Ep 5 -

18:30 PM – Los Angeles

À medida que o sol se põe no horizonte, o escritório é envolvido por uma penumbra suave, enquanto as luzes da cidade começam a brilhar em tons dourados e laranja.

O dia se transforma gradualmente em uma noite silenciosa e tranquila, com o reflexo das luzes da cidade dançando suavemente nas janelas do escritório.

Jungkook se levanta lentamente de sua cadeira, seu olhar vagueia pela paisagem noturna da cidade, enquanto ele reúne suas coisas e se prepara para deixar o escritório.

A melancolia o envolve enquanto ele desce pelos corredores, com a mente repleta de preocupações.

Ao sair do edifício, o ar fresco da noite acaricia o seu rosto, trazendo uma sensação de calma e serenidade. No entanto, essa sensação é rapidamente substituída por uma melancolia persistente, à medida que ele reflete sobre as complexidades do dia.

O peso de suas responsabilidades e preocupações o acompanha enquanto ele se dirige para o carro, preparando-se para a viagem de volta para casa.

Jungkook permanece em silêncio durante a jornada, perdido em seus pensamentos, enquanto as luzes da cidade deslizam pela janela do carro.

A solidão da noite parece refletir o turbilhão de emoções que o consome, deixando-o imerso numa atmosfera de quietude e introspecção que permeia sua mente.

21:00 PM – Los Angeles

Jungkook chegou em casa com o peso do dia sobre seus ombros. A noite estava tranquila à fora, e a lua estava brilhando no horizonte, lançando uma luz suave sobre a cidade.

Ele fechou a porta atrás de si e se deixou cair no sofá, permitindo que a exaustão e a melancolia o dominassem. Sua mente estava cheia de pensamentos turbilhonantes, relembrando as palavras de Hong durante a reunião e sobre o futuro da empresa.

A ausência de Taehyung era cada vez mais tangível, e Jungkook sentiu uma onda de tristeza o envolver.

Novamente o silêncio da casa de Jungkook o assombrava, sentia-se apavorado, sem refúgios até mesmo em seu lar.

Ele se dirigiu até a geladeira e pegou uma garrafa de uísque, dispensando o copo e bebendo direto do gargalo, sugando cada gota de álcool do frasco de vidro transparente.

– Ah... – resmungou após beber, balançando sua cabeça, fazendo o álcool tomar conta de seu corpo.

Atordoado, depositou o frasco brutamente encima da pia e o som alto de vidro sendo quebrado se estalou pela casa.

O resto do líquido marrom se espalhou pela pia e o arroma de álcool subiu, os cacos de vidro estavam por toda parte, mas a mão de Jungkook continuava segurando o que restava do frasco.

O sangue saia de sua mão, se misturando com o licor do uísque.

A respiração se tornou ofegante, ele precisava de mais, mais álcool, algo que superasse a dor que ele estava sentindo por dentro. Tomado pela fúria, andou pela casa, com a respiração compassada, seus passos eram ecoados, o silêncio ainda habitava o cômodo vazio.

– Não há nada... NADA! – gritou enfurecido, seus olhos flamejavam de ódio.

O silêncio o matava, o torturava, fazia se sentir sozinho, mais do que estava.

Na cozinha, agarrou a primeira coisa que viu: um vaso de porcelana delicadamente ornamentado. Sem hesitar, lançou-o com violência contra a parede, sem medo de ser alvo dos cacos, ele ficou ali, observando com uma satisfação momentânea os estilhaços voarem em todas as direções.

Os pratos que estavam delicadamente posicionados no armário, eram brutalmente jogados no chão, fragmentos agora se espalhavam pela cozinha. Os copos caros de uísque faziam junção aos pratos, tudo se misturava.

Um grito gutural escapou de sua garganta, era animalesco. Estava fora de si, tudo que podia era gritar e chamar o nome de Taehyung pelos cantos.

Seus ombros não descansavam, continuavam tensos, cacos se apossaram de seus pés, estavam pura carne viva, mas mesmo assim nada o parava. A dor não era bastante, ele precisava de mais.

– Outro? Quem poderia cuidar da empresa além de você? QUEM?! – gritou com as paredes.

Seus passos pesados se encaminhavam agora para a sala. Agarrou as almofadas e lançou-as pelo ar. Os quadros nas paredes não tiveram chance quando ele os derrubou com um golpe furioso, as molduras se partiram com facilidade.

— Todos não te veêm como eu te vejo, por quê?! Você é tudo... É e nunca deixará de ser!

Estava ensanguentado, a sala parecia uma cena de crime, o sofá começava a ficar fora do lugar com os chutes, os espelhos quebrados com os socos, os vasos, quadros, a TV.

Enquanto chutava a mesa de centro, seus punhos continuavam cerrados e os olhos brilhando de raiva contida. O estrondo dos objetos quebrados preenchia a casa, acompanhado pelo som de suas próprias respirações ofegantes.

A cada destroço, a tensão em seus ombros parecia diminuir, mas a torrente de emoções borbulhava dentro dele, alimentando sua explosão de fúria.

A impotência, a dor e a confusão se misturavam em uma tempestade que ele não conseguia controlar.

Tudo revirando e Jeon não ficava satisfeito, ele queria mais, na verdade não era "o que" estava fora de lugar, mas sim "quem" estava fora do lugar.

Ele queria algum barulho que preenchesse sua dor, sua solidão e insatisfação, mas nada podia ocupar esse lugar além de Taehyung.

Agora ele estava ali, desolado e ofegante, seu sangue escapava de todos os lugares de seu corpo, sua visão ficara turva, e uma escuridão tomou conta.

Ele caiu de joelhos no chão, junto de todos os pedaços de estraçalhos, e aos poucos cedeu ao chão, adormecendo, sentindo sua cabeça girar por conta do uísque.

15:00 PM — Los Angeles

A noite se passou e Jungkook estava deitado no centro da sala, sua cabeça fervia, sentia cada pedaço do seu ser arder. Tentou mexer os dedos da mão e gemeu de dor.

Olhou para a palma e a viu aberta, um terror tomou conta de si, gritou assustado e tentou se lembrar do que aconteceu na noite passada.

– Mas o quê... – tentou mexer as pernas, mas seus pés estavam paralisados, a dor tomou conta de Jungkook.

Gritou o mais alto que podia, mas sua voz falhava, seu corpo doía em cada fibra. Ele tentou buscar o telefone que estava embaixo do sofá, arrastou-se com gemendo de dor.

O telefone estava em sua visão, faltava poucos centímetros para sua mão alcançar, o esforço doía, sua palma estava profundamente cortada, mas ele conseguiu agarrar o objeto.

Com dificuldade, ele discou o número do hospital e pediu socorro.

– Olá, somos do Hospital de Los Angeles, no que podemos ajudar? – uma voz delicada o atendeu.

– Por favor... Casa 455, Centro. Urgente...

– Estamos indo, senhor, fique onde está!

E tudo se apagou novamente.

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Tae-Min2024

Tae-Min2024

Eu adoro quando o céu tá assim

2024-02-05

2

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