Convite inesperado para jantar

O dia passou tranquilo fora aquele pequeno incidente com o Sr gostosão da casa a frente.Elena estava terminando de guardar as compras que havia  feito online,quando a campainha da sua casa toca,para a surpresa era o assistente do seu vizinho da frente.

“Pois não?”.

“Perdão,mas meu mestre pediu para convidá-la para um jantar esta noite”.

“Seu mestre?”,perguntou com a testa franzida desconfiada.

“Uma forma de pedir desculpa pelo ocorrido nesta manhã”.

“Não acho que seja necessário,as desculpas estão aceitas”.

“Sr Rocco é um pouco difícil,mas é um bom homem”,Rules defendeu seu patrão,pois conhecia bem seu temperamento.

“Esse homem bom me chamou de prostituta”,Elena lembrou ao homem à sua frente.

“Acredito que a sra queria conversar sobre o festival  cancelado,o senhor está disposto a ouvir seus argumentos”,o assistente usou o festival para fazê-la aceitar o convite.

"Combinado somente por causa do festival”,odiaria ver o sorriso de vitória de Susy caso não conseguisse fazê-lo mudar de ideia.

"Às 21h seria conveniente para a senhora?", embora um pouco tarde, Elena concordou. O homem atravessou a rua a passos largos e entrou no imponente casarão.

"Você ouviu isso, Bella?", a gata miou em resposta, como se tivesse compreendido sua dona. Estava quase na hora de se dirigir à casa do vizinho. Olhou uma vez mais no espelho, desejando transmitir uma impressão apropriada. Optou por um vestido florido e deixou os cabelos soltos. Partiu em direção ao casarão e, antes mesmo de tocar a campainha, a porta se abriu.

"Por favor, entre, Sra. Elena", solicitou Rules.

"Pode me chamar de Elena", pediu, sorrindo.

“Está bem,me lembrarei disso no futuro. Por aqui o mestre a espera”,foi conduzida para sala de jantar”.

"Fico contente que tenha aceitado o meu convite. Por favor, tome assento",disse, gentilmente puxando a cadeira para ela.

"Obrigada." Elena o observou sentar à sua frente. Vestia calças pretas e uma camisa social da mesma cor, com os cabelos perfeitamente alinhados. Não tinha como negar que era um homem bonito.

"O prefeito pediu que intervíssemos no festival?", Rocco foi direto ao assunto.

"O evento atrai muitos turistas para a cidade. Este ano, estávamos empolgados com a possibilidade de usar o terreno ao lado."

"Entendi”,disse.Rules adentrou a sala para servir o jantar e se retirou.

"Fui encarregada de tentar mudar sua opinião", disse Elena, experimentando o saboroso macarrão.

"Como pretende fazer isso? Suponho que não  vai ser da mesma forma que faz com o prefeito", falou. Fazendo com que o encarasse séria.

"Minha vida pessoal não é da sua conta",  respondeu, repousando o garfo no prato e cerrando os punhos.

"Na verdade, não me interessa. Foi apenas uma observação."

"Seria muito benéfico para a cidade manter o festival”,disse esperando que o fizesse entender

“Acontecer é que não gosto de barulhos”.

“Reconsidere caso contrário, todos teremos muitos  prejuízos.Além do mais seria uma forma de ajudar a cidade já que sua família  planeja remover a vinícola e as fábricas daqui", disse, determinada.

"Desconheço essas informações, Elena." Rocco a chamou pelo nome, o que causou um certo incômodo ao ouvir seu nome na boca dele.

"Desconhece? Um representante de sua família veio com potenciais compradores."

"Entendo, mas quero deixar claro que isso não vai acontecer. Mas voltando ao festival, o que ganharia com isso?"Rocco a observava enquanto comia, e o perfume de rosas que emanava dela chegava até seu nariz.

"É uma questão de política de boa vizinhança. As pessoas acreditam que esta casa é assombrada, amaldiçoada."

"Acredita em tais coisas?"

"Talvez, mas o que o senhor gostaria em troca para permitir o festival?"

"Que tipo de criaturas sobrenaturais aprecia?" Rocco piscou, confundindo-a com sua pergunta.

"Bruxas, fadas e lobisomens", disse, olhando o cão que acabara de entrar na sala e sentou-se ao lado de Rocco.Sentiu um certo incômodo lembrou do que a mulher havia dito hoje mais cedo.

"Lobisomens não me agradam muito, são muito temperamentais. Prefiro os vampiros, não concorda?"

"Senhor Rocco, estou aqui para discutir o evento, não para debater sobre criaturas da noite", disse Elena, deixando os talheres no prato, demonstrando satisfação.

"Está bem, quero uma noite com você. Afinal, não deve ser um problema, considerando seu envolvimento com um homem comprometido", declarou Rocco.

Na cozinha, o assistente, que havia escutado toda a conversa, engasgou com a comida ao ouvir a proposta de seu mestre, deixando a moça constrangida com a situação.

Elena manteve a calma diante da proposta de Rocco, mantendo a sua atenção no tópico que a trouxe ali o festival.

"Senhor Rocco, como mencionei anteriormente, estamos aqui para discutir o festival e seu impacto positivo na cidade. Devo ressaltar que minha vida pessoal não é relevante para esta conversa."

Rocco percebeu a irritação em sua voz, mas insistiu na proposta, notando que apreciava vê-la um pouco perturbada.

"Compreendo, Elena. O evento é, sem dúvida, fundamental para nossa cidade. Veja isso como uma noite que beneficia a todos, nada mais."

"Isso só pode ser uma brincadeira. Não estou à venda, senhor Rocco. Se deseja fazer uma proposta, procure qualquer outra pessoa neste lugar, mas não eu", disse levantando-se com raiva.

"Estou fazendo a proposta porque, na minha visão, se uma mulher se envolver com um homem comprometido não lhe coloca em posição diferente", retorquiu Rocco, levantando-se. Tomada pela raiva, pegou a taça de vinho e a atirou em seu rosto, antes de sair da sala e bater a porta com força.

Enquanto isso, o assistente, ainda perplexo com a situação, continuava a observar de longe, mantendo-se discretamente ocupado na cozinha.

Elena atravessou a rua com tanta raiva que poderia jurar que faria algo impulsivo, entrou em sua casa e bateu a porta com força. Sua gata, Bella, miou, olhando para ela.

"Acredita, Bella, que aquele idiota sugeriu que eu dormisse com ele em troca do festival?", desabafou Elena. O animal miou e pulou da mesa, indo até Elena e esfregando-se nela, como se quisesse conforta.

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