capítulo 12 Mayla

Sigo direto para cozinha onde sabia que a minha mãe estava

Mayla: mãe posso falar com a senhora

ela concorda eu olho para todos os lados pra ver se havia alguém por perto

Mayla: mãe eu vou embora

ela me olha com uma cara de assustada e começa a chorar

Rebeca: vai para onde filha

Mayla: vou aceitar a proposta da Valéria

Rebeca: mas filha...

Mayla: eu preciso mãe, não vou suportar olhar para ele, mãe...

Rebeca: fica filha vamos enfrentar isso juntos, se ele não quer o bebê não vamos procurar ele, eu te ajudo a criar o bebê, vc pode trabalhar numa clínica nova…

Mayla: já decidi mãe, obrigado por apoiar-me, por querer ajudar com o bebê

Rebeca: promete que vai ligar-me diariamente, que não vai deixar de falar-me do meu netinho

Ela pergunta com lágrimas nos olhos, eu concordo ela abraça-me apertado e mais uma vez faz carinho na minha barriga, segurei as lágrimas para chegar no meu pai, ele estava sentado ao lado do meu irmão na varanda de casa, eles olhavam pro segurança que estava plantado ao lado do nosso portão

aproximo-me do meu pai, e comecei a falar com calma sobre a minha partida, o meu pai entendeu mesmo emocionado ele abraçou-me, e desejou felicidades na minha jornada, a mesma coisa foi meu irmão Bento que me abraçou me deixando ainda mais emocionada, após me despedir deles, fui até a minha avó, outro momento de muita emoção, segui pro quarto dos meus irmãos, casulas foi difícil consolar eles, prometi milhares de vez que viria vê-los, fui até o quarto do meu irmão mais velho que cuidava da minha sobrinha enquanto a minha cunhada amamentava o meu sobrinho, deu um beijo nas crianças e expliquei aos dois adultos a minha decisão

O meu irmão ficou muito bravo porque ele não queria que eu fosse, após a minha cunhada explicar que não era para sempre ele entendeu e fez-me chorar muito com um pequeno discurso de irmão mais velho, volto pro meu quarto a minha cunhada Débora ainda estava lá, peço para ela despistar o segurança e despeço-me dela com um abraço, mandei mensagem para Valéria pedindo para ela encontrar-me em outro local, não posso esperar até a tarde, ela concorda e quando a minha cunhada avisa que o segurança estava distraído saio do quarto passo pela cozinha sobre o olhar da minha mãe que chorava sem dizer nada, sigo pelo jardim até o portão que dava na casa dos vizinho que era muito amigo da minha família, cumprimento ele e sigo até a frente da casa, ele oferece-me carona sem perguntar nada e eu aceito, ele já fizera isso antes, ele é como um avô pra nós, ele e a esposa cuidava de nós quando a minha mãe tinha que sair

Falo para ele que iria na cafeteria próximo à clínica e ele deixa-me lá, despeço-me dele e entro com as minhas malas, as pessoas ficavam-me olhando aproximei-me do balcão e a Cleide veio conversar comigo

Cleide: vai viajar menina

Mayla: vou sim, Cleide

Cleide: soube da decisão de vcs de fechar a clínica fiquei muito triste, sabe que só vcs fazia o trabalho com animais abandonados e baixa renda né

Mayla: eu sei Cleide fico triste pelas pessoas que não tem condições de levar em muitos veterinários ai que cobram um absurdo por uma consulta

Cleide: vai fazer falta para a nossa cidade

Mayla: quem sabe um dia voltamos não é

Passei uma boa parte da manhã conversando com Cleide, ela é dona da cafetaria, fizemos amizade após começar a trabalhar na clínica, comi com ela uma salada colorida que ela disse que me faria bem e eu não sentiria tanta náusea, após alimentar-me Valéria chega toda animada, me chamando pra irmos

um dos motivos que eu quis sair mais cedo era para não dar tempo do Leandro chegar até a cidade, outro motivo era que eu não gosto de viajar a noite, durante o caminho eu contei para Valéria quem era o pai do meu bebê, ela ficou muito brava e xingou muito o Leandro, ela só se acalmou após eu chorar, me sentindo usada por ele, sentia-me tão mal acreditei nele entreguei-me a ele, e ele simplesmente usou-me

Usamos um avião fretado, ao sentar na poltrona senti-me péssima estava levando comigo um pedacinho do meu amor, estava a deixar para trás a minha vida, a minha família, até o último segundo pensei em desistir, mas lembrei do meu filho, não suportaria se Leandro renegace o nosso filho, e pior pensar que tudo foi planejado

Valéria: miga vc está bem

Mayla: sim, só estava pensando

Valéria: vamos deitar a viagem vai ser longa é bom vc dormir um pouco

só assim percebi estarmos no ar, fomos para o quarto que tinha no jato, deitamos juntas nem sabia que estava tão cansada, apaguei rápido cai num sono profundo

Acordei com Val me chamando para se sentar na poltrona porque íamos descer, assim fizemos, após o avião aterrissar e taxiar na pista, nós desembarcamos, entramos num carro que estava nos esperando Val falou que se tratava do motorista dos avós dela, ele nos levaria até a fazenda deles, já estava a escurecer assim que chegamos Val apresentou-me a todos, eles foram muito receptivos, receberam-me com tanto amor e carinho senti-me em casa, Val mostrou-me o quarto que seria o meu eu fui tomar um banho e Val foi pro quarto dela, após o banho eu desci para sala e esperamos Val para jantar, após ela descer fomos para mesa, eu não consegui comer muito, optei em comer somente as saladas, após o jantar ficamos um tempo conversando com os avós da Val que ficaram empolgados com a chegada do meu filho, eles já me tratavam como neta e o bebê como bisneto

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