Capítulo 9- Só uma mosca- Pam

Estou aqui me revirando na cama, essa hora o todo poderoso Senhor Gallo chegou na empresa e eu ora….. eu queria ser um mosca para ver a cara dele quando alguem do Rh perguntar sobre o alongamento de penis, sim… ele merece.

-Kkkkk, ele merece- falo olhando para teto.

Bom preciso levantar, faço minha higiene matinal e corro para o guarda roupas, eu preciso de um emprego antes que ele me cancele do mundo, sim, ânimo Pamela, não é porque acabou de destruir seus sonhos que vai ficar em casa.

Meu amigo falou que me precipitei ao pedir demissão sem antes conseguir lidar com a fera, mais a verdade é que meu chefe está povoando uma zona perigosa da minha mente e eu preciso de distância e uma distância saudável.

Pego os currículos e saio de casa trancando tudo.

Meu bairro apesar de não ser nobre é relativamente seguro, conheço as velhinhas daqui, isso me deixa mais tranquila.

-Olha a magricela até que ficou gostosinha….- reviro os olhos observando um dos bad boys da escola, que agora é um desocupado e passa vida na esquina paquerando mulheres.

Ignoro e sigo para parada percebo um carro me seguindo e fico nervosa, isso sim. Não é comum. Aumento o passo.

-Pare de correr e entre no carro.- essa voz, merda eu não acredito, o que ele faz aqui.

-Me deixe em paz- falo ignorando, assim como ele costumava fazer comigo.

-O jurídico aguarda apenas uma ligação, fico me perguntando se a sua casa será o suficiente para pagar a minha indenização.?- Que? Como assim?

Sinto um calafrio, como eu sou idiota, não imaginei que ele fosse revidar assim. Paro e olho assustada.

-Entre.- esse comando eu sigo.

Como um robô programado só entrei.

-Para empresa Ravi.- o motorista apenas segue.

Alguns minutos passam e meu ex chefe continua mudo, isso me assusta, eu não consigo ficar quieta então me reviro no banco.

-Eu fico me perguntando, por onde sua mente viaja e confesso que tenho medo da resposta. - ele fala com sua voz sedutora e sinto um formigamento na pele.

-Senhor Gallo, pode me dizer o que quer de uma vez por todas, eu preciso ganhar a vida e estou perdendo um tempo valioso.- friso entre os dentes.

-Se soubesse o que quero ficaria horrorizada, - ele fala olhando para meus lábios e a sensação que tenho é que ele deve beijar muito bem.- Porém hoje eu quero minha secretária de volta e pronta para consertar a merda que fez.

Agora sim eu estou atômica., não….

-Eu não fiz nada, só dei sentido a sua resposta…. Não sou obrigada a saber que suas mudanças de humor eram inverdades.- nem eu acredito nisso.

-Me diga uma coisa senhorita Romano, tenho caro de quem tem pinto pequeno, ou que gosta de homens?me diga?- ele está bem bruto apenas por isso?

-Só lembra dessas respostas…. Sua masculinidade realmente foi atingida.- falo contendo o riso.- sinto que ela é frágil.

-Vai consertar isso.- garante, fala entre os dentes.

-Não trabalho mais para você- respondo.

-Prepare-se então para resolvermos na justiça.- desisto.

Merda….

-Tá, tá….- me dou por vencida.

Chegando na empresa, todos me olharam, eu estava de blusa básica e jeans totalmente fora do padrão, talvez eu seja um extraterrestre neste ambiente.

-Sabe que estou sem uniforme. Falo para ele.- incomodada.

-Não me importa. Venha vamos subir.- me guia para elevador privado.

Entramos no elevador e assim que começou a subir, ele para e as luzes apagam.

-`Merda…. Tá vendo onde me meteu, eu poderia está na rua distribuído currículos. Fico nervosa com locais fechados e escuros.

-Que foi Senhorita Romano, esta soando nervosa.- ele pergunta zombateira.- logo estaremos longe daqui.

- eu…. Não gosto de lugares assim.- estou tremendo.

Vou andando nessa caixa até que esbarro no meu chefe que segura minha cintura.

Seu toque me queima e sinto algo estranho.

Ele não para de tocar minha cintura, apenas me trás para mais perto dele me encaxando em seu corpo,

As sensações para mim são novas e só consigo sentir a secura da minha garganta.

Como se fosse atraída por ele encosto minha cabeça em seu peito e ele coloca o nariz no meu pescoço, sinto sua respiração.

Ele sobe a mãos pela lateral do meu corpo e eu sinto a tensão entre nós se tornar palpável,

Sinto suas mãos e tudo que quero é mais um pouco

-Ahhhh.- eu estou gemendo baixinho.

Ele me visa em um rompete e sinto sua boca na minha.

Ele me prensa na parede do elevador e eu permito seu toque… que merda tá acontecendo aqui….

-Ahhhh…. Eu….

-Pede para eu parar porra…. Pede…

-Não…. Eu…. Continua….

O beijo é mais urgente e cada vez mais firme, a pegada é quente.

Derrepente escutamos pelo interfone….

- Felipo, você esta bem?- e Nando.

Como se eu fosse um erro ele se afasta de mim e eu fico inerte.

-Estou ótimo, quando a energia volta?- pergunta.

-já pedi que o gerador fosse acionado. - meu amigo revela.

Ele desliga e antes de falar algo, meu chefe diz.

-Se recomponha,- eu arrumo minha roupa, estou envergonhada,-Isso foi um erro, dos grandes… não vai voltar acontecer.

As palavras são ditas com uma verdade que me calo.

Burra…

Isso foi mesmo um erro.

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