Capítulo 09

O meu corpo está dolorido, eu só consigo chorar de dor e de tristeza, queria ter uma vida normal, uma família.

Fui tomar um banho para lavar o sangue e não conseguir, quando a água do chuveiro caia sobre o meu corpo, doía, ardia muito. Então saio do banho e vou deitar na casa e assim consigo pegar no sono.

Pai — Acorde sua inútil, por sua causa perdemos a herança dos Salles, estava tudo planejado. Íamos vender-te para o Paulo Salles por uma boa quantia, depois você se casaria com ele e quando ele morresse você seria a única e legítima herdeira de toda a sua fortuna e como você é de menor toda a herança seria minha.

Mel – Não encosta em mim.

Pai – Seu noivo faleceu essa noite sua burra, se não tivesse fugido ontem, hoje seriamos os mais ricos do mundo.

Ele fala dando um tapa em meu rosto, em seguida me puxa pelos cabelos e joga-me no chão.

Pai – Esse é meu lugar, no chão sua imunda.

Vira as costas e sai do quarto, trancando a porta novamente me deixando presa, com dor e com fome.

Os dias se passam e continuo presa no quarto, estou-me sentindo fraca, não tenho-me alimentado, o machucados no meu corpo estão bem inflamados e doendo, não vou aguentar por muito tempo.

Marta – Minha menina trouxe comida e remédio para você, mas coma rápido, antes dos seus pais chegarem.

Tomo o remédio e começo a comer rápido, bebo bastante água e sinto-me satisfeita.

Mel – Obrigada Marta, você é um anjo em minha vida.

Marta – Não precisa agradecer meu amor, você ia morrer se não se alimenta-se, está tão fraca. Vou deixar aqui essas frutas, água, remédios e bolachas, escondam dentro do seu guarda-roupa e não deixe seus pais verem, quando estiver com fome se alimente, sei que é pouco mas antes o pouco do quer nada. Agora preciso ir, se cuida!

Mel – Marta, te amo!

Marta – Também te amo, minha bonequinha!

Ela sai, trancando novamente a porta, aproveito que estou presar no quarto então resolvo começar a escrever, escrevo como está sendo minha vida nesses últimos anos e por ainda está fraca acabo a dormir.

Quando acordo já é de manhã, então percebo que hoje completa 5 dias que estou aqui, queria tanto voltar a ir à escola, andar na floresta, ver as rosas, as borboletas, os pássaros, sentir o vento no meu rosto, ver o Alan, como eu o queria aqui, ele não imagina o tanto que o amo.

Mãe – Você esta viva, mas como? 5 dias sem água e comida e você está de pé.

Mel – Eu quero sair daqui, preciso de água.

Mãe – Pode sair, já que não morreu, quero você viva para um novo casamento.

Sair do quarto e a deixei a conversar sozinha, fui para cozinha, precisava de água e alimento. Logo após de alimentar-me fui molhar as minhas rosas-amarelas que estavam murchas.

Mel — Como sentir a vossa falta belas rosas, de sentir seu perfume. Não precisa ficar tristes, agora estou bem, vim cuidar de vocês.

Fico no jardim o resto do dia, quando a noite chegar, subo para o quarto, tomo um banho e vou jantar, logo após leio um livro e vou dormir.

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