Capítulo 13- Mais um beijo- Felipo

Fernando me colocou no carro e saiu feito um louco, eu permanecia calado processando tudo que aconteceu, as revelações da noite.

-Atende…. Atende…. Porra…- ele esmurra o volante.

-Calma Fernando, eu vou conversar com Seline, tenho certeza que ela vai entender, foi um mal entendido. -falo tentando acalma-lo

-Sabe quanto tempo eu passei tentando uma chance com aquela garota? Vem você e estraga tudo com suas conclusões precipitadas.- ele não nega que está chateado.

-Você poderia ter me contado e escolheu me esconder.- falo tentando me justificar.

-Sério cara? Você deixou de compartilhar seu precioso tempo com seus irmãos a vários meses, eu estou todos os dias na academia te vendo passar por cima de todos te apoiando, mais você sai de lá e muda. Se tava afim da Pam porque não foi franco?

-Eu não estava afim de ninguém…. Eu….-ele faz uns barulhos com a boca e sei que não consigo convencê-lo- Tá, ela me atrai, eu não consigo tirar essa mulher da minha cabeça e vendo amor pra lá, cinema pra ca… eu preferi não tá por perto.- sem dúvidas.

-Seline, não está em casa, ela só pode está na casa de Pam, vou pra lá e você idiota vai resolver isso.- ele respira fundo.- Não sei se você tem chances com ela, não mais, Pam não confia em você. Fruto da sua perseguição sem fundamento.

O carro para e observo o bairro, começo a ficar preocupado com horário que Pamela chega em casa, parece perigoso é relativamente distante, a casa é agradável, não é luxuosa mais parece confortável. Meu irmão toca a campainha, já que o telefone não atende.

Escutamos a voz da mulher que tira o meu sono.

-Oi…..- quando ela nos vê, logo fecha o semblante.

Ela está com uma camisola curta cheia de desenhos, não consigo tirar os olhos dela, seu corpo é um pecado e a camisola mostrava uma parte do que minha mente vinha tentando imaginar, sinto meus dedos formigarem querendo toca-la.

-O que faz aqui Fernando?- ela nem se dirige a mim.

-Pam…. Eu preciso falar com ela…- meu irmão fala.

-E dizer o que? Ah…. Imaginei isso dele…- aponta pra mim.- Mas você, parecia sério, parecia um cara descente. Eu jamais teria incentivado Seline a te dar uma chance se soubesse que a safadeza é de família.

Merda, isso não pareçe ser um bom começo.

-Pam… somos amigos, sabe que fui sincero.- ele tenta.

-Sincero ? Você tem namorada e eu nem sabia ? Minha amiga está no meu quarto, sofrendo e você me diz que foi sincero?-ela fica linda brava.

-Ele não tem uma namorada Senhorita Romano.- me manifesto pela primeira vez, ela me olha.

-O que ele faz aqui?- ela acusa Fernando.

-Isso tudo foi culpa dele, está aqui para concertar. - ele é um idiota.

-Posso entrar e falar com ela, serei rápido.- procuro resolver o quanto antes.

Ela cruza os braços na frente dos seios, percebo o volume e quase tenho uma ereção. Ela pondera:

-Tem 5 minutos, depois disso chamo a polícia.-ela me da passagem.

A casa é confortável como imaginei, organizada e simples, vou até o quarto e encontro a Gatota de Fernando.

-O que faz aqui? - ela está vermelha.

-Vim concertar um erro.- eu digo e ela se senta.

Eu contei a ela do equívoco, pedi desculpas e lamentei o ocorrido. A garota mal espera eu acabar e desce as escadas correndo, eu só observo:

-Seli ? Eu….

Ela corre até meu irmão e da um beijo nele, os sorrisos são imensos. Vejo minha secretária sorri e percebo que a relação dos dois lhe agrada. Eles se abraçam, pedem perdão um pra o outro enquanto eu e Pamela observamos cada cena. É tudo bem meloso, cheio de palavras doces…. Nunca pensei isso de Fernando, mais ele parecia mesmo gostar da garota.

-Bom… a Pam pediu uma pizza. - Conclui minha futura cunhada.

-Querida vamos comprar um vinho…. Sim… depois de tudo, um vinho será uma ótima pedida. - meu irmão fala e eu vou levantando para sair.- Você irmão, fica com a Pam… já fez merda de mais por uma noite e eu preciso de 5 minutos com minha garota.

Ele sai me deixando com a secretária que povoa meus sentidos.

Vejo seu desconforto e isso me faz sorrir, eu sinto que a afeto, embora pareça que ela na maioria das vezes é imune a mim.

-Então você sabia da relação dos dois?- falo sentando de frente ela.

-E você não?- ela pergunta como se fosse óbvio.

-Eu não imaginei isso. - não consigo tirar os olhos dela.

-Olha não sei o que você imaginava, mais Line só queria um tempo, por isso eles não comentavam, mais estava na cara, Frederico sempre soube apesar das brincadeiras.- porra todos sabiam e eu de fora.

Ela levanta e vai fazer um chá.

-Acha que eles vão voltar?- ela pergunta sem jeito.

-Porque diz isso?- levanto e me aproximo dela.

-Bom eles já saíram pra comprar vinho outras vezes….- ela sorri.

-Mas hoje eu estou aqui.- ela me oferece chá e eu aceito- Fernado vai volta.

-Não apostaria todas suas fichas nele. - ela diz sorrindo e me servindo chá.

Eu estou hipnotizado com sua beleza, ela serve o chá e eu observo os movimentos e quando ela percebe, deixa um pouco de água cair sobre a mão.

-Ah….- corro até ela.- Sou descuidada, merda.

Seguro sua mão e observo a queimadura. Ligo a torneira, segurando sua mão, deixo a água cair no local.

-Vai sentir um alívio.- falo tão perto.

Sinto seu corpo esquentar suas pupilas dilatam eu não resisto.

Eu a puxo pra mim e tomo sua boca, ela permite o beijo e retribui com luxúria eu a pego pela cintura e sento na bancada, o beijo continua voraz… Minhas mãos passeiam pela lateral do seu corpo loucas para explorar mais. A trago para mais perto e cinto seu corpo vibrar…. Sou incapaz de raciocinar.

Quando escutamos os barulhos ela me afasta, rápido se recompondo e pula da bancada.

Meu irmão e Seline entram sorrindo. E percebem o clima estranho.

-Tudo bem?- meu irmão pergunta com olhar questionativo.

Antes que eu fale algo ela fala.

-Ahhh…Nando eu fui fazer um chá para o Senhor Gallo e acabei me queimando nada demais.- fala dando as costas para todos.

Meu irmão achou estranho mas não questionou e o resto da noite foi toda assim, eu a observava, ela deviava seu olhar, enquanto o casal contava suas juras de amor na mesa regada a vinho e pizza..

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