria acompanhar o crescimento dos netos,
Ao chegar em casa minha mãe foi consolar os meus irmãos mais novos, e explicar tudo que acontecia a minha avó que chorava preocupada com o genro.
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Atualizado até capítulo 39
Comments
Fatima Maria
EU SEI O QUE É ISTO. PASSEI COM MEU PAI É UMA DOR QUE DOIA A ALMA. MAIS É A VIDA.
2025-04-02
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