Um sonho

Conteúdo sensível…

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Ao chegar no orfanato, Alice desce e abre a porta para a Madre e Mia saírem do carro tmb.

A Madre os convida para entrar no orfanato e eles seguem ela e a Mia.

Logo todas as meninas correm até Mia para abraçá-la. Muitas perguntas são feitas no mesmo instante.

A Madre pede que as crianças se acalmem e deixem a Mia respirar. Pois ela ainda precisa de descanso.

Mia senta em um sofá e mostra seu presente as amiguinhas. A Madre chama Alice e Guilherme para apresentar o orfanato. Ela mostra todos os cômodos, quartos, brinquedoteca, biblioteca, cozinha e banheiro.

Alice e Guilherme notam que o lugar precisa de algumas reformas, mas no geral é bem limpo e bem organizado.

A Madre explica o que eles ensinam as meninas, leituras, trabalhos domésticos de acordo com a idade de cada uma. Ensinam bons modos e principalmente o respeito ao próximo e a fé em Deus.

Alice: E a Mia, como veio para cá?

Madre: Ah, a Mia. A Mia já nasceu aqui conosco!!

Guilherme: Como assim?

Madre: Vamos até o escritório. Explicarei tudo a vocês dois!

Eles seguem para o escritório e se acomodam. A Madre lhes oferece café e eles conversam.

Madre: Bom, a Mia é filha de uma de nossas irmãs que partiu!!

Alice: Meu Deus!! Como assim?!

Guilherme: Nos explique melhor, Madre!

Madre: sim, claro!! Aconteceu assim…

Antigamente o orfanato tmb recebia homens aqui. Pastores, Presbítero… homens de fé. É um deles infelizmente se aproveitou da nossa irmã Mary. Ele entrou em nossa capela e a irmã estava em oração sozinha. Então ali mesmo ele cometeu o ato, sem se importar com a presença de Jesus.

Mary sempre foi uma moça muito bonita e simpática e através disso ele se aproveitou da impureza dela e acabou abusando dela.

Eu a encontrei jogada no chão da capela, com sangue pelas pernas, a mesma ainda mantinha sua pureza. Estava disposta a se entregar de corpo e alma para o nosso salvador, mas um homem tirou isso dela.

Denunciamos o homem as autoridades, mas nada foi feito e até hoje não sabemos mais dele. E depois disso obviamente proibimos a entrada de homens aqui.

Poucos meses depois foi descoberto a gravidez. Mary não queria a criança, ajudamos como podíamos, incluindo psicóloga… mas ainda sim ela nao quis ser mãe. E por medo da sociedade saber do ocorrido e crucifica-lá, após o nascimento de Mia, ela desenvolveu uma depressão pós parto e a mesma decidiu partir.

Guilherme: Ela foi embora do orfanato?

Madre: Ela suicidou-se com uma adaga que até hoje não sabemos onde ela conseguiu.

É mais uma vez eu a encontrei, mas dessa vez sem vida. A menina estava chorando no quarto e eu fui ver o que havia acontecido. Ao chegar no cômodo quase desmaio com cena. -chora ao lembrar da cena

Só consegui pegar a criança e sair dali o mais rápido possível. Foi uma cena aterrorizante!

Ela não suportou a maldade que fizeram com ela. Eu não a culpo, ela tinha um propósito e tiraram isso dela. Ainda sentimos o seu cheiro doce e tenho certeza que ela ainda está aqui, protegendo sua filha e nós.

Enfim, desde então Mia mora conosco e tudo que ela é hoje é graças a nós aqui do orfanato.

Alice está emocionada e triste com a história de Mia. É uma história triste.

Alice: Ela sabe o que houve com a mãe dela?

Madre: Nao toda a verdade. Ela sabe q a mamãe dela virou estrelinha, assim como a da maioria aqui. Mas não sabe de fato o que aconteceu e como ela partiu. Achamos por bem não contar ainda. Ela é só uma garotinha.

Guilherme: Tem razão Madre! Mas tudo ficará bem com Mia!

Madre: Vai sim, senhor! As vezes ela me pergunta se uma dia terá uma mamãe só para ela, e eu não sei o que responder. Agora que ela já tem 5 anos fica ainda mais complicado uma adoção. Mas tenho certeza que um dia ela terá uma família e um lar só dela. Assim como desejo para todas as meninas desse lugar.

Alice respira fundo e deixa as lágrimas rolar pelo rosto.

Guilherme então muda de assunto e diz que quer ser sócio do orfanato. Ajudar financeiramente em tudo que puder. A Madre insiste em dizer que não precisa, que alguns órgãos públicos ajudam a instituição. Mas Alice insiste em ajudar e vencida pela cansaço a Madre aceita.

Ao terminar a pequena reunião, eles saem do escritório e passam pelos quartos. Alice ver Mia conversndo com duas amiguinhas, ela para na porta o observa a menina falar.

Mia: Eu sonhei com a Tia Alice lá no hospital.

Carol: E como foi?

Mia: Ah foi lindo, ela corria atrás de mim e eu chamava ela de mamãe!

Alice arregala os olhos. Guilherme para a conversa com a Madre e observa sua filha.

Carol: Sério?! Você nunca teve mamãe, e será que ela vai querer a sua?

Mia: Eu não sei. Mas eu ia adorar ter uma mamãe igual a tia Alice, ela é muito linda e legal.

A Madre vendo Alice estagnada decide interromper a conversa das crianças as chamando para almoçar, já estava na hora.

Mia vai até a Alice e pergunta se está tudo bem, Alice responde com a cabeça em positivo, e as meninas saem correndo para o refeitório. A Madre segue as crianças

Guilherme: Você está bem, Alice?

**Alice: **Você ouviu, pai? Ela quer que eu seja sua mãe. Pai, você ouviu? -fala emocionada

Guilherme: Ouvi Alice. Agora se acalma.

**Alice: **Como vou ficar calma?! -fala andando de um lado pro outro

Você ouviu o sonho que ela teve..

Guilherme: Filha, vamos embora. Em casa conversamos direito.

Guilherme auxilia Alice para fora do quarto e depois para fora do orfanato.

Eles vão no carro em silêncio, Alice ainda está assustada.

Ao chegarem em casa, Alice vai direto pro seu quarto. Ela entra no banho de roupa e tudo.

Guilherme liga para Luísa e pede que ela vá pra casa, ele precisa de ajuda com Alice, e nesse momento, ter um apoio de sua mulher será fundamental.

Luísa avisa que pegará os gêmeos na escola e irá pra casa almoçar com Guilherme e Alice, ele concorda e desliga.

Guilherme vai até o quarto de Alice e ouve o barulho do chuveiro, deduzindo que ela esteja no banho, ele decide fazer o mesmo e trabalhar do escritório de casa.

Alice sai do banheiro, só de roupão e se deita em sua cama. Ela relembra as palavras da doce Mia e seu coração palpita forte.

Luísa chega em casa com os filhos e pede que eles vá se trocar pro almoço. Ela segue para o escritório e conversa com Guilherme, ele explica o que houve no orfanato e Luísa decide conversar com Alice.

Ela vai até o quarto da sua filha, e a ver deitada ainda de roupão. Ela não fala nada, só deita ao lado de Alice e a abraça.

Alice se aconchega nos braços de sua mãe. Luísa faz cafuné enquanto puxa assunto

Luísa: Quer me contar o que houve?

Alice: Ela sonhou comigo, mãe! E no sonho ela me chamava de mamãe. Será que ela quer que eu seja sua mãe?

Luísa: Meu amor, o que você quer primeiramente? Você precisa decidir isso para saber o que vai fazer.

Alice: Mãe, eu não sei nem cuidar de mim direito. Você sabe, fiz besteira tem poucos dias. Imagina cuidar de uma criança?! Não vou da conta.

Luísa: Filha, ninguém nasce sabendo de tudo. A gente aprende aos poucos, e tenho certeza que se escolher adotar a pequena Mia, você saberá o que fazer.

Alice: Ela é linda, não é?

Luísa: Muito linda e um sorriso encantador!!

Alice sorrir ao lembrar do sorriso de Mia.

Guilherme entra no quarto e senta no pé da cama de Alice. Ele pergunta se ela está bem, e sim, ela está.

Ele abraça as duas de uma só vez e as chama para o almoço. Alice avisa que irá se vestir e logo descerá. Luísa e Guilherme saem do quarto.

Após o almoço Alice liga pros seus amigos e pede que eles vá até sua casa. Ela quer contar o que aconteceu.

Myke avisa que logo estará lá, já Zoe não poderá ir. O motivo da reunião com seus pais, foi para que ela comece a trabalhar na empresa da família. Então hoje será seu primeiro dia.

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