Ep 17 -

03:00 AM – Los Angeles

— Quando você iria me contar? Ein? — Jimin deu um passo vacilante para frente, perdendo o equilíbrio e caindo por cima de Jungkook.

O CEO, já impaciente, segurou Jimin e tentou acabar a confusão:

— Jimin, chega. Eu não sou o Namjoon! — falou, esperando que o outro se desvencilhasse. — Jimin? — repetiu, tentando acordá-lo.

Os esforços de Jungkook para afastar Jimin foram em vão; o secretário permanecia inerte, com o corpo pesado sobre o dele. O rosto de Jungkook refletia incerteza enquanto ele ponderava sobre o que fazer.

O homem deu um suspiro fundo, cansado do dia e ainda ter que cuidar de alguém, mas se sentia perplexo diante da situação, sentiu-se dividido entre a preocupação e a confusão com o estado de Jimin.

Jungkook acomodou cuidadosamente o corpo de Jimin em seus braços, evitando que a cabeça caísse de seu peitoral.

O silêncio da casa era preenchido pelos passos suaves de Jeon, que tomava cuidado para não acordar Jimin.

Com dificuldades, levou o mais velho até o quarto de visitas, onde estava dormindo, abrindo a porta com um pequeno chute, já que seus braços estavam ocupados.

Com cuidado, Jungkook o segurou até a beira da cama, depositando-o suavemente na mesma. O homem se virou levemente para o lado, se acomodando melhor.

Olhando para Jimin, que agora descansava, Jeon se viu mergulhado em pensamentos tumultuados, tentando entender o que estava acontecendo e qual seria o desdobramento dessa madrugada imprevisível.

Ao se virar para sair, Jimin segurou o braço de Jeon, sussurrando algo inaudível.

— O que foi…? — perguntou cansado.

— Não me deixa de novo… — falou com a voz falha e cheia de melancolia.

Jungkook o olhava naquele quarto escuro, iluminado apenas pelas janelas que refletiam a luz da lua. A mão do secretário apertava seu pulso, como se fosse a única âncora em um oceano tumultuado de emoções.

Uma dor tomou conta de seu peito, o homem via em Jimin uma versão de si mesmo, a parte de dentro que era vazia e que gritava por alguém para o confortar. Todavia, sentia um misto de emoções pelo dia que passou.

As palavras de Jimin ressoavam, e Jungkook, mesmo cansado, sentia uma estranha mistura de compaixão e perplexidade. A vulnerabilidade do secretário era uma faceta que ele não esperava encontrar, e isso mexia com as fundações da relação entre eles.

— Eu não sou ele. — disse Jungkook suavemente, como se aquelas palavras pudessem ser o início de uma compreensão mais profunda entre eles.

Ao soltar seu braço da firmeza de Jimin, ele o deixou na cama, saindo do quarto escuro e fechando a porta suavemente.

No entanto, ao sair do quarto, o que o aguardava era a lembrança dos acontecimentos do dia, um turbilhão de emoções que ele teria que enfrentar de uma forma ou de outra.

Ao verificar seu relógio, constatou que eram 03h40. Uma dor lancinante tomava conta de sua cabeça, e ele cambaleou até a cama, esbarrando nos objetos enquanto o cansaço pesava em seus membros.

Atordoado, acabou adormecendo na primeira posição em que se encontrava na cama, consciente de que dificilmente conseguiria chegar à empresa na manhã seguinte.

A exaustão e as tensões do dia se misturavam em seus sonhos tumultuados.

01:20 PM – Los Angeles

Após uma noite conturbada, uma manhã tranquila começava com o suave som dos pássaros cantando do lado de fora da janela.

O céu exibia um azul dominante, superando as nuvens brancas, enquanto a rua agitava-se com o movimento típico de um dia de semana.

Dentro da casa luxuosa, Jungkook revirava-se na cama, resmungando, inicialmente ignorando o insistente toque de seu telefone.

Lentamente, ele abriu os olhos, deparando-se com uma chamada não atendida. Ele atendeu e disse:

— Aló? — falou com a voz embargada de sono.

— Senhor Jungkook? Onde você está?

— Bom dia Hong.

— Bom dia? Senhor, sabe as horas que são?

— Como assim? — afastou o telefone e viu que eram 01h e 30m.

O homem arregalou os olhos e se levantou rapidamente, sentindo sua visão embaçar.

— Estou chegando, senhor Hong.

— Rápido. — o mais velho desligou a chamada.

— Puta merda... — ele se sentou novamente na cama, pondo a mão na cabeça, tentando se recompor.

Ao relembrar os eventos da madrugada, Jungkook sentiu uma pontada de preocupação em relação a Jimin.

Sem hesitar, ele levantou se dirigiu até a porta, dando algumas batidas firmes, o suficiente para serem ouvidas.

Em seguida, chamou pelo nome de Jimin:

— Jimin, está acordado? — perguntou, mas não obteve respostas.

Ele esperou alguns minutos e bateu novamente.

— Jimin? — insistiu, aumentando o volume de sua voz. — Jimin??

Preocupado, ele abriu a porta, lentamente, olhando se o homem estava na cama.

— Jimin, você tá acordado? — analisou o quarto, vendo que a porta do banheiro estava fechada.

Aliviado, abriu a porta e caminhou até o banheiro, mas uma curiosidade repentina tomou conta dele. Pouco a pouco, abriu a gaveta ao lado da cama de Jimin, procurando algo que possivelmente fosse importante.

Não havia nada que o incriminasse. Desistindo da busca, ele retornou ao seu objetivo inicial: falar com Jimin, que ainda não havia saído do banheiro.

Se aproximando da porta, deu alguns socos leves e chamou-o pelo nome novamente:

— Jimin? — perguntou, com um leve sorriso no rosto.

Pensando na noite anterior e achando que o homem poderia estar com vergonha do ocorrido, ele insistiu algumas vezes:

— Perdemos o horário, mas ainda precisamos ir para a empresa. — falou, dando um suspiro junto de um sorriso. – Vamos Jimin, tudo bem. Às vezes acontece da vida nos envergonhar…

Jungkook aos poucos foi franzindo o cenho, pois não conseguia ouvir respiração, ou até mesmo um movimento suave. Era apenas ele e o silêncio.

— Jimin? — perguntou mais alto, percebendo que o silêncio persistia. — Será que ele saiu? — sussurrou consigo mesmo, olhando para a porta do quarto ainda aberta.

Movido por uma intuição incômoda, Jungkook pegou na maçaneta da porta e a girou. A sensação arrepiante percorreu sua espinha quando constatou que a porta estava destrancada.

Seu coração acelerou, com uma angústia sutil tomando conta dele enquanto considerava as possibilidades do que poderia encontrar do outro lado.

Abrindo a porta cautelosamente, Jungkook sentiu a tensão crescer à medida que a porta revelava um banheiro vazio. Até que sua visão chegou na banheira, onde tinha o corpo de Jimin submerso na água.

Uma trilha sonora horripilante crescia em sua mente, o mundo passava ligeiramente em câmera lenta.

Um arrepio percorreu a espinha de Jungkook, uma mistura de surpresa e angústia dominando sua expressão. Seus olhos se arregalaram, e ele deu alguns passos hesitantes em direção à cena, como se seus sentidos estivessem congelados no momento.

O coração de Jungkook acelerou ao perceber a imobilidade de Jimin na banheira. A água tranquila indicava que ele permanecia na mesma posição há algum tempo, e essa constatação aumentou a angústia do CEO.

Sem pensar duas vezes, ele deu um passo rápido em direção à banheira, instintivamente estendendo a mão para verificar a condição de Jimin. Ele se esforçava para processar a situação que se desdobrava diante de seus olhos.

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