Chego em casa e vou para o jardim, estava a precisar ter um contato com a natureza e ver as belas rosas-amarelas, fico a admirar as borboletas e como são livres. Começo a pensar em várias coisas aleatórias então lembro do rapaz que conhece há dias atrás, ele parece ser bem legal.
Perco-me nos pensamentos e escuto os meus pais conversar, aproximo-me da porta e percebo que eles falam de mim, fiquei em silêncio para ouvir do que se tratava.
Mãe — Melissa, Mel, Mel, ela nem imagina a raiva que sinto, por causa dela perdi tantas oportunidades no mundo da moda, lembro como se fosse hoje, eu estava grávida da Panela e fui capa das revistas com aquele barrigão, então surgiu um contrato, onde eu viajaria o mundo. Porém, por um descuido descubro está gravida novamente e a agência não me queria, mas como a sua modelo.
Pai – Meu amor não diga isso, pois também é culpada, até hoje não consigo sentir amor por aquela praga, eu falava-te para você se prevenir que um bebê estragaria tudo, e o que fez, colocou aquela coisa no mundo.
Mel – Meus pais porque os senhores sentem tanta raiva de mim?
Mãe – Porque não queríamos que tivesse nascido, tomei remédio na gravidez para perde-la, quando comecei a sentir as dores para lhe ter não fui para o hospital, tive-lhe aqui nesse chão, queria que não resistisse e morresse, mais pensa numa praga resistente foi você. E não vem da de filha sentimental não, vá para seu quarto, tá de castigo.
Saio correndo para meu quarto e me tranco, fico a chorar, as lágrimas escorriam o meu rosto, a minha cabeça estava para explodir. Eu apenas um bebê, não tinha nem conhecido o mundo ainda, mas confesso foi bom eu saber da verdade porque só assim entendo o porquê de tanta raiva. Fiquei trancada no quarto a noite toda, no dia seguinte vou para a escola.
Professora – Melissa o que aconteceu? Porque estar tão triste?
Mel – Estou bem! Não aconteceu nada, obrigada por perguntar!
Professora – Eu sei que você não está bem, os seus olhos estão cansados de chorar, o seu semblante esta triste. O que aconteceu Mel?
Mel – Não aconteceu nada, já falei a senhora!
Professora – Se quiser conversar, estou aqui!
Mel – Obrigada!
A aula começa e eu tentando segurar as lágrimas que insistem a rolar o meu rosto, me retiro da sala e vou em direção ao banheiro, onde encontro a diretora que vem-me questionar o porque não estou na sala de aula, não o dou atenção e corro para o banheiro, tranco-me e começo a chorar em silêncio para que ninguém me escute. Fico no banheiro até o sinal tocar e vou direto para casa, passo a tarde no jardim olhando as rosas e chorando por não ter uma família que me ame, e por não ter nenhuma amiga para eu confiar em contar tudo que me acontece, ao anoitecer vou para o quarto tentar dormir, mas as minhas lágrimas têm sido meu alimento de dia e de noite, ajoelho-me e converso com Deus e assim acabo a dormir.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Maria Rosália Mery
muito bem têm que pedir a Deus mesmo pra dar força
2024-01-05
2
Maria Campos
por ser a primeira de muitas, está indo muito bem.
o português é bom , concordância e idéias bem concatenadas.
2024-01-04
2
SOUZA.S.S
Por ser minha primeira obra surge várias dúvidas, então aceito comentários e dicas que venha melhor a história.
2023-12-28
1