De volta no bosque o confronto

Rocco correu por entre as árvores seguido por morte,podia sentir o cheiro de cachorro molhado,ainda estava na floresta podia sentir seu cheiro inconfundível aumentou sua velocidade o alcançando na clareira.

“O que faz aqui  morto vivo?”,a criatura de voz grotesca soltou o cadáver do que parecia ser um caçador e o encarou.

“Não é bem vindo neste lugar,sabe disso”,declarou deixando o ser conhecer sua fisionomia demoníaca.

“Está se referindo ao pacto da minha espécie com seus anciões?,infelizmente não sigo as regras”,voltando a atenção para o corpo caído começou a comê-lo.

“Sabe o que isso significar?”,Rocco perguntou ao ser monstruoso a sua frente enquanto o via devorar o homem arrancando pedaços de sua carne.

“Guerra,sua raça e a minha vem brigando por gerações,estamos em uma nova era deixemos as coisas velhas para trás”.

“Não devia ter atacado este homem,isso atrai atenção.Porque fez isso?”.O bicho soltou o corpo erguendo-se cuspindo um pedaço de osso do dedo do que era um homem uma vez.

“Não valia muita coisa não,além do mais fiquei muito tempo na forma humana,que coisa decadente”.

“Porque correu atrás dela”,perguntou curioso,observando a reação dele,um sorriso se formou naquela  boca grotesca.

“Tem um cheiro gostoso,sabe venho admirando a algum tempo,gosto de espioná-la”.

“Se afaste!”,Ordenou Rocco

“Ou o que morto-vivo,para me matar precisa saber quem sou em minha forma humana,mas fique tranquilo não a mataria o que quero com Elena é outra coisa”,dito isso correu mata adentro sumindo do seu campo de visão.

“Morte”,o cão saiu no rastro, mas não demorou muito para latir, o seu dono que imediatamente se transportou para o lugar.Encontrando um pequeno acampamento todo destruído com três cadáveres estraçalhados,som de vozes o fez se esconder sob as árvores apenas observando.

“Mais o que houve aqui?”,um dos homens falou tirando o chapéu coçando a cabeça.

“Foram atacados por animais selvagens”,o outro homem declarou.

“Mais que espécie de animal faria isto?”.

“O da espécie que come gente,meu amigo, precisamos informar ao xerife”,disse o que estava mexendo nos pertences dos homens.

“Precisamos informar a todos,afinal temos pessoas que correm e caçam nas matas,nossos filhos vem nadar na cachoeira”,disse o homem colocando o chapéu de volta na cabeça.

“Coram aqui”,gritou um outro homem,todos correram ao seu encontro levando a mão na boca ao encontrar o quarto cadáver.

“Parece Bob o bêbado da praça”.

“Mãe da misericórdia, que animal faria isso?,melhor irmos embora esse bicho pode estar por perto não quero virar sua refeição.Os homens correm desesperados pela mata.

“Tem algo acontecendo Morte precisamos estar atentos”,diz caminhando pela trilha que agora pouco os homens saíram correndo.

“Ai meu pé mal consigo colocá-lo no chão”,Elena reclamou enquanto via Rules lhe tirando o tênis.

“Seu patrão”,começou tentando buscar as palavras certas.

“O que tem meu mestre Sra”,o homem perguntou mantendo os olhos nos pés dela.

“Hoje por um momento pareceu que…”parou de falar olhando para o homem entrando na sala com sua câmera digital na mão.

“Sugiro que evite a região da mata,foram encontrados vários corpos dilacerados não tem muito tempo”,falou caminhando até onde estavam e lhe entregou o objeto.Havia olhado cada fotografia que tinha tirado e apagou três fotos que saiu aquele ser.

“Meu Deus,que coisa horrível”.

“Rules, prepare um quarto para Elena”,ordenou.

“O que ?como? Não precisa minha casa é em frente”,disse.

“Então levante e vá”,desafiou colocando as mãos nos bolsos,observando a reação dela mordendo os lábios.Elena se apoiou no sofá tentando levantar,mas a dor que sentia era insuportável,o que a fez sentar se dando por vencida. Percebendo que não tinha como andar ou ficar em casa sozinha,bufou suspirando.

“Está bem,assim que conseguir pisar no chão volto para minha casa”,disse.

“Mais é claro ou pensou que convidei para morar comigo ou coisa parecida”,declarou sério,nunca gostou de mulheres que se envolvem com homens comprometidos.Elena o encarou por uns minutos,sentiu vontade de esbofetear-lo,mais como não podia apenas disse:

“Porque é tão desagradavél?”.

“Porque fica com homens comprometidos?”.Cerrando os punhos desejou poder andar somente para lhe dar um soco no nariz.

“Até onde sei não há compromisso entre os dois”.declarou em sua defesa.

“Para mim o compromisso deles está implícito,somente não enxerga,sinto pena  de você”.

“Pega sua pena, enfia sabe onde Rocco,se acha não é mesmo pois fique sabendo que prefiro o Tony a você”,rebateu com raiva.O que o fez sorrir a observando por um momento balançando a cabeça.Se aproximando dela segurando o seu queixo lhe disse:

“Para mim mulheres como a senhorita,valem apenas um pedaço de pão,além do mais se a quisesse a teria a qualquer hora”,Disse soltando seu queixo saindo a deixando com os insultos engasgado na garganta.

“Senhorita o mestre é uma boa pessoa”,o assistente intervém após presenciar a cena.O fato dela parece muito com Eleonora estava despertando nele essas atitudes grosseiras.

“Juro que se meus pés não estivessem inchados iria embora agora mesmo”,disse com raiva.

“Por favor acredite, o mestre é um homem honrado”.

“Por que o chama de mestre?”,quis saber curiosa.

“Devo muito ao Sr Rocco,me ensinou tudo que sei,por isso o chamo assim”.

“Entendo,mas e o cão é tão estranho.Quer dizer hoje no bosque me defendeu,poderia jurar que vi seus olhos estavam vermelhos”,disse olhando para o animal que está sentado na sala observando.

“Morte,é igual a mim,o mestre nos acolheu,a senhorita deve ter ficado assustada,a nossa mente nos faz ver coisas”,falou o assistente.

“Pode ser,mas vi a mesma coisa no seu patrão”,o homem a olhou e começou a rir  o que a deixou sem graça.

“Impossível,caso passasse pelo susto que passou talvez minha mente me pregasse esse tipo de peça.Venha vou lhe ajudar a ir para o quarto”.Com o apoio de Rules conseguiu ir para seu quarto temporário.Havia pedido para ficar no sofá assim que o homem saiu tirou sua calça com certa dificuldade se arrastou para cama se deixando levar pela maciez do colchão logo adormeceu.

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