capítulo 4

BRENDA

Eu não sei o que está acontecendo comigo que estou permitindo que um garoto entre na minha mente dessa forma, se bem que Apolo não é mais um menino e faria a alegria de qualquer mulher, porque ele é lindo e o olhar de predador que ele me dá, me faz sentir uma adolescente de novo, mas não sou e ainda sou bem mais velha que ele. Tenho que pôr limites nele.

Muito atencioso, me derreti com ele trazendo algo pra eu comer, céus esse menino tá me bagunçando, acho que vou olhar meu perfil no app de encontros e vou marcar algo, preciso tirar ele da minha cabeça.

- Filho, cheguei!

- Como foi o dia coroa?

- Foi bem, normal. Seu amigo tá fazendo estágio lá.

- Xiiii! O hospital vai ser o próximo local de caça dele.

Isso me incomodou um pouco, ele tá me caçando e eu não vou dar esse gostinho pra ele.

- Mãe vou encontrar o Apolo, até mais.

- Pera aí senhor Ricardo, quando vou conhecer sua namorada?

- Eu não tenho namorada mãe!

- E a Dani é o quê?

- A gente tá se conhecendo mãe não viaja. A senhora que deve arrumar alguém pra conhecer, é linda e nova, talvez um novinho.

- Apolo tá te esperando, vai!

Ricardo sai com cada uma, tomo banho e quando relaxo debaixo da água quente, me lembro dos olhos dele nos meus, que calor. Tem uns caras bem interessantes, mas falta algo neles, logo penso naqueles músculos tatuados. Aí Deus, tenho que tirar esse menino da cabeça.

Recebo uma mensagem do Bruno, diretor do hospital.

Mensagem on

" Oi Brenda! Como você está?"

" Oi Bruno, estou bem."

" Eu não sei como fazer isso de outra forma, adoraria te levar pra jantar, topa?"

" Vai ser muito bom, topo sim!"

" Amanhã pode ser?"

" Pode sim!"

" Até amanhã!"

Mensagem off



BRUNO

Sair com ele vai ser bom, Bruno é lindo, educado, espero esquecer o Apolo e sua boca sedutora, aff. Sacudo a cabeça querendo afastar os pensamentos.

Acordei fazendo mil planos, procurei uma roupa bem bonita, separei até a make, até que a tarde Ricardo chega com o Apolo.

- Oi coroa! Vai sair? Tá pegando quem hein mãe?

Apolo me olha atentamente.

- Me respeita garoto, não tô pegando ninguém mas sim, vou sair, daqui a pouco alguém vem me buscar.

Vejo Apolo travar o maxilar e apertar as mãosatéos nós ficarem brancos, o que ele pensa que é? Isso parece uma reação de ciúmes.

Deu o horário combinado e Bruno toca a campanhia.

- Boa noite! Vim buscar a Brenda.

Ricardo me grita da sala e eu desço, não esperava de Apolo estar na sala.

Desço no meu vestido preto, minha sandália de salto e vejo a hora que Bruno e Apolo me olham, Bruno vem e beija a minha mão, me dá o braço.

- Filho não me espere acordado!

- Eita dona Brenda, seja feliz.

Dei um beijo no meu filho e sai sem olhar pra trás, me sentindo nua debaixo do olhar do Aplo que mesmo de costas pra ele, sinto seu olhar.

- Você está perfeita Brenda!

- Você também está perfeito Bruno.

Chegamos no restaurante, Bruno é um verdadeiro cavalheiro, dei boas risadas, ele me toca várias vezes na mão, me olha com desejo, mas o olhar dele não me esquenta como o do Apolo.

Para de pensar nesse menino Brenda!! Ele é um menino e você é mais velha, poderia ser seu filho. As pessoas são cruéis e eu já tive a minha cota de crueldade nesse mundo.

- O que tanto pensa Brenda?

- Em quanto tempo não saio pra me divertir, tem muito tempo que só vivo pro trabalho e pro Ricardo.

- Nossa, espero que a minha companhia seja o motivo dessa diversão.

Saimos do restaurante e fomos caminhar um pouco, ele entrelaçou a minha mão, qualquer pessoa que nos visse diria que somos namorados. Paramos numa pracinha e começamos a conversar, sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo.

- Eu já fui casado, mas não durou muito, segundo ela meus horários não me permitiam dar a atenção que ela queria.

- Eu também já fui casada, separei após traição dele, coisa que superei.

- Quem foi louco de te trair?

Nesse momento ele alisa o meu rosto e chega mais perto, eu me levanto e tento sair dali, mas ele passa a mão na minha cintura rapidamente e segura na minha nuca.

- Não vou fazer nada que você não queria.

Ele fala muito perto de mim, sussurrando no meu ouvido, confesso que arrepiei, até porque Bruno é um gato.

- Eu quero!

Ele colou as nossa bocas com calma, sua língua invadiu a minha boca e me fez sentir algumas ondas de calor, Uau, como beija gostoso o Apolo! APOLO?!!

Parei o beijo recuperando o ar.

- Acho que tá ficando tarde e amanhã temos trabalho.

- Te levo em casa.

Assim que entrei, a casa estava um silêncio e fui pro meu quarto, tomei um susto quando entrei e Apolo estava sentado na poltrona no meu quarto.

- O que você faz aqui, está louco?

- Sim! Estou louco de ciúmes, sou um homem apaixonado e sinto ciúmes.

- Homem? Você é uma criança Apolo.

- Você me vê como criança, mas eu não sou Brenda, eu cresci e a criança que você viu brincar com o seu filho virou um homem.

Ele falou essas palavras andando até mim e quando percebi, estava entre ele e uma parede.

- Brenda eu sou apaixonado por você!

- Você está fora do juízo meni...

Ele me cala com a sua boca e Deus que beijo gostoso, urgente, sua língua impaciente pede passagem e eu, num ato de insanidade dei passagem. Sua mão percorreu todo o meu corpo, mas reuni um pouco de juízo e o afastei e dei um tapa em seu rosto.

- Você me respeite, podia ser a sua mãe, você invadiu meu quarto e me beija desse jeito!

- Que jeito Brenda? Apaixonado? Me diz que você não gostou desse beijo e eu saio daqui e não volto mais na sua casa.

- Eu, eu, eu...

- Foi o que eu pensei.

Ele fala e sai do quarto e me deixa ali com a cabeça a mil como uma adolescente, com o corpo fervendo, em êxtase. Me olho no espelho e levo a mão a minha boca ainda sentindo a boca dele na minha.

- O que foi isso Brenda? Você não pode permitir que isso saia do controle, o que as pessoas vão dizer? As que sabem quem somos né? Porque eu não pareço ter a idade que tenho.

Fico ali, conversando comigo mesma me repreendendo.

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