Destinados o agressor capítulo 16 Flávia

Ainda no restaurante

Otávio- Não consigo acreditar que uma mulher tão linda e empoderada inteligente como você se submeta a isso, por favor Flávia não permita que ele faça isso com você, é só você me dizer uma palavra e eu acabo com ele

Flávia- Por favor Otávio, deixe eu voltar para mesa

dou passos lentos em direção a mesa, deixando ele com os olhos fixos em mim, e quando cheguei o garçom está servindo o almoço, me sento e organizo os guardanapos, enquanto observo Otávio se aproximar, ele esbarra no garçom e meu prato cai

Garçom- Me desculpe senhor, diz o garçom apavorado

Otávio- Não se preocupe, eu é que peço desculpas, afinal eu não te vi, você pode ficar tranquilo, não se preocupe rapaz traga outro para senhora por minha conta

 Garçom- Mas este era o último prato de camarão

Santiago- Mas como, um restaurante desta categoria não tem mais o prato chef da casa

Diz Santiago furioso...

 Garçom- Me desculpe senhor, mas devido o horário avançado estes eram os últimos, mas podemos oferecer outro como cortesia

Flávia- Não se preocupe rapaz pode trazer para mim uma salada tropical

 Almoçamos e vamos para casa, Santiago me deixa lá decepcionado porque não conseguiu atingir seu objetivo, e vai para empresa imobiliária, e eu aproveito e vou conversar com a senhora Cecília, estou precisando de um colo de mãe, e dá paz que ela tem, é o que eu estou precisando no momento Entro no quintal e ela está cuidando do jardim ao me ver ela abre um largo sorriso

Cecília- Flávia, minha querida, tudo bem com você?

Flávia- Olho para ela e meus olhos cheios de lágrimas me denuncia

Cecília- O que foi filha, porque seus olhos estão cheios de lágrimas, você está chorando outra vez?

Flávia- Não foi nada senhora Cecília, não se preocupe

Cecília- Como você não quer que eu me preocupe, me conte, você pode confiar em mim, é seu marido não é, ele te faz mal, não é?

Flávia- Do que a senhora está falando?

Cecília- Não tente esconder, eu vejo seu corpo, está sempre cheio de hematomas, vejo seus olhos, sempre cheios de sofrimento, nenhuma mulher tem que passar por isso, minha filha, denuncie ele, e eu vou com você, não tenha medo

Flávia- Por favor senhora Cecília, eu não posso, e não posso te envolver nisso, tenho medo que ele te faça algum mal

Cecília- Flávia, eu não posso ser conivente com o seu sofrimento, não se submeta a esse homem horrível, eu estou aqui por você

Flávia- Obrigado senhora Cecília, você não imagina como seu apoio é importante para mim

Ainda com as mãos sujas de terra e ajoelhada no chão mexendo nas plantas junto com a senhora Cecília, de repente ouvimos passos nos viramos automaticamente e lá vem ele fazer meu coração palpitar

Otávio- Mamãe, Flávia, boa tarde...

Cecília- Oi, meu filho, como foi seu dia, Você quer um café?

Otávio- Sim mamãe eu quero

Me levanto, e limpo as mãos

Flávia- Até amanhã, senhora Cecília

Cecília- Não Flávia não vai, vamos tomar o café minha filha eu já vou fazer

Flávia- Não se preocupe senhora Cecília, eu tenho que ir, depois tomamos um café

Dou alguns passos e sinto meus batimentos acelerarem e meu estômago se contorcer, com os olhos deles fixos em mim sem desviar, essas coisas que ele me faz sentir está me deixando perdida, e com muito medo, minha garganta trava quando ele para na minha frente e fala em voz baixa

Otávio- Eu preciso falar com você

Olho para a senhora Cecília e vejo desconfiança em seu rosto, ela retira as luvas e entra na casa, e ouço a sua voz se distanciando

Cecília- Vou passar o café

Otávio- Flávia o que aconteceu, porque aquele homem queria fazer aquilo com você, ele é louco, você precisa denunciar vamos à polícia

Flávia- Por favor Otávio, deixe que eu resolvo isso

Otávio- Flávia, o que você está esperando, que ele te mate por um acaso?

Não me contenho e as lágrimas escorrem pelas minhas bochechas, e eu sinto os braços forte dele me abraçando, aconchego-me sem muita vontade de sair daquele abraço, aquele cheiro que me enfeitiça, mas ouvimos a voz suave de Cecília ao fundo

Imagem da internet

Cecília- Otávio...

Otávio- Oi, mamãe!

Cecília- O café está pronto...

Ela nos olha desconfiada, eu saio do abraço dele sem graça, e vou para casa.

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