Nos bastidores, Ayalla aguardava o momento de entrar em cena. Espiando pela cortina, avistou um homem sentado de costas, amarrado a uma cadeira. "Safado! Vai se casar e ainda quer outra mulher se esfregando nele!" pensou, sentindo um incômodo inexplicável.
A música escolhida por Paulo, "Pony" de Ginuwine, começou a tocar, preenchendo o ambiente com sensualidade. Ayalla lançou um olhar fulminante para Paulo, que apenas respondeu com um sorriso malicioso.
Caminhando de forma provocante, ela passou ao lado do homem sem olhá-lo diretamente, deslizando o chicote suavemente por suas costas, descendo pelo ombro, pelo braço e pela coxa. Alcançando a barra do pole dance, começou a se mover ao ritmo da música, ignorando os gritos e assobios dos clientes.
Ela girou na barra e, ao pousar os olhos no homem amarrado, seu corpo congelou por um instante. "É ele!" Seu coração acelerou. "Safado! Você vai se casar!" O olhar intenso dele a prendeu, mas Ayalla logo retomou a pose e caminhou até ele. Parou em sua frente, rebolando no ritmo da música, deslizando o chicote por sua coxa antes de lhe dar uma leve chicotada. Ele sequer piscou, sustentando o olhar. Sem recuar, ela deslizou o chicote por seu peito e deu outra leve batida.
"Por que estou gostando disso?", pensou, enquanto suas mãos percorriam seu próprio corpo. De costas para ele, abaixou-se lentamente, passando as mãos pelas pernas e oferecendo uma visão provocante de sua bunda. Ao se erguer, virou-se de frente para ele e continuou a dançar.
Ela contornou a cadeira e ficou atrás dele. Seus olhos percorreram os ombros largos, o pescoço forte. Sem pensar, desabotoou sua camisa, arranhando seu peito levemente com as unhas. Ele suspirou. Um arrepio percorreu seu corpo. Levantou uma perna e a apoiou no ombro dele, inclinando-se para beijar sua perna, próximo ao joelho.
Nos bastidores, Paulo arregalou os olhos.
— Ela está tocando nele! — murmurou, incrédulo.
No camarote, os irmãos Thompson se entreolharam surpresos.
— Ela tocou nele! — exclamaram em uníssono.
— Está ferrado, Rayan! — disse o pai, rindo.
Ayalla voltou para frente dele, deixando o chicote deslizar por seu peito desnudo antes de dar uma leve batida. O olhar dele queimava sobre ela. Descendo o chicote por sua calça, percebeu que ele estava excitado. Seu corpo reagiu a essa descoberta. Levantou o chicote até o queixo dele, obrigando-o a erguer mais o rosto. O desejo pairava entre eles como eletricidade.
Ela se aproximou ainda mais, sentando-se em seu colo com as pernas abertas, cavalgando-o no ritmo da música. Sentia o corpo dele tenso sob o seu, um controle absoluto que, de alguma forma, a fazia querer provocá-lo ainda mais.
De repente, as amarras se soltaram. Antes que pudesse reagir, as mãos dele deslizaram por suas pernas, subindo até sua bunda e apertando firme. Uma mão segurou sua cintura, enquanto a outra acariciava suas costas, subindo até sua nuca e descendo novamente. O toque quente a fez arfar.
Alice não conseguia mais raciocinar. Seu nariz encostou no dele, a respiração entrecortada. Ela queria mais.
No camarote, os irmãos de Rayan assistiam, boquiabertos.
— Puta merda! — exclamou Sebastian.
— Vou filmar isso! — disse Robert, pegando o celular.
— Irmãozinho se deu bem, hein? — zombou Roman.
A música cessou, mas Ayalla permaneceu no colo de Rayan, encarando-o. Ambos respiravam fundo, como se o ar entre eles estivesse carregado demais para permitir qualquer movimento brusco.
— Desculpe. — sussurrou ela, levantando-se apressada e saindo em direção aos bastidores.
Paulo correu atrás dela.
— Que fogo foi aquele, amiga?! To morrendo de inveja! — brincou ele.
— Por que você não me disse que era ele, Paulo?!
— Uai, faria diferença? Ele é só mais um cliente...
— Não... Sim... Argh, chega, estou indo embora.
— Se eu fosse você, procurava ele lá fora. Tira esse atraso, menina! — riu Paulo.
— Ah, Paulo, vê se te enxerga! Eu não pego homem comprometido!
— Mas ele não é comprometido! Ele não vai casar. O noivo da noite é outro. Ele só ocupou o lugar porque o verdadeiro estava atracado com a Michele.
Alice estreitou os olhos.
— Paulo... Por que sinto que você armou isso tudo?
— Eu?! Imagina! Foi coincidência! — disse ele, disfarçando.
Ela bufou, pegando suas coisas.
— Vou esperar um pouco aqui e saio pelos fundos.
— Como quiser, amor. Mas se mudar de ideia, me avisa que eu chamo ele! — gritou Paulo, rindo.
No camarote, Rayan se recompunha, ainda sentindo o calor dela em seu corpo.
— O que você ofereceu a ela? Não era a mulher do "não me toques"? — provocou August.
— Não ofereci nada. — respondeu Rayan, seco. — Estou indo embora.
— Espera, vou com você! — disse Robert.
— Não, vou sozinho. Você vai com o pai.
Sebastian observou o filho sair, pensativo.
— Bom, Sr. Salvatore, como terminamos por aqui, seguimos também. — despediu-se Sebastian.
— Ok, Sr. Thompson. Até breve. — respondeu August, levantando o copo de whisky.
Rayan saiu da boate, mas sua mente ainda estava presa ao palco, ao corpo daquela mulher, ao fogo que ela havia acendido dentro dele.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 32
Comments
Maria Da Guia
estou começando lê hoje 20/12/24 gostando muito e torcendo muito pelo o casal
2024-12-21
0
Catarina De Salvo
Comecei a ler hoje e estou amando.
2025-01-23
0
Carolina Luz
maravilhoso 😍
2025-02-26
0