CAPÍTULO 05

PLAYBOY

Recebi um convite de ir jantar na dona Rosa, e já logo dei ideia na Flávia. Nos arrumamos e partimos para o restaurante mais cobiçado do morro, a véia manda muito na comida.

Chegamos lá, e para minha infelicidade, Marina estava toda gostosa, mostrando suas tatuagens. Eu me amarro em como ela ficou, uma tremenda delicinha.

Bato o olho nela mas logo me distraio com a Aline, a danada está toda siliconada, o peito não fui eu que paguei não.

ALINE: Oi PLAYBOYZINHO. Que saudade.

Dei um sorrisinho, por que já veio logo na mente mostrar pra essa puta quem é o PLAYBOYZINHO.

PLAYBOY: Tá loucona, saudade de que? E nem vem me chamar de PLAYBOYZINHO não em porra.

ALINE: Desculpe PLAYBOY. Eu tô com saudade de te ver.

PLAYBOY: Só se for de me ver mesmo, nunca tivemos nada.

ALINE: Por que você não quer.

Essa loira tá no papo, mas não quero pegar agora, vou cozinhar ela primeiro.

PLAYBOY: Quando eu estiver a fim de comer carne mais barata, eu te chamo. Agora vaza.

Ela sai com uma carinha de Safada, mesmo sendo ofendida.

Me aproximo da mesa e vejo a cara fechada da marrenta.

Ela joga piada sobre carne de piranha e eu confesso que achei muito engraçado. Pera aí? Ciúmes de mim é? Tô feito.

Jantamos de boas, foi bom o momento.

Depois as meninas quiseram ir tomar açaí, que merda eu queria chamar alguma dos contatinhos, mas nem deu, o tio pediu pra que eu as acompanhasse.

A marrenta saiu na frente e eu a puxei para que parasse. Desgramada, cheiro bom da porra. Fiquei foi doido pra beijar essa boca gostosa, mas nem deu.

Tô fudido mesmo, a Marina mexe comigo. Tô tendo certeza que não é só neura, ela tá ocupando meus pensamentos. Danadinha, gostosa do caralho.

Depois do açaí, eu precisei ir falar com uns manos, até ver que PH e um tal de DG se aproximaram da Flávia e da Marina. A porra do DG ficou dando em cima da pequena, fui logo dá uma situada. Eles meteram o pé e nós metemos os nossos pra goma. Deixei Flávia primeiro, claro, depois fui levar a marrenta. Joguei um lero nela, vai que cola. Mas a danada só me dispensou. Tô vendo que vou ficar doido.

Volto pra minha goma, sem ter transado, milagre isso. Mas não consigo tirar da minha mente a boquinha delícia da Marina, e o cheiro dela ficou empregando em mim. Que merda, não vai prestar isso.

DIA SEGUINTE

To tranquilão no galpão, vendo os armamentos, aproveitei para passar no estande de tiros foda que nós temos. Aqui os recrutados são treinados, quem está à frente é o THOR, ele é brabo.

PLAYBOY: Salve THOR.

THOR: Salve PLAYBOY. O que faz aqui, mó cota que não te vejo.

PLAYBOY: Sub sabe como é, correria.

THOR: Tô ligado. MATADOR vai mandar um recruta novo hoje, tá afim de ver eu detonando o cara?

PLAYBOY: Porra, vai ser foda. Tô até vendo.

Logo a Marina aparece, com um short curto, um blusão preto por cima e tênis preto. Que porra está ainda mais gostosa.

PLAYBOY: Qual foi carai? O que tá fazendo aqui?

MARINA: Meu pai me mandou, vim com o PH.

PLAYBOY: Nao vai me dizer que...

Ela me corta na hora.

MARINA: Que vim para atirar? Sim. Cadê o THOR.

THOR: Sou eu gatinha, quem é seu pai?

MARINA: Bom vocês conhecem como MATADOR.

THOR: Porra PLAYBA, como não me disse que o chefe tem uma filha?

PLAYBOY: PLAYBA é meu ovo. Seu pai mandou você pra cá? Conta outra.

Passo o rádio pro MATADOR, e o mesmo confirma a versão da pequena. Mas que merda os caras estão todos de olho nela.

PLAYBOY: Vou ficar por aqui, afinal sou babá dessa marrenta mesmo.

THOR: O MATADOR colocou você para ficar vigiando ela é? Ele não tem medo de vocês ficarem não?

PLAYBOY: Não tem medo por que isso não vai acontecer. Bora desenrola logo com ela essa fita aí.

THOR: Já sabe atirar princesa?

MARINA: Acho que sim.

Ela fez uma carinha de inocente, a danadinha está aprontando, por que eu vi que o modo como ela tirou as balas e engatilhou a arma, quando estava no meu carro. Nem vou lembrar muito disso que meu pau quer logo se aparecer.

THOR levou a pequena para conhecer o estande, e deixou que ela escolhesse uma arma. Ela pegou uma Glock fosca, com neon verde.

THOR: Escolheu essa por que achou bonita é?

MARINA: Sim.

Ela sorri para o THOR, e eu quero furar os olhos dele, para que não a veja.

THOR: Mire devagar e respire fundo, depois atire. Cuidado em princesa, senão seu pai me mata.

Mais um princesa e eu vou dar um socão nesse Zé.

MARINA: Tá bom, eu vou ter cuidado.

Vejo que antes de mirar, MARINA deu um sorrisinho.

MARINA: Estou confiante, podem se afastar, por favor?

Ela pediu para que nos afastemos, e foi o que fizemos, sentamos na mesa que tem no canto da sala.

Ficamos só de olho. THOR colocou colete a prova de balas nela pra que não se machuque.

Mas de repente, algum agente tomou conta da pequena, por que não é possível, ela mandou muito atirando, além de fazer algumas manobras de desvio sem errar nenhum alvo. O pior, tudo na cabeça dos alvos.

THOR: Porra, ela está melhor que nós junto.

PLAYBOY: Pior que é verdade, mas não fala isso diretamente pra ela.

THOR: Tá doido, temos uma reputação a zelar.

Danada manja muito, tô obcecado por ela, e como ela mudou. Não é mais a garotinha indefesa de antes, tá uma mulher pra porra.

THOR: Está melhor que meus recrutados. Quase no nível dos fodas em princesa.

MARINA: Quem são os fodas?

THOR: Eu, PLAYBOY e MATADOR é claro.

MARINA: Você eu até acredito, meu pai também sei que manda bem, agora o PLAYBOY eu duvido.

PLAYBOY: Não duvide, tem que comer muito feijão com arroz para estar no meu nível bebezinho.

MARINA: Te desafio então, faz melhor.

PLAYBOY: Sou criança agora para entrar em desafio? Me erra marrenta.

MARINA: Beleza, admite que sou boa?

PLAYBOY: Você é mais que boa bebezinho.

Dou um sorriso safado para ela, que fica logo vermelha.

MARINA: Estou com sede, muito calor aqui.

THOR sai para buscar água para ela, e a desgramada resolve tirar a blusa, ficando com um top preto que estava por baixo, revelando ainda mais a tatuagem na barriga.

PLAYBOY: De todas as formas possíveis você consegue me irritar. Veste essa porra Marina.

MARINA: Estou com calor.

PLAYBOY: Vou apagar esse fogo no cu rapidinho quer ver?

Me aproximo dela, mas ela não se contenta e veste a blusa novamente.

PLAYBOY: Muito bem, ótima escolha. Vem cá, toda tatuada, mudou muito em marrenta.

MARINA: Eu sempre gostei de tatuagem, então resolvi fazer algumas.

PLAYBOY: Tem em algum lugar diferente.

Ela se aproxima de mim, se apoia em meus ombros me fazendo inclinar para frente, e ela sussurra em meu ouvido.

MARINA: Até tenho, mas nunca irá ver. Por que pra isso, teria que ficar sem roupa.

Cruz credo, me arrepiei todo só de imaginar. Ah mas que danada, me deixou instigado.

Nessa hora o THOR volta com a água, e a bebezinha bebe.

MARINA: Muito obrigada THOR.

THOR: De Nada princesa.

PLAYBOY: Para com esse lance de princesa. Vai ficar sem a língua THOR.

THOR: Você a chama de bebezinha porra.

MARINA: Ele está me provocando, nos conhecemos desde novos.

THOR: Tô ligado. Mas você é uma princesa, filha do Rei daqui pô.

MARINA: Faz sentido. Gostei de tu THOR.

THOR: Também gostei de tu. Vou passar um relatório pro seu pai. Tu vai de boas?

PLAYBOY: Vai, vai sim. Comigo. Bora.

Não gostei dessa interação não.

MARINA: Mas a minha arma?

THOR: O chefe não falou nada de arma comigo. Foi mal ae, mas por enquanto arma só aqui no estande.

MARINA: Não acredito, ele sabe o que eu sou e mesmo assim…

Interrompo por que não entendi dessa fita não.

PLAYBOY: Quem você é marrenta?

MARINA: Ninguém, esquece eu falo com ele depois. Tô afim de ir embora. Tchau THOR.

PLAYBOY: Fé aí irmão.

THOR: Fé meu parceiro. Some não nessa porra.

PLAYBOY: Demorô.

Caminho com a marrenta, até a casa dela, encarando os carniceiros, que no mesmo instante desviavam o olhar. Vão tudo se fuder, quero saber de nego olhando a raba dela não.

PLAYBOY: Entregue. Vou Indo nessa, se quiser sair da um toque.

MARINA: Não temos números trocados, como é que vou dar um toque?

PLAYBOY: Não seja por isso.

Peço com um sinal com as mãos, o celular dela. Salvo meu contato como “AMOR” e devolvo.

PLAYBOY: Só mandar um oi que eu salvo aqui.

MARINA: Como você salvou o contato? PLAYBOY?

PLAYBOY: Descubra aí fia. Tô indo nessa. Fé aí.

Saio dando uma risadinha, e mandando ela entrar. Ela foi com uma carinha de bravinha.

Minutos depois chegou uma mensagem:

Desconhecido: “Amor sério!? Vai se fuder.”

PLAYBOY: Só admiti bebezinho.

MARRENTA: Admiti não sei o que?