capítulo 12

BRENDA

É uma sensação muito ruim ficar perto do Emerson, me dá um medo, uma insegurança e não de ser insegura comigo é de estar em perigo. Graças a Deus o plantão acaba e eu vou pra casa, hoje Apolo e eu vamos nos encontrar.

Começo a olhar minhas roupas e escolho um macacão preto até a coxa com uma saia de tule, lindo!

Tomo meu banho, passo meus cremes, meu perfume. Coloca minha sandália de salto e uma bolsa preta.

Quando Ricardo me vê, ele fica me perturbando o juízo.

- Quem é o velho que você vai matar hoje dona Brenda?

- Para de graça Ricardo e não tem velho nenhum.

- Hummm, então é um novinho?

- Não é da sua conta.

- Me diz pelo menos onde vai, se acontecer algo contigo sei onde te procurar.

- Muito esperto.

- Foi você que me ensinou kkkk.

- Tchau filho e não me espere acordado.

Sai e fui de uber até o restaurante, Apolo já estava, quando ele me vê, ele vem na minha direção e me beija.

- APOLOOO!

- Você está linda!

- Obrigada.

Vou até a mesa, estou nervosa, nem sei o que falar.

- Já sabe o que vai escolher?

- Tô olhando esse cardápio desde que eu cheguei aqui e ainda não me decidi, como foi você que escolheu o lugar, tem algum prato pra me indicar?

- Eu gosto muito desse bife ao molho de champingnon, é muito bom.

Quando olho pra ele, ele está me olhando fixamente, sinto meu rosto esquentar.

- Está corando por que Brenda?

- Porque você está me olhando desse jeito.

- Além de simplesmente deslumbrante, enfim eu estou com você não como o amigo do seu filho, mas como uma namorado.

Eu nem estava bebendo nada e me engasguei.

- Namorado Apolo? De onde você tirou isso? Você me convidou pra sair pra te conhecer.

- E depois de me conhecer não vai querer outra coisa.

- Não sabia que você era tão convencido.

Conversamos em meio a risos e a nossa comida chega, quando já tínhamos acabado e já estávamos escolhendo a sobremesa, uma péssima surpresa.

- EU NÃO ACREDITO QUE VOCE AINDA ESTÁ CORRENDO ATRÁS DO MEU FILHO BRENDA!! VOCÊ TEM IDADE PRA SER MÃE DELE!

Que vergonha meu Deus! Todos no restaurante estão me olhando, ela vem na minha direção e rapidamente Apolo se coloca na minha frente, eu fico toda atrás dele e eles começam a discutir. Logo o gerente chega e coloca a mãe dele e o cara que tava com ela pra fora.

- Me desculpe pelo inconveniente senhora!

- Você não tem culpa.

Apolo me abraça e eu ainda tremo de nervoso.

- Me desculpa amor.

- Você também não tem culpa, a única culpada sou eu.

- Não começa Brenda, a Ludimila tá com raiva porque está sozinha.

- Eu quero ir embora

- Eu levo você!

Saimos dali na sua moto e ele parou num parque lindo.

- Eu gosto de vir aqui pra poder pensar e me livrar de pensamentos e sentimentos ruins.

- Pensei que você extravasasse numa balada.

- Às vezes eu vou, aliás eu já quero um próximo encontro e pode ser numa balada. Mas eu gosto mais de ficar aqui e como agora na minha casa eu tenho paz, não preciso mais ir pra sua casa pra ter paz também.

- Eu não sabia que você ia pra minha casa pra ter paz.

- Nos últimos anos eu não tive tanta paz, principalmente depois que te encontrei na cozinha durante a madrugada.

Eu nem consigo responder porque eu me lembro bem desse encontro.

- Tá corando de novo.

Bate um vento e eu me abraço, fico toda arrepiada de frio e ele me abraça, fica atrás de mim e sua respiração no meu pescoço me faz arrepiar também.

- Ainda está com frio?

- Um pouco.

Essa voz ao pé do ouvido é covardia, quando vejo já estou de frente pra ele, que passa uma mão pela minha cintura e enfia a outra debaixo do meu cabelo e cola a sua boca na minha.

Apolo puxa meu corpo pra junto do seu, e me encosta numa árvore próxima que tinha, intensifica o beijo.

- Como eu esperei pra sentir sua boca Brenda.

A minha resposta foi um gemido.

- Não geme desse jeito ou vou acabar te fazendo gemer mais e na sua cama.

Eu para com tudo na hora.

- Brenda eu já reparei que quando chega perto de qualquer possibilidade de sexo você muda, por quê você fica assim?

- Apolo eu quero ir pra casa, não precisa me levar eu chamo um uber.

- Você vai fugir de novo?

- Não é nada que você precise saber.

- Não foge de mim, depois de hoje eu não vou deixar você fugir de mim.

Eu rio pra ele.

- E o que pensa em fazer se eu fugir?

- Vou te procurar até te encontrar, cancela a corrida, vou te levar.

- Mas e o Ricardo, ele ainda não sabe.

- Ricardo está na casa da Dani, mas vou resolver isso agora.

Ele pega o celular e manda uma mensagem, fala que vai dormir lá, pronto vai ser a minha perdição. Chego em casa e nem bem entro na sala e já sou agarrada e jogada no sofá, isso tá muito bom, mas eu ainda não consigo me abrir pro sexo.

Apolo percorre todo o meu corpo, seus braços fortes me circulam e me prendem nele.

- Eu vou respeitar seu tempo, eu não sei o que houve, mas dá pra ver que foi algo que te marcou de uma forma negativa.

Não quero, mas me lembro de tudo e me seguro pra não chorar.

- Obrigada!

Subo pro meu quarto e tomo uma banho, me deito e fico me revirando na cama até pegar no sono. Acordo com o celular tocando e desço e só encontro Ricardo, também não perguntei sobre Apolo.

- Como foi o encontro mãe?

- Foi melhor do que eu pensei que fosse.

- Dona Brenda empolgada!

- Eu fui surpreendida filho, mas tenho alguns medos, tenho que ir devagar.

- Eu só quero te ver feliz mãe, vai ter outro encontro? Quero olhar na cara desse velho pra ver se é mais um deprimente.

- Para Ricardo, ele não é velho e você não vai conhecer ele agora. Sim, vamos ter outro encontro, ele me chamou e eu vou aceitar. Filho tenho que me arrumar ou vou me atrasar.

Me arrumei rápido e sai. Jaque já me esperava toda animada como sempre. Falei como foi tudo.

- Amiga vamos sair de casal?

- Sério Jaque? Talvez dê pra fazer isso. Mas vocês já estão asim?

- Sim, ele me chamou pra sair na semana que vem, quem sabe mais pra frente a gente possa sair de casal, ia ser lindo e se a doida da ex dele aparecer, eu enfio a mão na cara dela.

Tá aí, uma cena interessante de se ver.

- Bom dia Brenda!

Nossa como só a voz dele consegue fazer isso comigo, tem a capacidade de tirar toda a cor do meu dia. Me viro com a cara fechada.

- Bom dia Emerson.

- Mas já de mau-humor tão cedo.

- Meu bom-humor eu guardo pra quem merece.

- E eu não mereço seu bom-humor?

Ele teve a ousadia de me tocar e não sei porquê, mas me lembrei do Anderson, eu queria fazer um tratamento pra apagar memórias, só pra esquecer ele e o que ele me fez.

- Não te dei intimidade pra me tocar, mantenha distância de mim.

Saio e nem dou tempo pra ele responder, não quero render assunto com ele.

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