Ep 14 -

20:00 PM – Los Angeles

A ideia inovadora de Jungkook começou a se espalhar pela empresa como um incêndio. A todo momento uma nova pessoa entrava em seu escritório, à procura de aprovação do CEO.

O dia se passou rapidamente, os departamentos estavam a todo vapor, trabalhando incansavelmente para transformar a visão de Jeon em realidade.

Todavia, algo perturbava o homem, estava temeroso de que seu projeto fosse roubado de novo. Por isso continha uma carta na manga.

Jungkook se levantou da mesa e se retirou da sala, olhando logo em seguida para Jimin, que estava organizando a grande papelada do dia. O mais novo se juntou a ele, silenciosamente, e começou a ajudar.

— Venha, eu te ajudo. — segurou a outra montanha de papéis.

Ambos caminhavam até o elevador e esperavam o mesmo os deixarem no andar térreo, em quietude. Não havia nenhum som, além do zumbido suave do motor. Eles evitavam contato visual, mesmo com as paredes mostrando seus respectivos reflexos.

Tão pertos, mas ao mesmo tempo, distantes. Estavam em locais diferentes, com um abismo ao meio, era impossível de compreender um ao outro, e ambos se negavam a isto.

Havia uma barreira invisível que não podia ser quebrada facilmente. Por um lado, o coração envolto de dor e angústia por ver o amigo de forma deplorável, e não poder ajudá-lo.

Por outro, um homem que escondia sua história e vivia em volta de um misterioso semblante.

Ao elevador abrir, eles caminharam até a saída da empresa. Os passos ecoavam no salão, até que a porta abria-se para eles, dando caminho até o estacionamento.

Jeon, enquanto caminhava, pensava a todo vapor em ir para o hospital assim que chegasse em seu recinto, visitar Taehyung era o que deixava-o esperançoso de obter novas informações do acidente e conversar com o Agente Yoongi.

Apesar de estranho, ele não dava importância de dar moradia para Jimin, já que queria aproveitar disso para investigá-lo.

De agora em diante, até que Jimin se estabelecesse financeiramente, ele iria viver na casa de Jungkook, o que o deixava desconfortável, mas não havia outra forma. Ele estava disposto a conhecer seu CEO, mesmo que fosse morando debaixo do mesmo teto.

Então ele decide puxar assunto:

— Senhor. — iniciou, mesmo que hesitante.

— Sim? — respondeu, focado em ligar o carro.

— Compreendo a ousadia do novo projeto, mas precisamos considerar as implicações logísticas e financeiras. — Jimin expressou suas preocupações, tentando manter um tom profissional enquanto entra no carro.

O escape do carro rugiu, mostrando que Jeon estava apressado para sair dali, mesmo que sua expressão fosse séria e serena. Com calmaria respondeu Jimin:

— Você acabou chegando num momento turbulento, então não deve estar entendendo nada, e nem o motivo de tanta urgência. — deu um pequeno sorriso de canto, discreto.

— E qual seria exatamente o motivo? — perguntou curioso.

— Acredito que a fofoca se espalhou facilmente, então já se sabe que Taehyung acabou morrendo em um acidente.

— Bom… Sim.

— Ele era o CEO antes de você chegar, mas antes de CEO, meu melhor amigo. — respondeu com a voz profunda, suas palavras saiam com uma verdade absoluta.

— Isso deve ter te deixado devastado, não é, senhor? — completou Jimin, com verdade em sua fala.

Jungkook não o respondeu, balançando a cabeça, concordando com o secretário.

— Ele estava voltando de uma reunião na KIM’NS quando sofreu o acidente, e logo no dia seguinte a mesma empresa roubou nosso projeto mais importante. — ao dizer, fechou os punhos que seguravam o volante do carro, mostrando todo o seu desprezo.

Jimin, vendo que o olhar sério e sereno do CEO se transformava lentamente em um de ira e furor, virou o rosto para a janela, observando a estrada que passava rapidamente diante de seus olhos.

— O que está pensando, Park? — Jeon perguntou, deixando o outro surpreso.

— Tudo aconteceu muito rápido. Sei que sente aversão ao me ver no lugar de Taehyung… — sua voz ficou fraca.

— Não é sua culpa. — o mais novo o respondeu, com um tom de culpabilidade. — Não é culpa sua de isso ter acontecido e você ter entrado na empresa.

— Agradeço por suas palavras, senhor… — respondeu e continuou olhando a vista.

O ar fresco da noite entra pelas janelas do carro, trazendo consigo o aroma suave do nublado e molhado da noite, lentamente o carro perde a velocidade e dá início de que chegaram em casa.

Ao estacionar, Jungkook pergunta:

— Você cozinha? — perguntou, sem desligar o carro.

— Ah? Sim, porquê? — indagou confuso, prestes a descer.

— Tenho que ir em um lugar, então, faça a sua comida. — inclinou a cabeça, esperando a resposta de Jimin.

— Tudo bem. Tenha uma boa noite. — disse e sorriu gentil, saindo do carro com os papéis em mãos.

Assim que Jimin sai do carro, vislumbra-se o rosto determinado de Jeon, seu olhar sério refletindo uma decisão inabalável.

Com um pisar firme no acelerador, o carro arranca com um rugido, cortando a pista em alta velocidade.

Jimin observa o veículo se afastar e, resignado, entra na casa, trancando a porta. Nesse momento, um fino pingo de água cai do céu estrelado, dançando no para-brisa do carro, que corta o vento com as janelas fechadas.

A chuva fina logo se intensifica, transformando-se em uma tempestade que desafia os faróis do carro, criando uma tensão agressiva.

No interior do veículo, os batimentos cardíacos de Jeon se aceleram, enquanto ele luta para manter a percepção clara do caminho à sua frente.

A pista, agora escorregadia, desafia suas habilidades de condução, mas Jeon está focado, determinado a chegar ao hospital, ignorando os obstáculos que possam surgir no seu caminho.

21:50 PM – Hollywood

A chuva persistia, mas Jungkook finalmente chegou ao hospital. Estacionou o carro rapidamente e saiu apressado. Dirigiu-se à recepção, onde avistou a mesma mulher do dia anterior.

— Boa noite. Vim retirar o cartão para visitar o Kim Taehyung.

— Você também é irmão do senhor Taehyung?

— Ah, não — riu baixo. — Deve estar confundindo. O agente não era irmão dele. Ele está aqui?

— Não, senhor, o agente foi embora. Quem está de visita é… — digitou algo no computador e voltou o olhar para Jeon. — Jung Hoseok, conhece?

— Você não está confundindo os nomes? — Jungkook falou com firmeza.

— Não, não. Algum problema? Você o conhece?

— Nenhum, acabei de me lembrar dele. — respondeu e pegou o cartão de visita, despedindo-se da recepcionista. — Agradeço.

“Jung Hoseok?” ele se perguntou, confuso e preocupado, acelerando gradativamente o passo. Apertou no botão do elevador e esperou ansiosamente, estalando os dedos a cada segundo.

Ao som do elevador abrir, já adentrava no meio, forçando a porta para sair o mais rápido possível. Olhou para a porta do quarto de Kim e avistou alguém saindo.

Seus olhos focaram intensamente, seus passos tornaram-se firmes. A cada movimento pesado, o braço de Jeon aproximava-se do ombro do homem à sua frente. Ao alcançá-lo, virou-o para si, perguntando:

— Quem é você?

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Comments

DEUS restasura

DEUS restasura

quando a hora que esses dois se pegarem hahahaha tiro todo mundo da sala pra ser so meu esse momento kkkk

2024-01-14

3

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