DOIDO

Victor

Depois que a mulher foi embora da praia aquele lugar perdeu a graça. Vou para o meu carro e dirijo de volta para casa. Durante todo o percurso me pego pensando na jovem. Jovem é um nome delicado que estou utilizado. Na verdade deveria chamar ela de doida. Pois só uma doida sairia naquele tempo sozinha e ficaria desfilando praticamente nua na praia deserta. Para uma mulher e muito perigoso, já para homem nem tanto. Ela podia ter sido assaltada, abusa, estupr@da e morta.

Mas o que eu quero mesmo pensar nisso? Nunca me importei com ninguém, não e agora que vou me importar. Deixa os doidos se entenderem com os doidos. Chego em casa e vou direto para o chuveiro, tomo um banho quente.

Mas do nada vem a cena da doida da praia na minha mente. Aquele vestido molhado modelando as curvas de seu o corpo violão não me sai do pensamento. Meu amigo aqui já ficou duro e está doendo de tanto latejar. Tenho que me aliviar. Não gosto de fazer isso, existem profissionais para isso, mas não vou conseguir esperar uma delas chegar. Não consigo mais me conter e goz@ pensando nela. Depois disso penso que já acabou, mas não. Quando fecho os meus olhos lá está ela de novo.

Saio só banheiro e visto uma calça moleton. Vou pra cozinha fazer um lanche. Ao abrir a geladeira eu vejo uma pera e novamente a doida da praia me vem a cabeça. Essa mulher já tá me deixando doido. Ela me persegue onde quer que eu vá e em qualquer ambiente dessa casa. Meu amigo não dá trégua Ligo para uma profissional que sabe muito bem me satisfazer. Eu a aguardo na sala e quando a mulher chega já vai tirando a roupa. Penso comigo que ela vai me fazer esquecer a doida da praia.

Me engano completamente. Não consigo me concentrar e parar de pensar. Acabo me endurecendo e mando a mulher embora. Pego um whisky e encho o copo generosamente. Fico ali por horas bebendo para esquecer. O que deu em mim? Eu nunca fiquei assim. Preciso fazer algo. Preciso ver a doida novamente.

Ligo para um funcionário e mando ele puxar a placa do carro da doida da praia. Dou o número pra ele SIM 01010101 como hoje estou sem paciência dou apenas 12 horas para ele me dar toda e qualquer informação sobre aquela placa. Digo logo que se ele não conseguir que nem apareça mais na empresa. Pois ele estará demitido. Quero descobrir onde a doida mora. Acho que estou ficando doido também, doido que nem ela. Se for mesmo isso pelo menos vamos no encontrar no hospício.

Bebo tanto que já não consigo nem mais andar direito. Mas apesar do álcool já ter feito efeito a doida está lá em meus pensamentos. Me jogo na cama e durmo do jeito que cai.

No dia seguinte acordo cedo com uma enorme ressaca. Me levanto da cama já massageando minhas têmporas. E vou para o banheiro fazer minha higiene. Não estou de bom humor, mas por que digo isso ? Na verdade eu nem sei o que e isso. Estou ansioso quero saber se meu funcionário cumpriu minhas ordens, se conseguiu informações daquela jovem.

Não entendo o que há comigo. Nunca fiquei assim tão ancioso por algo. Desço e nem tomo café da manhã. Deixo minha empregada no vácuo, parada ao lado da mesa posta. Vou até meu carro onde o meu motorista já me espera. Eu entro já pedido para ele dirigir depressa, quero chegar o mais rápido possível em meu escritório. Não vou me enganar, não quero trabalhar. Quero notícias da doida da praia.

Assim que chego no meu edifício empresarial entro altivo caminhando com passos firmes. Por onde ando as pessoas param, abaixam a cabeça com medo de me olhar e saem do meu caminho. Eu não as comprimento e elas também não. Não gosto e nem suporto bajuladores quero apenas ter trabalhadores. Sem conversas e sem aliados quero somente ver resultados . Todos sabem que eu não gosto de aproximação. E quando entro no elevador ninguém mais pode entrar.

Gosto de estar e ficar sozinho. Não gosto de falar. Prefiro a solidão do que ter que aturar a falsidade e bajulação.

Assim que entro em minha sala já ligo para o meu funcionário, cobro a tarefa que lhe repassei. Minutos depois ele envia um e-mail. com todas as informações que pedi. Visualizo então as informações sem demora. Leio tudo minuciosamente.

Me deparo com uma inconsistência. Dados de homem e não de uma mulher. O carro pertence a um homem Chamado Sebastião de 55 anos. Que mora em um bairro de classe média baixa. No arquivo fala que ele não é casado e que é autônomo. Dono de uma floricultura.

Fico ali analisando e pensando. Será que a doida roubou o carro? Ou ela pediu emprestado? A doida pode filha dele? Percebo que só há uma maneira de descobrir. Fecho meu notebook com raiva e me levanto depressa. Mal cheguei em meu escritório e já saio. Vejo meus funcionários se espanta tem com minha atitude, pois durante todos esses anos nessa empresa sempre cheguei cedo e sai tarde. Nunca abandonei meu trabalho no horário de expediente e talvez por isso me tornei tão exigente. Vou até ao meu carro e ordeno para que o meu motorista vá ao endereço do dono do carro.

Peço para o meu motorista não se aproximar da casa e fico ali dentro parado observando de longe o local.

Vejo uma casa simples e modesta, com portões de grades. Percebo que ali fora está parado um carro, o mesmo veículo que a doida dirigiu. Olho para o meu relógio que marca 8:30 da manhã e solto o ar pela boca. Olha o que essa doida me fez eu fazer.

Estou imerso em meus pensamentos, pensando o quanto estou ferr@do. Perdendo tempo e dinheiro. Me condeno mentalmente quando De repente a doida aparece. Eu que estava sentado todo desengonçado no banho de trás do carro ajeito minha postura.

Vejo a doida sai da casa saltitante. Será que ela não sabe caminhar e só sabe pular ? Abaixo um pouco o vidro da janela do carro para a ver melhor. Nesse momento sinto o ar falta em meus pulmões. Minha garganta fica seca. Eu não sei o que está acontecendo comigo e nem quero saber. Deve ser alguma doença, mas não ligo. Só quero e preciso me aproximar mais dela, mas ão sei como. Vejo o homem de 55 anos a gritar da porta se casa.

-ADELE! ADELE! - Grita o pai chamando a filha no portão de casa.

Adele! Esse e o nome da doida. Lindo nome. Ela s aproxima do homem. Percebo ele falar algo e ela concordar com a cabeça. Ele a beija na testa e ela o beija na mão.

Penso que eles devem ser pai e filha. A doida entra no carro. E sim é o mesmo veículo do dia anterior. Ela faz a manobra e sai de casa dirigindo.

-SIGA AQUELE VEÍCULO!- Ordeno ao meu motorista.

Minutos depois já estamos em um centro comercial. Vejo carro entrar em um estacionamento.

- PARE! - Digo com tom ácido na voz.

Em seguida ela sai do local e atravessa a rua. Com o olhar sigo os seus movimentos de longe. A doida caminha aos pulos e cumprimenta a todos que vê na rua.

-Bom dia! Bom dia!- Adele fala sorridente

Adele abre sozinha uma porta de ferro e coloca um cavalete para fora. Ela coloca várias plantas expostas. Vejo então que ali é a floricultura do tal Sebastião, que deve ser o pai dela e que ela está trabalhando.

Agora não sei o que fazer para me aproximar. Como vou entrar lá? O que vou falar? Que desculpa vou dar? Se ela trabalha- se em um restaurante bastava entrar, pedir um café e ficar lá até a hora que eu quiser. Mas uma floricultura ?! O que um homem como eu poderia fazer em uma floricultura?

Minha cabeça dá voltas e voltas fórmula do e planejando algo. A minha vontade é de descer do carro e ir até lá. E é isso o que faço. Não sei o que dizer e nem o que fazer. Mais vou, a doida me passou a sua loucura e me deixou doido também.

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Comments

Enia Oliveira

Enia Oliveira

🤣🤣🤣🤣🤣

2025-03-05

0

Denise Romeu

Denise Romeu

kkkkkkkkkkkkk

2024-11-27

0

Luiz Guilherme

Luiz Guilherme

kkkkkkkkkkkkkkkk

2024-11-05

0

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