Rayan Thompson manobrou seu carro discretamente ao redor do Roxy Bar, estacionando em um ponto estratégico. Ele observava a saída lateral, certo de que ela não passaria pela porta principal. Quando a porta se abriu, viu uma mulher sair apressada, vestindo calça jeans, moletom e carregando uma mochila. "É ela", murmurou.
Ele acompanhou seu movimento enquanto ela olhava ao redor antes de seguir pela rua. Rayan decidiu agir.
Saiu do carro e a seguiu, mantendo uma distância segura. Mas não eram apenas seus olhos que estavam sobre ela. No momento em que Alice dobrou em um beco estreito, um homem alterou seu percurso e foi atrás dela. "Não hoje", pensou Rayan, acelerando o passo.
Alice sentiu o perigo um segundo antes de ser agarrada. O desconhecido a puxou com força, tentando silenciá-la enquanto ela lutava para se soltar.
— Solta ela. — A voz de Rayan ressoou firme no beco.
O homem nem se virou completamente antes de responder com desdém:
— Olha o playboy se metendo. Arranja outra pra você.
— Você me chamou de quê? E está surdo? Eu disse para soltar ela. — O tom de Rayan era gélido, carregado de ameaça.
O homem finalmente se virou, e quando viu quem era, seus olhos se arregalaram. A cor fugiu de seu rosto. Sem pensar duas vezes, ele soltou Alice e saiu correndo pelo outro lado do beco, murmurando desculpas.
Alice tremia, sua respiração descompassada, e, sem hesitar, correu para os braços de Rayan, abraçando-o com força.
— Obrigada... — murmurou, sua voz embargada.
— Não foi nada. Venha, vou te levar para casa. — Rayan falou com suavidade.
Alice se afastou ligeiramente, ergueu o rosto e ficou boquiaberta ao reconhecê-lo.
— Você?! — A imagem dele, sentado na cadeira do palco, voltou em sua mente. "E o gostosão do show", pensou.
Ele sorriu de leve.
— Rayan Thompson. E a senhorita?
— Alice Salles.
— Então, Alice Salles, vou te levar para casa. Venha.
Ela hesitou por um segundo. "Não deveria ir com ele. Mas eu vou."
Rayan abriu a porta do carro para ela, que entrou e se acomodou. Ele contornou o veículo, tomou seu lugar ao volante e ligou o motor.
— Para onde devo te levar?
Alice lhe deu o endereço, e ele assentiu, iniciando o trajeto.
— O que você estava fazendo essa hora na rua? E naquele beco, Sr. Thompson? — Alice perguntou, avaliando-o de soslaio.
— Sr. não. Apenas Rayan. E eu estava esperando por você.
— Por mim?!
Ele a olhou de relance antes de responder:
— Sim, Alice. Ou devo te chamar de Ayalla?
O coração dela quase parou.
— Como...? Como você sabe? Foi o Paulo? Eu vou matar ele! — Alice exclamou, indignada.
Rayan riu baixo.
— Ninguém me contou nada. Mas a conexão que tivemos lá dentro... Mesmo de máscara, seus olhos... Eu te reconheceria em qualquer lugar.
Alice apertou os lábios, cruzando os braços.
— E veio atrás de mim por quê? Se pensa que sou como as meninas do Roxy, está enganado. Eu não estou à venda, Sr. Thompson.
O olhar dele queimava sobre ela.
— Não finja que não sentiu, porque eu sei que sim. E eu não vim te comprar, Alice. Eu quis saber quem era a mulher que mexeu comigo. E agora vejo que é uma menina. Quantos anos você tem?
Alice desviou o olhar para a janela. Respirou fundo antes de responder:
— Dezoito.
Rayan sorriu de lado.
— Chegamos.
Alice soltou o ar que nem percebeu estar prendendo.
— Obrigada, Sr. Thompson. — Ela viu quando ele franziu o cenho e revirou os olhos. — Quer dizer... Rayan.
Ela estendeu a mão para um aperto, mas ele a segurou com firmeza e levou seus dedos aos lábios, depositando um beijo demorado ali.
— Não foi nada, pequena. Tenha uma ótima noite.
Alice sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Saiu do carro, caminhando até seu prédio.
Rayan permaneceu observando. Quando ela finalmente conseguiu abrir a porta e desapareceu lá dentro, ele sorriu. "Linda. E vai ser minha. Minha pequena."
Pegou o celular e ligou para Victor Navarro, um de seus homens de confiança.
— Oi, chefe!
— Victor, quero um dossiê completo sobre Alice Salles. Tudo. Para amanhã.
— Considere feito, chefe.
Rayan desligou e acelerou, dirigindo até sua mansão no outro lado da cidade. Ele não morava na propriedade dos Thompson há anos, tendo sua própria casa. Os seguranças se afastaram quando o portão se abriu para ele entrar.
Enquanto isso, Alice jogou a mochila em um canto de seu pequeno apartamento. "Que loucura foi essa?", pensou.
Sem pensar duas vezes, tirou as roupas, ligou o chuveiro e deixou a água quente cair sobre seu corpo. Seu coração ainda batia acelerado. Lembrou-se do olhar dele, do toque, do beijo em sua mão.
Quando saiu do banheiro, enxugou os cabelos rápido e se jogou na cama. Fechou os olhos, tentando não pensar nele. Mas sabia que era impossível.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 32
Comments
Carolina Luz
Ayala despertou o tesão e Alice a paixão pega fogo logo cabaré ♨️🔥🔥🔥
2025-02-26
0
💕Sonhadora💕
estou completamente amando a história 😍😍😍
2024-11-04
0
Eva Carvalho
Estou apaixonada
2024-11-01
0