Carol chegou no portão e se despediu das meninas entrando em casa, quando abriu a porta da sala viu o vaso de planta preferido da sua mãe quebrado no chão e algumas almofadas do sofá jogadas pela sala, seu pai estava sentado no sofá de cabeça baixa, Carol sentiu um mal estar de repente e foi até o pai se sentando ao seu lado.
- Pai o que houve, você não iria viajar hoje?. Carol pergunta ainda olhando o estado da sala.
- Sim, eu estava pronto para sair mas sua mãe resolveu surtar e brigamos feio. Carlos diz levantando a cabeça e olhando para a filha.
- Não acredito nisso. Carol fala sem acreditar.
- Tem mais uma coisa filha. Carlos fala se virando para a filha e colocando uma mão no seu ombro.
- Eu e sua mãe vamos nos separar,não dar mais para continuar do jeito que está. Carlos fala e Carol se levanta.
- Não pai... Me diz que isso não é verdade?. Carol pergunta com os olhos cheio de lágrimas.
- Sinto muito que as coisas tenham que ser assim meu amor, mas essas brigas e desconfiança já ultrapassaram todos os limites. Carlos diz.
- Preciso de um tempo longe de tudo isso. Carol fala saindo novamente pela porta e deixando o pai gritando por ela.
Enquanto caminha apressadamente pela calçada Carol deixa que as lágrimas desçam pela seu rosto, ela andar por um tempo sem direção e quando se dar conta está em frente a casa de Bernardo, ela aperta a campahia e ele aparece na sacada.
- Amoreca o que faz aqui?. Bernardo perguntou e Carol apenas cruzou os braços limpando o rosto.
Bernardo entrou para dentro e não demorou muito para ele surgir no portão o abrindo, Carol corre para seus braços e ele fica sem entender nada, apenas retribuir o abraço então ela começa a chorar, ele fecha o portão e os dois sobem se sentando no sofá da sala.
- O que houve Amoreca está me deixando assustado. Bernardo diz enquanto tira alguns fios de cabelo que ficaram colados no rosto de Carol.
- Meus pais beh eles decidiram se separar,eles tiveram uma briga feia. Carol fala e Bernardo a abraça de lado.
- Não fica assim, seus pais são adultos e sabem o que fazem. Bernardo fala acariciando o ombro de Carol.
- Eu sei disso só que porr* eles não pensaram em como isso me afetaria. Carol fala se levantando e passando a mão na cabeça.
- Continuar do jeito que eles estavam também é complicado, você me disse que eles brigavam todos os dias. Bernardo fala indo até a cozinha que era separada por um balcão e pegando água na geladeira.
- Só que pra mim casamento é uma coisa pra vida inteira sabe, se eu me casar algum dia vai ser pra sempre. Carol fala se sentando e pegando o copo com água que Bernardo havia trazido.
- Sabe que não temos controle sobre isso né, por mais que seja a nossa vontade, seus pais podem ter se amado de verdade mas acredito que com o tempo e todos os problemas esse amor foi se desgastando ou caindo na rotina e eles não perceberam. Bernardo diz pegando o celular que estava tocando no bolso do short.
- Alô! Carlos. Bernardo fala e Carol pode ouvir o pai do outro lado da linha.
- A Carol chegou bem aí?. Carlos pergunta.
- Ela está aqui. Bernardo responde olhando para a amiga.
- Cuida bem da minha menina e juízo hein rapaz. Carlos fala.
- Pode deixar Carlos até mais. Bernardo diz e desligar o celular em seguida.
- Seu pai está preocupado. Bernardo fala.
- Eu precisava sair ou surtaria. Carol disse indo colocar o copo na pia.
- Eu estou aqui e vou te ajudar a passar por esse processo, sei que vai ser bem difícil no início mas você vai conseguir. Bernardo disse dando força para Carol.
- Não sei o que seria da minha vida sem você. Carol fala deitando sua cabeça no ombro de Bernardo.
Eles escutam o portão ser aberto e passos subindo a escada, seu tio logo entra pela porta cumprimentando Carol.
- Estou de olho hein.O tio de Bernardo diz guardando algo na geladeira.
- Até você tio. Bernardo fala sem acreditar.
Bernardo não gostava quando os pais de Carol ou até mesmo seu tio faziam comentários que davam a entender que ele e Carol estavam ficando ou iriam fazer algo do tipo, pois para ele Carol era como uma irmã mais nova que ele amava demais, seu instinto era sempre proteger e cuidar dela, nada além disso.
- Trouxe lasanha, eu vou tomar um banho mas podem comer a vontade. O tio de Bernardo disse entrando em uma porta.
- Quer lasanha?. Bernardo pergunta se levantando.
- Estou sem um pingo de fome beh. Carol fala olhando ele na cozinha.
- Come só um pouco e eu prometo te deixar em paz. Bernardo fala e Carol se levanta do sofá indo se sentar na banqueta apoiando os braços no balcão.
Bernardo serviu dois pratos e pegou refrigerante na geladeira indo se sentar ao lado de Carol, os dois comeram e Carol foi lavar os pratos para distrair sua mente, seu tio também jantou e voltou para o quarto.
- O tio André parece bem cansado. Carol comentar quando os dois ficam a sós.
- Muito trabalho e correria com as reformas. Bernardo fala prestando atenção na série que passava na televisão.
- E sua ficante como vocês estão. Carol pergunta curiosa.
- Ela voltou para a cidade dela mas a gente ainda se fala por mensagem as vezes. Bernardo fala se ajeitando no sofá.
- Quer dizer que o caminho está livre para a Laura?. Carol pergunta e Bernardo se vira para ela.
- Não, nem comenta com ela que não estou ficando com ninguém. Bernardo fala apertando o nariz de Carol que dá um tapa em sua mão.
- Nem acredito que amanhã tenho que voltar pra casa e encarar a realidade. Carol diz ficando cabisbaixa novamente.
- Quanto mais cedo superar vai ser melhor. Bernardo fala e Carol deita a cabeça em seu colo.
- Tem razão, obrigada por cuidar tão bem de mim. Carol fala e Bernardo começa a fazer carinho em seu cabelo.
- Você é minha amoreca esqueceu. Bernardo diz e Carol abre um sorriso.
Os dois ficam até tarde na sala vendo série e Carol acaba dormindo, Bernardo se levantar com cuidado e pega ela no colo a levando para seu quarto, ele ligar o ar e cobre Carol com uma coberta, em seguida pegar um travesseiro e vai para a sala apagando as luzes e se deitando no sofá.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 51
Comments